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5 rebrands de marcas que deram errado ao longo das décadas

Algumas marcas de carro já passaram por um processo de rebranding, como a Jaguar, e o resultado igualmente não agradou a todos

4 min de leitura

O conceito de identidade de marca é construído ao longo de décadas, obedecendo a regras que moldam a percepção do público e criam uma conexão emocional com os consumidores. No entanto, algumas marcas, especialmente no mundo dos automóveis, como a Jaguar, ou até marcas em setores como tecnologia e alimentos, decidem adotar uma visão diferente.



Esse tipo de movimento nem sempre é bem recebido e, recentemente, a Jaguar decidiu abdicar de toda a sua história em nome de uma abordagem ousada para atrair um público mais jovem. Parte dessa mudança envolveu a substituição do logo clássico, com o icônico Jaguar saltando sobre a sua assinatura, por um conceito mais minimalista.

A decisão foi vista como uma tentativa de modernizar a marca, mas também gerou críticas de que a Jaguar estava abandonando sua identidade prestigiosa em busca de algo mais genérico. Contudo, ela não foi a única a seguir esse caminho.

Chrysler

Chrysler 200 [divulgação]

A Chrysler, após a fusão com a Daimler-Benz em 1998, que deu origem à DaimlerChrysler, não alcançou os objetivos esperados, e o rebranding que ocorreu após a venda da Chrysler pela Daimler, em 2007, não conseguiu apagar a falha dessa união. Em 2009, a marca tentou se reposicionar como uma empresa mais sofisticada após a falência e a aquisição pela Fiat.

O novo logo foi criticado por ser simples demais e não refletir a história da Chrysler, além de ser uma tentativa forçada de modernização. A percepção foi de que a Chrysler estava tentando imitar marcas de luxo sem ter o poderio necessário para sustentar essa imagem, o que resultou em uma desconexão com seu público tradicional.

Peugeot

Peugeot Partner Patagonica andando no asfalto com grama e árvores ao fundo
Peugeot Partner Patagonica [Divulgação]

A Peugeot também passou por um rebranding significativo em 2010, com a introdução de um logo mais estilizado e moderno, com o leão apresentado de forma mais minimalista. O novo design foi pensado para transmitir uma imagem mais dinâmica, mas gerou críticas de que a Peugeot estava perdendo seu “DNA”.

Para muitos consumidores, o novo logo não refletia a essência da marca, que sempre foi associada a carros acessíveis e confiáveis. Além disso, o reposicionamento da marca foi considerado confuso, já que o novo design do logotipo parecia distorcer a imagem clássica da Peugeot.

Ford

Ford Mustang branco de frente com chão e fundo cinza
Ford Mustang [Divulgação]

A Ford tentou se reinventar com o conceito de design New Edge, aplicado ao Focus e ao Mustang. A proposta foi uma tentativa de modernizar a marca com um estilo futurista, mas a mudança não agradou a todos. Muitos consumidores não conseguiram associar o novo design à tradição da Ford. A linguagem New Edge foi vista como desconectada do legado construído ao longo dos anos, o que prejudicou sua identidade.

Mini

A Mini foi outra marca que sofreu um processo de mudança de identidade, com o modelo Countryman John Cooper Works verde e vermelho parado de frente na praia [Divulgação]
Mini Countryman John Cooper Works [Divulgação]

Quando a Mini foi adquirida pela BMW, passou por um rebranding para refletir essa nova fase, com o objetivo de atrair um novo público. Contudo, o problema surgiu quando a Mini começou a expandir seu portfólio, lançando modelos como o Countryman, o Paceman e o Clubman, que eram maiores em relação aos carros compactos da marca.

Essa expansão foi vista por muitos como uma diluição da essência da Mini, que sempre foi associada a carros pequenos, simples e práticos. Embora a marca tenha mantido consumidores fiéis, muitos sentiram que a Mini estava se afastando de sua identidade original.

Kia

A Kia sofreu um processo de mudança de identidade de marca e a  Carnival está parada de traseira com portão e plantas ao fundo [Auto+ / João Brigato]
Kia Carnival [Auto+ / João Brigato]

O rebranding da Kia é um exemplo de uma mudança visual que gerou controvérsia. A marca sul-coreana adotou um novo logo minimalista, que foi amplamente criticado por ser difícil de ler, especialmente com relação à forma como as letras K e I foram estilizadas.

Muitos consumidores não conseguiram associar imediatamente o novo logo à Kia, e a mudança foi vista como uma tentativa de reposicionar a marca de uma fabricante de carros acessíveis para uma mais “tecnológica”.

O que você achou do processo de rebranding da Jaguar e das marcas mencionadas acima? Deixe sua opinião nos comentários!



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4 comentários em “5 rebrands de marcas que deram errado ao longo das décadas”

  1. Elisa

    Levando em consideração que nenhuma das marcas faliu, errados somos nós meros mortais em não entender as jogadas de marketing pensadas por profissionais experientes na área.
    e outra, nem a Kodak deixou de existir depois de (por muito pouco) falir quando pensou "ninguém vai usar câmeras digitais,elas são horríveis, não precisamos mudar nosso produto de filmes fotográficos" . Mudar é continuar existindo… Ninguém fala de como a Fiat mudou a própria cara deixando "a essência da marca" pra trás. Olhem os carros de 1980 e os de hoje, coitado de quem pensa que não é possível e rentável mudar e se adaptar.

  2. Tina Patriota

    Acho muito ousado e arriscado demais alterarem o logotipo da marca. Do meu ponto de vista, isto não é relevante para acompanhar o estilo do carro, agora o nome da marca por extenso acho interessante, igual a Peugeot tem feito nos seus modelos

  3. Kuririn Agiota

    Produtos importam mais que a marca, em si. Os Peugeot estão vendendo muito bem na Europa, pela quantidade de que se vê de carros com o novo brasão. Muitos 408, 508, 2008, 3008, 5008.

  4. Paulo Ricardo De Carvalho Sara

    Mini contriman já existia, era minusculo, mas sim, existia.

Os comentários estão encerrado.

Rafael Dea

Cursou Jornalismo para trabalhar com carros. Formado em 2005, atuou na mídia impressa por mais de 16 anos e também em veículos on-line. Embora tenha uma paixão por caminhonetes, não dispensa um esportivo — inclusive, foi o único brasileiro a participar do lançamento global do Porsche Panamera GTS.

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