Com a chegada das viagens de Natal e Réveillon, quem vai pegar estrada precisa redobrar a atenção. Além dos radares tradicionais e das viaturas espalhadas pelas rodovias, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) já usa drones como ferramenta de fiscalização em 2025. O recurso, que começou a ser empregado em julho de 2024, já está em operação em diversos estados.
A PRF adotou os drones como parte de um pacote de modernização da fiscalização rodoviária. O objetivo é claro reduzir acidentes, coibir manobras perigosas e aumentar a presença do Estado em trechos onde uma viatura não consegue ficar parada com segurança.
O uso dos drones se soma ao sistema de videomonitoramento fixo com câmeras dotadas de inteligência artificial, já em funcionamento há mais tempo. Essas câmeras estão instaladas em pontos estratégicos das rodovias federais e conseguem identificar automaticamente infraçõess como uso de celular ao volante e falta do cinto de segurança.
Onde estão espalhadas essas câmeras e drones?

Atualmente, esse sistema opera na Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. Já os drones são utilizados principalmente em estados onde a geografia dificulta a fiscalização tradicional ou onde há alto índice de acidentes.
Por exemplo, Minas Gerais, Espírito Santo, Pará, Santa Catarina e Rio Grande do Sul estão entre os locais onde a tecnologia aérea já está ativa. Em regiões como a Serra catarinense ou trechos sinuosos da BR-262, em Minas Gerais, o drone permite flagrar ultrapassagens proibidas em curvas e faixas contínuas, algo difícil de detectar apenas com viaturas.
Como funciona os drones

A operação do drone é feita por um agente da PRF, que acompanha as imagens em tempo real e registra a infração. Após o flagrante, uma viatura pode ser acionada para abordar o condutor alguns quilômetros à frente ou a autuação ocorre mesmo pelo drone.
A legislação permite esse tipo de fiscalização. A Resolução 909 do Contran autoriza o videomonitoramento para autuação, desde que a rodovia esteja devidamente sinalizada informando que há fiscalização por câmeras.

Não é obrigatório avisar especificamente que há drones operando, apenas que o trecho é monitorado. Na prática, isso significa que a multa aplicada por drone tem o mesmo valor e validade de qualquer outra autuação.
Os drones conseguem flagrar infrações visíveis, como ultrapassagem em faixa contínua, uso do celular ao volante, falta do cinto de segurança, faróis apagados, conversões proibidas e até direção na contramão. O que eles não fazem é medir velocidade. O controle de excesso de velocidade continua sendo função exclusiva dos radares.

O tempo médio de voo de cada drone é de cerca de 30 minutos. Segundo a PRF, a escolha dos pontos de operação leva em conta dados estatísticos de acidentes e sinistros, tendo prioridade de locais com histórico grave.
Em 2024, a infração mais flagrada com esse tipo de fiscalização foi a ultrapassagem em faixa contínua, enquadrada no artigo 203 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) como infração gravíssima. A multa é de R$ 467,35, com sete pontos na CNH, podendo dobrar para R$ 934,70 em caso de reincidência.
E você, já passou por algum drone na estrada? Deixe seu comentário e Feliz Ano Novo!



