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Porsche aposta que câmbio manual não vai morrer, mesmo em 2025

Mesmo com a indústria migrando para câmbios automáticos, Porsche garante que câmbio manual seguirá vivo em versões especiais do 911

3 min de leitura

No Brasil e no mundo está cada vez mais raro encontrar carros com câmbio manual. Por aqui, à venda, os esportivos que ainda oferecem a pegada mais purista são o Mustang, GR Corolla, Civic Type R e alguns poucos outros. Um que entra na lista também é o Porsche 911, que mantém tanto o Carrera T quanto o GT3 com Pacote Touring com câmbio manual de seis marchas.

A própria Porsche admite que não quer abandonar essa tradição e até fala em expandir a oferta para atender aos puristas. Michael Rösler, diretor da linha 911, comentou em entrevista ao site britânico Evo que “estamos pensando em todas as possibilidades de entregar um manual aos clientes”. 

Foi ele quem defendeu a ideia de lançar o Carrera T manual quando soube que o restante da linha seria apenas com a caixa PDK automática de dupla embreagem. A decisão foi justamente para deixar viva a experiência raiz de quem busca a conexão direta com o carro, sem a mediação eletrônica da transmissão automática. 

Câmbio manual não é mais prioridade

Porsche 911 Carrera T [Divulgação]

Rösler chegou a citar que o câmbio manual representa uma fatia pequena em mercados globais. Por exemplo, na Europa, apenas 2 a 3% dos compradores do 911 optaram pela versão manual. Mas em países como os Estados Unidos, o número sobe para cerca de 50% nos modelos Carrera GTS. Ou seja, ainda existe espaço para esse tipo de proposta.

O Carrera T acabou sendo desenvolvido para esse público que queria um 911 manual, mas também não estava disposto a investir em um GT3 Touring. A Porsche até fez mudanças específicas nessa configuração e eliminou a sétima marcha que estreitava os engates e recalibrou o mecanismo de trocas para aproximar a sensação da versão GT3. 

Porsche 911 Carrera T [Divulgação]

A conexão do motorista com câmbio automático acontece pela praticidade no trânsito, mas, no caso da Porsche, também pelo desempenho, já que a transmissão de dupla embreagem como o PDK da Porsche são muito mais rápidas e precisas do que qualquer manual.

A indústria como um todo já percebeu isso. Manter câmbios manuais em linha custa caro e exige fornecedores dispostos a produzir componentes em pequenas quantidades, o que não é simples. Mesmo assim, a Porsche não descarta criar mais edições especiais do 911 com câmbio manual.

Porsche 911 GT3 RS [divulgação]
Porsche 911 GT3 RS [divulgação]

Na prática, a estratégia da montadora alemã é poder existir um símbolo de autenticidade em versões de nicho. A Porsche já está testando novos protótipos, e os rumores comentam até um possível Speedster baseado no GT3, fórmula essa usada na geração 991.

No Brasil, o 911 Carrera T chegou neste ano e parte de R$ 980.000, oferecendo o propulsor boxer 3.0 biturbo de seis cilindros que produz 394 cv e 45.9 kgfm de torque, enquanto a linha GT3 com o Pacote Touring, que adiciona o câmbio manual, sai por R$ 1.467.000, com seu motor 4.0 de seis cilindros que gera 510 cv e 45,9 kgfm de torque.

E você, deixaria de lado o conforto do câmbio automático para ter um manual? Deixe seu comentário!


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Luiz Forelli

Estudante de jornalismo, sempre foi fascinado por carros desde pequeno. Passava horas dirigindo no colo da família dentro da garagem ou empurrando carrinhos pela casa, como se já soubesse que seu caminho estaria entre motores e rodas. Hoje, realiza o sonho de infância escrevendo sobre o universo automotivo com a mesma empolgação de quem brincava com um volante imaginário. No lugar do sangue, corre gasolina, e isso nunca foi segredo.

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