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Visual escurecido

Citroën Basalt veste traje sombrio na versão Dark Edition | Avaliação

O Citroën Basalt Dark Edition lança mão dos cromados em traje sombrio, mas o ponto-chave está no preço atraente associado ao espaço interno

8 min de leitura

O Citroën Basalt Dark Edition aposta no visual apagado e, principalmente no preço de hatch de entrada, oferecendo de quebra mais espaço interno e ainda um porta-malas volumoso. Quer ver? Por iniciais R$ 116.990, ele é apenas R$ 1.000 mais caro que a versão Shine Turbo 200 e ainda pesa menos no bolso quando comparado aos modelos da Fiat e da Peugeot.

É um valor mais em conta, por exemplo, que o do Fiat Pulse Turbo 200 AT (R$ 117.990), entregando um porta-malas maior, além de mais versatilidade em relação ao Peugeot 208 Allure Turbo (R$ 125.550), com quem também divide o motor de três cilindros dispostos em linha. Ou seja, o SUV coupé da Citroën é um acerto e tanto do fabricante do duplo chevron.

Ele é o terceiro produto da plataforma C-Cubed, acompanhado pelos irmãos de arquitetura C3 e Aircross. Apesar do nome Dark Edition, não se trata de uma série especial ou edição limitada, e sim da opção topo de linha da família, com um visual mais apimentado e, por que não, esportivado em relação às versões Feel 1.0 MT, Feel Turbo 200 AT e Shine Turbo 200 AT.

Citroën Basalt Dark Edition cinza parado de frente e visto do alto
Citroën Basalt Dark Edition [Auto+ / Rafael Pocci Déa]

As mudanças aparecem exatamente onde os olhos procuram: saem os cromados e entram os acabamentos escurecidos, com logotipos exclusivos e aplicação de preto brilhante nas rodas de liga leve de 16 polegadas, no teto, nas capas dos retrovisores e no duplo chevron da grade. Já o vermelho surge no spoiler traseiro, no detalhe da coluna C e na base do para-choque dianteiro, que ainda traz um skid plate em cinza.

O Citroën Basalt Dark Edition só muda por fora?

Ao abrir a porta, o interior mantém a mesma proposta escurecida do exterior, reforçando o sobrenome Dark Edition. Os bancos revestidos em vinil preto trazem costuras vermelhas contrastantes, aplicadas também na coifa da transmissão e no volante multifuncional de base achatada e boa empunhadura.

De série, inclui quadro de instrumentos digital com tela TFT de sete polegadas e central multimídia de 10,25 polegadas, que ficou mais fina na linha 2026. Outras novidades incluem sensores de estacionamento traseiros, faixa de couro artificial e macia ao toque no painel, entrada USB-C para os ocupantes traseiros e apoio de braço, já disponível a partir da versão Feel.

Citroën Basalt Dark Edition [Auto+ / Rafael Pocci Déa]

A Dark Edition ainda acrescenta pedaleiras esportivas, tapetes personalizados e soleiras de portas exclusivas com o nome da versão. Apesar disso, o que realmente chama atenção é a evolução na qualidade dos materiais do acabamento, assim como nos arremates. Essa percepção fica ainda mais evidente pelos detalhes internos em preto brilhante e pelo novo posicionamento dos comandos dos vidros elétricos.

Comodidade a bordo

Agora, o motorista passa a controlar todas as janelas pelo apoio de braço lateral, enquanto os passageiros traseiros encontram os botões nas próprias portas, e não mais no console central. Aliás, por ser derivado da plataforma C-Cubed, o Citroën Basalt oferece 4,34 m de comprimento e 2,64 m de entre-eixos, garantindo uma boa habitabilidade.

No desafio da fita métrica, para efeito de comparação, o Fiat Pulse Turbo 200, baseado na arquitetura MLA, mede 4,09 m de comprimento e 2,53 m de entre-eixos, enquanto o Peugeot 208 Allure Turbo, sustentado pela plataforma CMP, entrega 4,05 m e também 2,53 m. Ou seja, por praticamente o mesmo preço, você leva para casa um Citroën mais espaçoso.

Citroën Basalt Dark Edition cinza parado de lateral
Citroën Basalt Dark Edition [Auto+ / Rafael Pocci Déa]

Só que é o porta-malas do Citroën Basalt um ponto-chave, graças à capacidade de 490 litros. Aliás, bem acima dos 320 litros do Pulse e dos 265 litros do compacto da Peugeot. Ou seja, no desafio de quanto bagagem é possível acomodar, o utilitário esportivo da marca do duplo chevron só fica atrás de outro SUV coupé nacional: o Fiat Fastback, com volumosos 516 litros.

Já o pacote de segurança do Citroën Basalt Dark Edition inclui quatro airbags, assistente de partida em rampas, Isofix para cadeirinhas infantis, controlador de velocidade, freios com ABS, além de controles eletrônicos de tração e estabilidade e distribuição da força de frenagem, para citar alguns itens que cuidam da vida dos até cinco passageiros.

Sob o capô, um motor conhecido

Mesmo sem nenhuma alteração técnica sob o capô, o propulsor 1.0 de três cilindros com turbo e injeção direta trabalha conjuntamente ao câmbio continuamente variável (CVT) com sete marchas simuladas, para entregar até 130 cv e 20,5 kgfm a partir de 1.750 rpm quando abastecido com etanol. 

Melhor ao volante em relação aos irmãos C3 e Aircross, o Citroën Basalt Dark Edition acorda com disposição desde os baixos giros e não nega fôlego quando provocado. Um conjunto muito bem calibrado para os deslocamentos urbanos, sem esquecer de proporcionar ultrapassagens seguras na estrada. Aliás, não há atrasos nas respostas do pedal do acelerador. 

Motor 1.0 turbo e injeção direta do Citroën Basalt Dark Edition
Citroën Basalt Dark Edition [Auto+ / Rafael Pocci Déa]

Apesar disso, ele é um carro comunicativo por conta do isolamento acústico, que deixa passar parte dos ruídos externos para a cabine, além do som do propulsor T200. Mas nem tudo está perdido: o espirro’ do turbocompressor embala os passeios e deixa no ar um quê de carro preparado.

Com potência e torque bem definidos e uma caixa CVT que assegura uma condução progressiva, o Citroën Basalt Dark Edition entrega um bom conjunto, com suspensões mais firmes em relação ao C3 e ao Aircross, que, aliás, receberam versões XTR. O sistema adota arquitetura McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira, convivendo bem com o nosso piso e garantindo boas doses de conforto.

Citroën Basalt Dark Edition [Auto+ / Rafael Pocci Déa]

Dinâmica do Citroën Basalt Dark Edition

Essa maciez na medida certa, junto das rodas de liga leve de 16 polegadas, as mesmas da versão Shine, porém pintadas de preto brilhante, e calçadas por pneus de medidas 205/60, garante um comportamento convincente nas curvas feitas com mais rapidez, assim como na absorção de impactos do mal pavimentado asfalto brasileiro.

A direção é assistida eletricamente e bem leve ao esterço em baixas velocidades, facilitando manobras e balizas. Ao trafegar de forma mais apressada, a caixa adota uma calibração mais firme, o que contribui para a dirigibilidade. Já na hora de parar, os freios são a disco ventilado de 284 x 22 mm na dianteira, enquanto os tambores traseiros possuem 203 mm.

Citroën Basalt Dark Edition [Auto+ / Rafael Pocci Déa]

Além dessas qualidades, o Citroën Basalt não enrosca com facilidade em lombadas e valetas graças ao ângulo de entrada de 20,5º, ao de saída de 28º e à altura em relação ao solo de 20,8 cm. Mas e o consumo? Com tanque de 47 litros (mesma capacidade de Aircross e C3), segundo o Programa de Etiquetagem Veicular do Inmetro, ele crava 12,1 km/l (gasolina) e 8,4 km/l (etanol) na cidade, enquanto na estrada registra 13,7 km/l e 9,6 km/l, respectivamente.

Veredicto

O Citroën Basalt Dark Edition, apesar do nome, não é uma edição especial nem limitada. Paralelamente ao visual escurecido, o grande destaque está no preço atrativo combinado ao bom espaço interno e ao porta-malas volumoso — capaz de acomodar com folga as bagagens da família nas viagens de fim de semana, além das compras de supermercado.

Já a condução bem acertada é mérito do matrimônio mecânico entre o propulsor sobrealimentado, o câmbio continuamente variável (CVT) e o trabalho das suspensões firmes na medida certa, que filtram e absorvem muito bem as irregularidades do piso. O pacote de série entrega o essencial para uma boa convivência, embora pudesse oferecer um isolamento acústico mais eficiente. Ainda assim, o espirro do turbocompressor acaba compensando, adicionando um toque extra à dirigibilidade.

E você, o que achou do Citroën Basalt Dark Edition? Seria uma boa opção de compra? Compartilhe sua opinião nos comentários!


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Rafael Dea

Cursou Jornalismo para trabalhar com carros. Formado em 2005, atuou na mídia impressa por mais de 16 anos e também em veículos on-line. Embora tenha uma paixão por caminhonetes, não dispensa um esportivo — inclusive, foi o único brasileiro a participar do lançamento global do Porsche Panamera GTS.

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