A General Motors anunciou que vai começar a produção de um novo tipo de bateria elétrica de baixo custo nos Estados Unidos a partir do final de 2027. A tecnologia, chamada de LFP (ferro-fosfato de lítio) de baixo custo, promete baratear os carros elétricos da montadora nos próximos anos, sobretudo os carros mais populares da Chevrolet, como o Bolt EV.
A fabricação dessas novas baterias será feita em Spring Hill, no estado do Tennessee, onde a fábrica da Ultium Cell, uma joint venture entre GM e LG Energy Solution, receberá investimentos para adaptar sua linha de produção.
O objetivo da marca é reduzir substancialmente o custo dos pacotes de bateria e, com isso, tornar os carros elétricos mais acessíveis para o consumidor.

A GM ainda não confirmou quais modelos usarão as baterias de LFP, mas a expectativa é que elas sejam destinadas aos elétricos mais baratos da linha Ultium, e não aos modelos de luxo como Cadillac Lyriq ou Vistiq.
Isso porque as baterias LFP são mais baratas, estáveis e duráveis, mas têm menor densidade energética em comparação às baterias de níquel, cobalto e manganês, que continuam sendo utilizadas nos carros premium da marca.
![Chevrolet Bolt EUV [divulgação]](https://www.automaistv.com.br/wp-content/uploads/2023/05/2023-chevrolet-bolt-euv-premier-0_edited-1200x719.jpg)
Segundo a própria montadora, essa diversificação faz parte de uma estratégia maior para aumentar a oferta de elétricos no portfólio e oferecer opções com diferentes faixas de preço e desempenho.
A GM reforça que continuará investindo também em outras químicas, como as futuras baterias de lítio com alto teor de manganês (LMR), que devem começar a ser desenvolvidas em um novo centro de pesquisa em Michigan.

Ainda sem uma data exata para a chegada desses carros ao mercado, a GM já confirmou que o novo Bolt EV começará a ser produzido até o fim deste ano nos EUA.
A tendência é que os modelos equipados com as novas baterias LFP cheguem logo depois, compondo a próxima geração de carros elétricos acessíveis da marca. Se tudo correr como planejado, o consumidor poderá sentir os reflexos no bolso já no final da década.
Chevrolet também trabalha em outra bateria mais barata
A GM também está trabalhando em outra bateria que gera maior autonomia e também que não seja tão cara — a LMR, sigla para Lithium Manganese Rich. Essa química foi anunciada recentemente, e também é fruto da parceria da GM com a LG Energy Solution. Ela começa a ser produzida só em 2028, também nos Estados Unidos.

A LMR tem uma composição bem diferente das atuais baterias usadas pela GM (como a NMCA), que tem 85% de níquel, 10% de manganês e 5% de cobalto. A proposta da LMR é usar 65% de manganês e 35% de níquel, praticamente zerando o uso de cobalto, o que ajuda a reduzir o custo de produção e diminuir a dependência de matérias-primas caras e escassas.
Além do custo mais baixo, a LMR promete mais autonomia, podendo ultrapassar os 640 km por carga e um ciclo de vida comparável às baterias de níquel, com mais estabilidade e resistência à degradação.

A tecnologia será aplicada em células prismáticas, mais compactas e eficientes para veículos grandes como SUVs e picapes, economizando até 75% de peças no módulo da bateria e facilitando a montagem.
Com a LMR, a GM quer democratizar o desempenho de alto nível nos elétricos, trazendo mais alcance e potência por um preço mais competitivo. Isso ao contrário da LFP, voltada para modelos urbanos de entrada, a LMR deve ser o “coração” de carros maiores e mais potentes, dentro da plataforma Ultium.
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