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Fiat Palio é o ídolo que o Argo se espelha

Com mais de 20 anos de trajetória, o Fiat Palio agradou tanto os brasileiros que chegou a ser o carro mais vendido do Brasil em um momento

6 min de leitura

A Fiat no Brasil é conhecida por sua gama diversificada e pelos modelos que ficaram na memória do público e o Palio é um deles. O hatch compacto viveu mais de 10 anos no país tropical, se tornou um dos queridinhos dos brasileiros e até chegou a ostentar o título de carro mais vendido do país em determinadas ocasiões. Apertem os cintos e se preparem para conhecer sua história.

Tudo começou na década de 1990. Neste momento, o Uno já tinha lá uma certa bagagem de trajetória em seu porta-malas. Só que, a marca italiana precisava de um hatch um pouco mais refinado e até maior, para atender mais clientes. Foi aí que os executivos criaram o Projeto 178, segundo o portal UOL.

Aqui, o novo hatch da montadora utilizava a plataforma do Uno, mas trazia melhorias mecânicas, design arredondado e a robustez que a marca já tinha construído. Contudo, foi em abril de 1996 que o Fiat Palio chegou causando um rebuliço no Brasil. Aqui, ele vinha para aumentar o portfólio da fabricante e ser uma opção mais refinada que o Uno para enfrentar os grandiosos Volkswagen Gol e Chevrolet Corsa.

Fiat Palio
Fiat Palio [divulgação]

Pai de família

O Palio tinha como destaques iniciais diversas cores chamativas, airbag duplo e freios ABS como opcionais e mais itens de série. Desse modo, queria atrair os clientes mais jovens e também os donos dos seus rivais. Nessa época, ele podia ter os motores 1.5 ou 1.6 de 16V e pouco tempo depois, ganhava opção de propulsores 1.0 e 1.6 de 8 válvulas.

Foi somente em 2000 que o Fiat Palio ganhou o motor 1.3 Fire de 16V. Este propulsor foi seu companheiro por diversas gerações e rendia um desempenho notório, já que o modelo era compacto e leve. Ainda falando deste período, a marca via o sucesso que ele fazia por aqui e resolveu aumentar a família.

Fiat Palio [divulgação]
Fiat Palio [divulgação]

Dessa forma, nasceram o Palio Weekend, uma perua que trazia amplo espaço interno e de porta-malas como destaque. Para quem preferia, havia o sedã Siena, que era um Palio com uma bunda saliente e por fim, o modelo mais querido e mais lembrado de todos: a Fiat Strada.

Aliás, falando em Fiat Palio Weekend, ele ganhou a versão aventureira Adventure e ela estreou a ideia de ter uma variante off-road de qualquer modelo. Com as vendas consolidadas, foi no fim de 1990 e início dos anos 2000, que o Palio ganhou uma ida para a clínica de estética.

Ele perdia um pouco das linhas arredondadas para ganhar um ar mais adulto. Essa primeira mudança foi assinada pelo renomado Giorgetto Giugiaro. Em 2004, a linha do Palio voltava a mudar de cara novamente e adotava aqui um estilo que iria perdurar por bastante tempo.


Nesse momento, seus motores passavam a ser flex, ou seja, podiam ser abastecidos com gasolina ou álcool. Aqui, a marca criou a versão R, que vinha equipada com o motor 1.8 que a Chevrolet também utilizava em modelos como o Corsa, Astra e Meriva. Essa versão do Fiat Palio era a que mais tinha apelo jovial da linha.

Fiat Palio (divulgação)

Cara que gerou polêmica

Em 2007, o Palio já estava bem consolidado no mercado e passou por mais uma mudança no visual. Entretanto, essa foi a mudança de cara que mais causou polêmica em sua trajetória. O público não curtiu muito a dianteira com ar de fuinha e os amplos vidros. Mesmo assim, ele vendia como água.

Foi nessa época que seus motores passaram por uma avaliação. Como a Fiat tinha acabado de adquirir uma fábrica que era especializada em motores, nascia os propulsores da linha E.torQ. Aqui, o motor 1.8 da Chevrolet se despedia e o Palio R também.

Vida nova

Já em 2011, logo após o Fiat Uno ganhar a geração mais quadradinha e jovial, o Palio finalmente recebeu a merecida segunda geração. Aqui, ele voltava as origens e ganhava carroceria mais arredondada e bem mais refinada esteticamente falando do que as vidas anteriores.

Ele podia ter os motores 1.0, 1.4 ou 1.6 e contar com câmbio manual ou o muito lembrado automatizado Dualogic. Por falar nele, o Palio nunca foi apresentado a um câmbio automático de verdade. Suas únicas experiências foram as mal sucedidas Citymatic, de embreagem automatizada e a Dualogic que era automatizada de fato.

Independente disso, o hatch continuava com expressivos índices de vendas. Vale ressaltar que as vidas anteriores continuavam a serem oferecidas com as gerações novas. A Fiat tinha o esquema de deixar o visual antigo em uma versão bem mais em conta e as novas gerações em variantes mais equipadas.

Esta foi a geração que alcançou um feito inédito na vida do Fiat Palio. Em meados de 2014, ele roubou o lugar do Gol e foi o carro mais vendido do Brasil. Mas, a alegria durou pouco, já que em 2015, o Chevrolet Onix ficou com esta posição.

carros
Fiat Palio [divulgação]

Substituto veio aí

Nessa época, o Palio já estava cansado e tinha 20 anos de bagagem e seus rivais eram bem mais novos e tecnológicos. Aí, em 2017, a Fiat lançou o Argo. Uma espécie de Palio, com tamanho amplo no interior, motorização parecida e a confiabilidade que a marca conquistou no mercado.

Foi assim que o Fiat Palio se despediu do mercado brasileiro. Depois de exatos 22 anos de vida, o hatch saiu de cena com cerca de 3 milhões de unidades vendidas e deixou um legado que perdura até hoje na montadora e segue sendo o ídolo de modelos como o pequenino Mobi e o compacto Argo.

Fiat Argo S-Design [Auto+ / João Brigato]

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7 comentários em “Fiat Palio é o ídolo que o Argo se espelha”

  1. Rodrigo

    Com exceção do Palio "Fase 4", com aquela traseira horrível de Daihatsu Charade, todos foram muito bem sucedidos, bonitos, muito bem equipados.

    Meu ranking de preferência por fase:

    1) Palio "Fase 2"
    2) Palio "Fase 1"
    3) Palio G2 – o totalmente novo
    4) Palio "Fase 3"
    5) Palio "Fase 4" – neste caso, só não o ignoro porque o Siena foi quem se salvou com a traseira a la Alfa Romeo.

    Tive justamente o "Fase 2", que carrinho gostoso!

  2. Tootsuki

    Acho curioso que ao contrário do Gol, que morreu com a imagem super queimada e negativa, sinto que o Palio saiu de linha ainda com uma boa reputação (assim como o Uno).

  3. Edmundo Junior Kajueiro

    O problema tanto do Palio quanto do Grand Siena além do interior extremamente simples (2011/2012 já tinham carros com acabamento melhores apontando para uma renovação no interior) foi o fato da Fiat tentar se desfazer dos dois de qualquer jeito. Eles nunca ganharam o firefly, nem multimídia e a Fiat foi capando tudo o que pode, tirando até porta revistas.
    De inicio tentaram emplacar o Uno como substituto para o Palio, mas não rolou e logo tiveram que baixar a bola do Argo para tal posição, embora ele nunca tenha conseguido ter o mesmo prestigio que o Palio tinha.

  4. Edmundo Junior Kajueiro

    A verdade é que o novo Panda poderia muito bem se chamar Palio por aqui, para reviver os tempos de gloria onde a Fiat dominava os compactos, coisa que o Argo nunca conseguiu fazer.

  5. Luiz Fernando

    Tenho um palio 98 simples de tudo. Mas é um carro muito bom. Nunca me deixou na mão .

  6. rodrigosr

    "Só 22 anos".

  7. Bart

    O Argo deveria se chamar Palio
    uma pena a Fiat não manter nomes por muitas gerações
    Palio e Siena poderiam existir em lugar de Argo e Cronos
    agora dizem que vão reviver o nome Uno pra ser o equivalente ao Panda da Europa, vamos ver

Os comentários estão encerrado.

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Felipe Yamauchi

Formado em jornalismo, é muito curioso e gosta de entender como tudo funciona. Como jornalista, já trabalhou no ramo de entretenimento, saúde, embarcações e agora fala de carros de uma segunda-feira até a outra sem nenhum problema. É um entusiasta da onda de SUVs.

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