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5 carros que foram péssimas ideias e venderam mal

Às vezes as marcas têm ideias ruins, mas acreditam tão firmemente nelas que lançam carros fadados ao fracasso

5 min de leitura

Sempre que as marcas lançam carros novos, fazem pesquisas de público para entender se aquele modelo pode ser um sucesso ou não. Nenhuma montadora lança um modelo ao vento e espera que dê certo pelo acaso. Mas, algumas vezes, elas se atêm tanto a uma ideia fechada que não enxergam o fracasso batendo à porta.

Prova disso são esses cinco carros que já nasceram a partir de uma péssima ideia e não deu outra: foram fracassos de venda.

Ford Fusion europeu

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Ford Fusion [divulgação]
Quando a sexta geração do Ford Fiesta surgiu, a marca do oval azul decidiu que havia espaço para um modelo derivado maior. A Europa sugeriu fazer uma espécie de Fiesta gordo e vendê-lo como minivan, lançando assim o Fusion em 2002. Já o Brasil aproveitou a ascensão dos aventureiros e criou o SUV compacto EcoSport.

Não é preciso muito para entender que os europeus não se convenceram a comprar o Fusion, enquanto os brasileiros se esbaldavam de comprar o EcoSport. A diferença é que o Fusion não passava de um Fiesta maior, o que era, na essência, a mesma coisa do EcoSport. Mas o SUV brasileiro tinha cara de aventureiro e isso criou um apelo comercial muito maior. Com isso, um foi um sucesso e virou modelo global, o outro morreu e não fez falta.

Mercedes-Benz Classe X

Mercedes-Benz Classe X [divulgação]
Mercedes-Benz Classe X [divulgação]
Pouco mais de dois anos no mercado: esse foi o tempo de vida da Mercedes-Benz Classe X. Ela nasceu a partir de uma boa ideia, que era criar uma caminhonete média de uma marca de luxo – fruto claro de uma demanda crescente, visto o preço dos modelos de marcas generalistas. Mas o problema foi a execução da Mercedes-Benz.

Ao invés de criar um modelo sozinha, tomando como base a plataforma da Sprinter, a Mercedes quis economizar e pegou a Nissan Frontier como base, a requintou e achou que convenceria o público com isso. O acabamento ainda era de Nissan e a lateral toda igual da Frontier. Foi um fracasso tão forte, que a Mercedes até finge que a Classe X não existiu.

Peugeot Hoggar

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Peugeot Hoggar [divulgação]
Uma ideia que já tinha potencial para dar não ir bem e feita no momento errado foi a receita do fracasso da Peugeot Hoggar. Ela surgiu em um momento no qual a Peugeot não fazia bons carros no Brasil e sua fama era ruim (algo que ela já deu a volta por cima completamente). Para piorar, tentava brigar com a Fiat Strada, algo que pouquíssimas marcas arriscaram a fazer.

Prova disso é que só Ford, Chevrolet e Volkswagen tentaram brigar com a Fiat Strada ao longo da vida – ainda que Chevrolet e Ford já tenham desistido disso. A Peugeot merece palmas pela ousadia de ter tentado, mas o 207 foi uma base ruim para partir, tinha interior apertado, problemas de suspensão e não tinha como dar certo.

Nissan Murano Cross Cabriolet

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Nissan Murano Cross Cabriolet [divulgação]
Presença constante na lista de carros mais feios do mundo, o Nissan Murano Cross Cabriolet não foi uma ideia boa, mas rendeu frutos para outras montadoras. Ele foi o primeiro SUV conversível do mundo – se desconsiderados modelos como Jeep Wrangler que podem ter o teto arrancado. Era voltado ao uso urbano, mas era feio de doer.

A ideia de um SUV é ter mais robustez, praticidade e alguma capacidade off-road. Mas ao tirar o teto, a Nissan arruinou todos esses aspectos – ainda que tivesse mantido a altura do solo elevada que tanto é desejada por donos de SUVs. Vendeu mal, mas influenciou a Land Rover a fazer o Evoque conversível e a VW a criar o T-Roc Cabriolet, ambos um fracasso nas vendas.

BMW GT

BMW Série 5 GT [divulgação]
BMW Série 5 GT [divulgação]
Comumente presentes nas listas de carros mais feios do mundo, os BMW GT nunca venderam bem e a existência deles é bem questionável. Isso porque a BMW insistiu fortemente, pois contou com Série 3 GT (entre 2013 e 2019), Série 5 GT (entre 2009 e 2017) e Série 6 GT (desde 2017 até hoje).

Os modelos, na realidade, eram versões baixas dos SUVs cupê X4 e X6. Só que sem todo o aparato off-road, as proporções ficaram esquisitas e não havia o apelo dos utilitários para eles. Os consumidores não viam motivos para querer um modelo tão grande quanto uma perua, mas sem a mesma praticidade, ou a elegância dos sedãs.

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João Brigato

Formado em jornalismo e design de produto, é apaixonado por carros desde que aprendeu a falar e andar. Tentou ser designer automotivo, mas percebeu que a comunicação e o jornalismo eram sua verdadeira paixão. Dono de um Jeep Renegade Sem Nome, até hoje se arrepende de ter vendido seu Volkswagen up! TSI.

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