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Faz diferença no bolso

Quanto custa rodar 1.000 km no Natal com etanol ou gasolina: qual vale mais a pena?

Viagem de fim de ano pode pesar no bolso e a escolha do combustível faz diferença

6 min de leitura

O fim de ano chegou e, com ele, aquela vontade clássica de pegar a estrada para o Natal e o Réveillon. Seja para visitar a família, descer para o litoral ou simplesmente fugir da cidade, o carro é protagonista nesse período. E junto com ele vem uma dúvida antiga do brasileiro, mas que nunca perde a relevância. Afinal, quanto custa rodar 1.000 km no usando etanol ou gasolina?

Para responder isso de forma justa, o Auto+ uma apuração de um princípio simples e justo. Primeiro, usamos os preços médios nacionais dos combustíveis, divulgados pela Petrobras, já considerando as margens de distribuição e revenda. No momento da publicação dessa matéria  a gasolina tem média de R$ 6,17 por litro e o etanol em R$ 4,40.

O segundo passo foi escolher o consumo oficial do Inmetro, que é a referência padronizada do país. Embora na prática muitos carros façam números um pouco melhores, o Inmetro usa um ciclo mais rigoroso, mas é o que permite essa comparação justa entre modelos e motores diferentes. 

Bomba de combustível (divulgação)

Para evitar distorções, não usamos só cidade ou só estrada. A conta sempre considera uma média entre os dois cenários, já que em uma viagem de fim de ano o carro normalmente passa por trânsito urbano na saída e na chegada, além de longos trechos rodoviários.

Com essa média em mãos, a lógica é: se um carro faz, por exemplo, cerca de 10 km/l, ele vai precisar de aproximadamente 100 litros para rodar 1.000 km. A partir disso, basta multiplicar o número de litros necessários pelo preço do combustível escolhido.

Preços dos combustíveis

Bomba de combustível [divulgação]

Esse método também ajuda a mostrar por que o etanol, mesmo sendo mais barato na bomba, nem sempre compensa. Em muitos motores flex, o consumo com etanol sobe, o que faz o custo por quilômetro se aproximar ou até ultrapassar o da gasolina. Já em carros mais eficientes, especialmente híbridos, essa diferença praticamente desaparece.

E para pegar uma base certa, escolhemos os veículos mais vendidos do Brasil até novembro, de acordo com a Fenabrave, também para ficar justo. Em um caso específico incluímos até mais um modelo. Vamos ver então como ficou.

Hatchback 

Volkswagen Polo Track [Auto+ / João Brigato] Carros mais vendidos em 2024
Volkswagen Polo Track [Auto+ / João Brigato]

Começando pelo hatch mais vendido do Brasil, o Volkswagen Polo, a diferença entre versões aspirada e turbo já mostra como o custo varia mesmo dentro do mesmo modelo.

No Polo Track 1.0 aspirado, rodar 1.000 km com etanol custa cerca de R$ 436, enquanto com gasolina o valor cai para aproximadamente R$ 422. A vantagem da gasolina é pequena, mas existe, mesmo com o litro mais caro.

Volkswagen Polo Highline [Auto+ / João Brigato]
Volkswagen Polo Highline [Auto+ / João Brigato]

Já no Polo 1.0 TSI, mais potente e também mais gastão no etanol, a conta sobe. Com etanol, o custo para 1.000 km fica em torno de R$ 451, enquanto com gasolina cai levemente para R$ 445. Aqui, mais uma vez, a gasolina leva vantagem, mas por margem mínima.

Sedãs 

Chevrolet Onix Plus Premier 2026 estático
Chevrolet Onix Plus Premier 2026 [Auto+/Luiz Forelli]

Entre os sedãs compactos, o Chevrolet Onix Plus continua sendo referência. Na versão 1.0 aspirada, rodar 1.000 km com etanol custa cerca de R$ 402, enquanto com gasolina o valor fica muito próximo, em torno de R$ 398. Praticamente um empate técnico.

No Onix Plus 1.0 turbo, o cenário muda um pouco. O etanol leva o custo para aproximadamente R$ 447, enquanto a gasolina reduz a conta para algo em torno de R$ 437. Aqui, a gasolina já começa a fazer uma diferença mais perceptível.

Imagem mostra Toyota Corolla Hybrid - Avaliação - Confira carros híbridos e elétricos que menos desvalorizam no Brasil
Toyota Corolla Altis Premium Hybrid 2026 [Auto+ / Camila Torres]

Mas aqui no caso dos sedãs pegamos um modelo que muitos brasileiros tem e vale incluirmos devido a motorização híbrida — o Toyota Corolla. Na versão 2.0 aspirada, rodar 1.000 km com etanol sai por cerca de R$ 489, contra R$ 468 usando gasolina. O porte maior e o motor mais forte cobram seu preço, especialmente no etanol.

O Corolla Hybrid é o ponto fora da curva. Mesmo usando etanol, o custo fica em torno de R$ 379 para 1.000 km. Com gasolina, praticamente empata, também na casa dos R$ 378.

SUVs 

Volkswagen T-Cross Comfortline azul parado de frente com casa e árvores ao fundo
Volkswagen T-Cross Comfortline [Auto+ / João Brigato]

Nos SUVs, o campeão de vendas Volkswagen T-Cross, com a versão 1.0 TSI, rodar 1.000 km com etanol custa cerca de R$ 470, enquanto com gasolina o valor cai para aproximadamente R$ 464. De novo, vantagem pequena para a gasolina.

No T-Cross 1.4 TSI, mais potente, o custo sobe um pouco mais. Com etanol, a conta fica em torno de R$ 486, enquanto com gasolina cai para algo perto de R$ 474. Aqui, a diferença já começa a ser sentida no bolso.

Picape 

Fiat Toro Freedom 2026 estático na estrada de terra
Fiat Toro Freedom [Auto+/Luiz Forelli]

Na Fiat Toro 1.3 turbo flex, uma das poucas picapes flex do mercado, o custo já entra em outro patamar. Rodar 1.000 km com etanol custa cerca de R$ 594, enquanto com gasolina fica em torno de R$ 587.

Então vale a pena qual combustível no Natal?

O levantamento deixa claro que, na maioria dos carros mais vendidos do Brasil, a gasolina ainda leva vantagem financeira, mesmo custando mais caro por litro. O etanol só faz sentido mesmo em modelos híbridos, como o Corolla Hybrid, onde o consumo compensa o preço.

Discas CESVI – Combustível Adulterado (divulgação)

E essa lógica vale também até para quem vai rodar menos. Mesmo em trajetos de até 400 km ou abaixo de 500 km, a gasolina ainda é mais vantajosa na maioria dos carros. Isso acontece porque apesar de o etanol custar menos por litro, o consumo maior acaba anulando essa diferença, ainda mais na estrada, que é justamente onde a maioria das pessoas vão rodar neste final de ano.

E você, vai viajar neste final de ano? Qual combustível você prefere para o seu carro? Deixe seu comentário!


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Luiz Forelli

Estudante de jornalismo, sempre foi fascinado por carros desde pequeno. Passava horas dirigindo no colo da família dentro da garagem ou empurrando carrinhos pela casa, como se já soubesse que seu caminho estaria entre motores e rodas. Hoje, realiza o sonho de infância escrevendo sobre o universo automotivo com a mesma empolgação de quem brincava com um volante imaginário. No lugar do sangue, corre gasolina, e isso nunca foi segredo.

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