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Tudo para atender às normas

Carros que tiveram mudanças no motor por causa do Proconve L8

O Auto+ separou alguns carros que sofreram mudanças mecânicas notórias para atender as rígidas normas do Proconve L8

6 min de leitura

O Proconve L8 é um programa governamental que exigiu uma série de mudanças nas motorizações dos carros oferecidos no Brasil. O projeto visava deixar os motores dos veículos produzidos e comercializados em solo nacional mais eficientes e menos poluentes. Desse modo, as montadoras precisaram trabalhar em cima dos atuais motores fabricados para enquadrá-los nas normas do programa, que é bem mais rigoroso do que as normas impostas anteriormente.

Na lista de hoje, vamos conhecer carros distintos, mas que tiveram sua potência ou até mesmo o motor trocado. Assim, ele passou a atender os requisitos para continuar sendo fabricado e vendido em solo brasileiro.

Renault Duster – menos potência nos motores 1.6 aspirado e 1.3 turbo

Renault Duster Iconic Plus
[Renault Duster Iconic Plus / Auto+ Rafael Dea]

O primeiro lugar dessa lista vai para o SUV compacto francês veterano. Hoje, o Duster pode ser equipado com motor 1.6 aspirado flex SCe ou 1.3 turbo flex TCe. No primeiro caso, o propulsor antes rendia 120 cv e 16,2 kgfm de torque com etanol, com gasolina eram 118 cv e 16,2 kgfm. Com as mudanças que o Proconve L8 passou a cobrar, a marca fez grandes alterações no propulsor. Dessa forma, ele passou a entregar 112 cv e 15,6 kgfm com etanol e 109 cv e 15,3 kgfm com gasolina.

Já quem prefere o Duster 1.3 turbo, também precisa saber que o motor ficou mais fraco. Antes, ele rendia 170 cv e 27,5 kgfm com etanol e 162 cv e 27,5 kgfm com gasolina. Com as mudanças do programa, ele entrega agora 163 cv e 27,5 kgfm com etanol ou 156 cv e 25,5 kgfm com gasolina. Vale lembrar que este motor mais forte tem companhia do câmbio automático do tipo CVT e que simula oito marchas.

Fiat Mobi – ganhou novo motor

Um dos carros que teve praticamente sua vida mudada por causa do Proconve L8 foi o Mobi. O hatch subcompacto era o único carro da marca italiana a ser equipado com o veterano motor 1.0 Fire flex aspirado. Mas, desde o começo deste ano, ele encerrou a parceria com este propulsor e passou a ser equipado com o 1.0 Firefly tricilíndrico flex. Aliás, o Mobi até já conhecia este “novo” motor.

Ele é o mesmo que equipa o Argo, Cronos, Peugeot 208 e Citroën C3. Desenvolve 75 cv e 10,7 kgfm com etanol ou 71 cv e 10 kgfm com gasolina. Sua transmissão é sempre manual de cinco marchas e ele é vendido nas versões Like, de R$ 80.990 ou o Trekking, que sai por R$ 82.990. Em consumo, ele marca 9,8 km/l na cidade e 10,6 km/l na estrada com etanol ou 14 km/l e 15,1 km/l, respectivamente com gasolina.

Jeep Renegade, Compass, Commander e Fiat Toro – menos potência no motor T270

Jeep Renegade Longitude Night Eagle cinza parado de frente com muro e plantas ao fundo
Jeep Renegade Longitude Night Eagle [Auto+ / Rafael Pocci Déa]

O pódio se fecha com diversos carros diferentes, mas que utilizam o mesmo propulsor. Os SUVs da Jeep e mais a caminhonete intermediária da Fiat contam com o motor 1.3 turbo flex. Até o fim de 2024, ele rendia 185 cv ou 180 cv e 27,5 kgfm e este era seu principal chamariz. Porém, o Proconve L8 entrou em cena e os engenheiros da planta de Goiana, Pernambuco, tiveram de suar para fazer o propulsor atender as novas normas.

Com as alterações feitas, o motor passou a entregar 176 cv com etanol ou gasolina. Todavia, o torque segue sendo 27,5 kgfm para ambos combustíveis. O Renegade só conta com este motor e pode ter câmbio automático de seis ou nove marchas. O Commander pode ter motor 1.3 T270, 2.2 turbo diesel ou 2.0 turbo Hurricane. O Compass pode ter propulsor 1.3 T270 ou 2.0 turbo Hurricane. Já a Toro conta com o motor 1.3 T270 ou 2.2 turbo diesel.

Chevrolet Tracker e Montana – injeção direta e mais potência

Chevrolet Tracker RS 2024 [divulgação]
Chevrolet Tracker RS [divulgação]

Já o SUV compacto e a caminhonete intermediária da Chevrolet estão entre os carros com mudanças mais notórias por causa do Proconve L8. O rival do Honda HR-V pode ter motor 1.0 turbo flex ou 1.2 turbo flex e ambos ganharam injeção direta e mudanças no software. Já a rival da Renault Oroch só usa o motor 1.2 turbo flex. Agora, o propulsor 1.0 turbo flex rende 121 cv e 18,9 kgfm com etanol ou 117 cv e 18,3 kgfm com gasolina.

Tanto a Montana quanto o Tracker 1.2, agora desfrutam de 141 cv e 22,9 kgfm com etanol ou 139 cv e 22,4 kgfm com gasolina. O consumo do Tracker 1.0 turbo traz as seguintes médias: 8 km/l na cidade e 9,8 km/l na estrada com etanol. Com gasolina, os valores são de 11,6 km/l e 13,7 km/l, respectivamente. O 1.2 marca 7,7 km/l na cidade e 10 km/l na estrada com etanol. Com gasolina, 11,2 km/l e 14,1 km/l.

Já a Montana manual 1.2 marca 8,4 km/l na cidade e 9,7 km/l na estrada com etanol. Com gasolina, chega em 12,3 km/l e 13,7 km/l. Com câmbio automático, os valores são de 7,5 km/l na cidade e 9,7 km/l na estrada com etanol. Com gasolina, ela faz 11 km/l na cidade e 13,5 km/l nas rodovias. Vale lembrar que os Onix e Onix Plus também tiveram mudanças nos motores 1.0 aspirado flex e 1.0 turbo flex.

Hyundai Creta, HB20 e HB20 TGDI – menos potência com gasolina

Por fim, os últimos carros que sofreram mudanças na motorização por causa do Proconve L8 foram os compactos da Hyundai. Os HB20 e Creta equipados com o motor 1.0 TGDI flex de 120 cv e 17,5 kgfm ficaram mais fracos se estiverem abastecidos com gasolina. Agora, eles contam com 115 cv, uma perda de 5 cv em relação aos antigos 120 cv. No entanto, o torque segue sendo de 17,5 kgfm com a mudança.

O Creta ainda pode ser equipado com o motor 1.6 TGDI a gasolina, que equipa somente a versão topo de linha Ultimate. Por não sofrer mudanças, o propulsor entrega 193 cv e 27 kgfm. Já o HB20 hatch e o sedan podem contar com motor 1.0 aspirado Kappa tricilíndrico flex. O torque com etanol teve melhoria, pois passou a ser de 9,6 kgfm em relação aos antigos 9,4 kgfm. A potência com etanol segue de 80 cv e com gasolina, os valores são de 75 cv e 10,2 kgfm.

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Felipe Yamauchi

Formado em jornalismo, é muito curioso e gosta de entender como tudo funciona. Como jornalista, já trabalhou no ramo de entretenimento, saúde, embarcações e agora fala de carros de uma segunda-feira até a outra sem nenhum problema. É um entusiasta da onda de SUVs.

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