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Aventura do preço

Citroën C3 XTR é a versão que mais faz sentido | Impressões 

Com pegada aventureira e mais equipamentos, o Citroën C3 XTR se torna o modelo mais atraente da linha do hatch compacto francês

5 min de leitura

Desde que estreou no Brasil há dois anos, o Citroën C3 ainda não decolou. O modelo é mais visto nas ruas do que seu antecessor, mas a Stellantis ainda dá prioridade aos Fiat na venda PJ, o que diminui as chances do francês. Só que, a chegada da nova versão XTR e das mais do que necessárias mudanças da linha 2026 podem virar o jogo?

Vantagem de equipamentos

A diferença de apenas R$ 3 mil do C3 Feel (R$ 85.990) para o XTR  R$ 88.990) já faz a nova versão valer a pena pelos itens a mais que ele tem. De série, a nova versão traz ar-condicionado digital de uma zona, bancos e volante com revestimento em couro, painel de instrumentos digital e câmera de ré. Mas tem também a diferença de acabamento.

A versão Feel recebeu tecido no painel e nas portas, mas o XTR conta com vinil imitando couro nas portas e painel, dando uma sensação mais sofisticada e tirando um pouco a cara de carro de entrada do Citroën C3. O material, inclusive, tem bastante qualidade, recebendo revestimento macio no painel. 

Citroën C3 XTR [Auto+ / João Brigato]
Citroën C3 XTR [Auto+ / João Brigato]

Além disso, os plásticos pretos que envolvem a central multimídia agora tem acabamento brilhante, ajudando também na sensação de melhoria interna. As costuras verdes no volante e bancos, além da faixa do painel, são o toque extra da versão XTR. Claro que os plásticos duros ainda imperam, mas a qualidade deles nunca foi ruim.

Clássicos mantidos

A central multimídia do Citroën C3 não mudou. Apesar de ter costume de travar, ela tem boa definição de tela e é grande. Conta com Android Auto e Apple CarPlay sem fio. Já o painel de instrumentos digital finalmente sanou o problema de falta de conta-giros no hatch compacto. Só a definição da tela que deixa um pouco a desejar.

O espaço interno também é um grande trunfo do Citroën C3. Mesmo tendo menos de 4 metros de comprimento, ele consegue levar quatro pessoas com relativo conforto. O espaço para os joelhos é melhor do que a média, especialmente porque o C3 é alto e o banco permite ficar com as pernas bem dobradas. O porta-malas leva 315 litros.

Vale destacar ainda que a Citroën corrigiu parcialmente o maior problema do C3. O comando dos vidros elétricos traseiros segue no meio do console. Contudo, o motorista agora tem acionadores nas portas para controlar as janelas traseiras. Uma mancada, visto que Aircross e Basalt agora tem comandos nas portas traseiras.

Aventureiro de pneu

Na dirigibilidade, a única diferença que você sentirá do Citroën C3 XTR para as demais versões é no pneu mais ruidoso. Ele tem maior resistência à rolagem e faz barulho em alguns momentos específicos. Há uma habilidade maior de lidar com terra, mas ninguém vai fazer off-road com um hatch compacto com motor 1.0 aspirado. É mais pelo visual.

motor citroen c3 xtr
Citroën C3 XTR [Auto+ / João Brigato]

São os mesmos 75 cv e 10,7 kgfm de torque providos pelas outras versões. É um carro espertinho dentro do limite possível. As retomadas podem demorar se estiver em alta velocidade, mas na cidade o C3 com motor 1.0 aspirado dá conta do recado. O consumo é bom, marcando 13 km/l na gasolina e 9,5 km/l no etanol na cidade.

Como todo Stellantis com motor 1.0 aspirado, o câmbio manual de cinco marchas é muito borrachudo e impreciso nas trocas, além de ter engates longos. Entretanto, o lado francês do grupo conseguiu deixar o trabalho da transmissão um pouco melhor do que nos Fiat. As marchas tem relação curta, portanto prepare-se para cambiar muito.

Citroën C3 XTR [Auto+ / João Brigato]
Citroën C3 XTR [Auto+ / João Brigato]

Espírito de Uno

Um dos pontos que mais me agrada no Citroën C3 é a sensação de robustez que ele passa. A suspensão é bem macia e confortável, mas ao mesmo tempo encara a buraqueira e asfalto ruim sem reclamar. É um comportamento totalmente oposto ao que o modelo tinha nas gerações anteriores. 

A direção é bem leve nas manobras, mas ganha peso em alta velocidade. Com isso, temos um carro com comportamento bem voltado ao conforto, mas que, ao mesmo tempo, não tem medo de ser castigado e usado para o trabalho quando se faz necessário. 

Citroën C3 XTR [Auto+ / João Brigato]
Citroën C3 XTR [Auto+ / João Brigato]

Veredicto

Se você busca o Citroën C3 para trabalhar, as versões Live vão atender melhor pelo preço. Mas para uso pessoal, o You não vale à pena porque fica com preço muito parecido com o do Basalt, enquanto o Feel entrega menos do que o XTR. No final das contas, a Stellantis quis agradar pelo visual aventureiro, mas acertou no custo-benefício.

Você teria um Citroën C3 XTR? Conte nos comentários.


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0 comentário em “Citroën C3 XTR é a versão que mais faz sentido | Impressões ”

  1. Eduardo Maia

    Sim, desde o lançamento do C3 o carro já me agradou

  2. Aílton B Argôlo

    Sim. Por sinal, já possuo um, Feel, e ele está sendo surpreendente, pelo lado positivo, super econômico, ágil, robusto, espaçoso e muito boa dirigibilidade. Melhor relação custo-benefício do mercado, inclusive supera concorrentes de valor maior.

  3. Beto

    Na versão You topo de linha, não vir com mais 2 airbags e sensor de estacionamento traseiro, me fizeram desistir da compra

  4. MICHELANGELO FIALHO BOTTO BARBOSA

    Tenho um C3, ñ estou muito satisfeito c/os freios e realmente o motor perde força principalmente na subida. Então, ñ adianta muito lançar um carro c/desingn moderno se o principal, o coração, ñ funciona direito por falta de desempenho. Outros modelos Mil de marcas diferentes rendem bem melhor q o Citroën.

  5. Francinaldo Tavares

    Ótimo carro,acabamento excelente pelo preço, na traseira colocava um led de um lanterna de um lado para outro,e um loga em 3D drl.
    Quando compra um vou fazer isso

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João Brigato

Formado em jornalismo e design de produto, é apaixonado por carros desde que aprendeu a falar e andar. Tentou ser designer automotivo, mas percebeu que a comunicação e o jornalismo eram sua verdadeira paixão. Dono de um Jeep Renegade Sem Nome, até hoje se arrepende de ter vendido seu Volkswagen up! TSI.

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