5 carros duramente afetados pela primeira crise de semicondutores no Brasil

A primeira crise de semicondutores aconteceu entre 2020 e 2022, justamente durante o período da pandemia de Covid-19. As montadoras do mundo todo foram prejudicadas, mas conseguiram dar a volta por cima em pouco tempo. O Brasil também sofreu bastante com o atraso na entrega de chips e outros componentes e alguns carros tiveram sua produção duramente afetada.

Na lista de hoje, vamos relembrar alguns automóveis que sofreram com este pesadelo. Contudo, suas respectivas marcas encontraram soluções e a situação se normalizou até os dias atuais. Aperte os cintos e prepare-se para recordar esse momento crítico.

Nissan V-Drive

Em junho de 2021, a Nissan decidiu paralisar a produção do sedan compacto V-Drive e do SUV compacto Kicks na planta de Resende, Rio de Janeiro. Essa parada aconteceu próximo do feriado de Corpus Christi. Por sorte, pouco tempo depois a fabricante retomou os trabalhos na região. Hoje, os brasileiros não possuem mais o V-Drive como opção de compra. Quem quiser um sedan acessível, pode partir para a segunda geração do Versa.

Ele tem desenho sóbrio e traz sempre o motor 1.6 aspirado flex de 113 cv. Câmbio automático do tipo CVT XTronic, amplo espaço interno e porta-malas de 466 litros são chamarizes. Seus preços variam entre R$ 117.990 e R$ 145.390. Já o Kicks pode ser escolhido tanto na variante Play quanto em sua segunda geração. O Kicks Play tem preços entre R$ 117.990 e R$ 150.190. Já o novo Kicks custa entre R$ 166.990 e R$ 199 mil.

Volkswagen Virtus, Polo e Nivus

A primeira crise de semicondutores que afetou o Brasil paralisou a produção de carros como Polo, Virtus e Nivus. A situação ficou tão complicada para a marca alemã, que determinadas versões deles saíam de fábrica sem a central multimídia. A ideia da fabricante era tentar atender a demanda da forma mais rápida e como a tela precisa de componentes eletrônicos, podia atrasar as entregas.

Para quem gostava do item, podia adicioná-lo como um item opcional nas concessionárias da fabricante. Por sorte, a situação se normalizou e hoje eles contam com o recurso de série. O hatch compacto tem preços entre R$ 93.660 e R$ 133.490. Já o sedan rival do Honda City tem valores entre R$ 109.990 e R$ 169.990. Já o SUV-cupê pode custar entre R$ 119.990 e R$ 182.990. Um destaque deles é a opção de motor turbo flex.

Chevrolet Joy e Joy Plus

Outros carros afetados por causa da falta de semicondutores e componentes entre 2020 e 2022 foram os Chevrolet Joy e Joy Plus. Eles eram os finados Onix e Prisma com nomes diferenciados e serviam como versões de entrada para os atuais Onix e Onix Plus. Eles eram fabricados na instalação de São Caetano do Sul, Grande São Paulo, e tiveram a produção paralisada entre julho e agosto de 2021.

Acessíveis, eles brigavam com Fiat Argo, Volkswagen Polo e Hyundai HB20 e tinham como destaque o preço mais em conta. Ambos contavam com o motor 1.0 aspirado flex de 80 cv e 9,8 kgfm de torque e a transmissão era manual de seis marchas. Hoje, eles podem ser achados no mercado de usados e servir como instrumento de trabalho.

Toyota Corolla

O Corolla não escapou e foi um dos carros que foi duramente afetado pela primeira crise de semicondutores o Brasil. O sedan médio japonês conseguiu ter sua fabricação intacta até o começo de 2022. Contudo, a marca japonesa teve de paralisar sua produção na segunda quinzena de março daquele ano. Para se ter ideia, a instalação de Indaiatuba, interior de São Paulo, não produziu uma unidade do sedan entre os dias 14 e 18 de março.

Por outro lado, as fábricas de São Bernardo do Campo, Sorocaba e Porto Feliz conseguiram se proteger e produziam normalmente componentes, motores e modelos como o Corolla Cross e Yaris. Já em 2025, a marca enfrenta outro revés. Por causa de um forte temporal, a planta de Porto Feliz foi duramente afetada e a marca só voltará a produzir seus carros a partir de novembro e apenas nas versões híbridas convencionais.

Honda Civic

Assim como o Corolla, o Honda Civic foi outro dos automóveis com produção afetada por causa da primeira crise de semicondutores no Brasil. A décima geração do sedan médio da Honda era fabricada em Sumaré, interior de São Paulo e teve sua linha de produção reduzida drasticamente nos primeiros dez dias do mês de março em 2021. Na época, a marca alegou que a falta de componentes ocasionou um desequilíbrio e por isso a decisão foi tomada.

Um dos pilares dessa geração do rival do Nissan Sentra era o visual. Ele era bem chamativo se comparado com a nona geração e podia ter motor 2.0 aspirado flex ou 1.5 turbo. Bastante querido no mercado de usados, ele se destaca pela confiabilidade mecânica da montadora, manutenção facilitada, amplo espaço interno e bagageiro de 519 litros. Hoje, o Civic só chega ao Brasil importado e híbrido convencional.

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