BMW XM é rápido, luxuoso e esquisito em grandes proporções

Quando se trata de fazer o modelo topo de linha de uma gama ou de uma marca, ele deve representar tudo que há de maior e mais forte. Por isso, a BMW recorreu a todos os superlativos possíveis ao criar o novo XM. Afinal, o novo BMW XM é o representante máximo das linhas X de SUVs e M de esportivos da marca. Ele é um exagero ambulante.

Representante de uma nova fase da BMW, ele é o primeiro carro desenvolvido pela divisão M e vendido sem uma variante regular desde o M1 descontinuado em 1981. O foco do modelo é performance e esportividade, ainda que seja um SUV enorme de 5,11 m de comprimento, 2 m de largura e 1,75 m de altura.

Por isso, a BMW tratou de dar o seu toque de mestre no ramo de esportivos. O peso é distribuído 50% para cada eixo, sendo concentrado em baixo por conta das baterias. Ele registra na balança colossais 2.749 kg. E mesmo pesando mais e tendo o mesmo porte de um X7, o BMW XM leva três pessoas a menos, tendo lugar somente para quatro passageiros.

Etiqueta vermelha

Para mover o BMW XM há uma interessante combinação entre o motor V8 4.4 biturbo de 490 cv e 66,3 kgfm de torque e um elétrico de 197 cv. A força total é de 653 cv e 81,6 kgfm se não estivermos falando da versão Label Red. Nesse caso, o SUV esportivo sobe a brincadeira para 748 cv e 101,7 kgfm. A autonomia elétrica é de apenas 48 km.

A BMW não divulgou o 0 a 100 km/h do XM Label Red, mas promete resultado bem abaixo dos 4,1 segundos da versão regular do super SUV. Independentemente da variante, a transmissão é sempre automática de oito marchas, devidamente reforçada para dar conta do torque extra. Ele é o BMW M mais potente em produção hoje, mas não o mais rápido, vale ressaltar.

Topo do topo

Em matéria de visual polêmico, os últimos carros lançados pela BMW são campeões. Por isso, não poderia ser diferente com o XM. Ele é ousado, chamativo e exagerado. A dianteira é impactante com grade frontal tão grande que provavelmente um rim preencheria o porta-malas de um Fiat Mobi por completo.

A grade tem borda dourada, prata ou vermelha (dependendo da escolha do cliente) e traz uma segunda borda interna de LED que fica acesa a noite. Os faróis são divididos, sendo a porção superior para luz diurna e seta. Já o para-choque ganha destaque pelas linhas retas fortes e rasgos, criando um estilo bem agressivo.

Na lateral, o SUV enorme chama atenção para o friso que circula as janelas e se liga à linha de cintura. Tal qual a grade, tem sempre cor contrastante. Mas nada chama mais atenção que as rodas, que por padrão são de 23 polegadas. Mas os clientes podem optar por modelos de 22 polegadas ou 21 polegadas, se quiserem.

O ponto mais polêmico do SUV é sua traseira. Primeiro porque o logotipo da BMW foi colocado no topo do vidro traseiro e em dose dupla. É uma referência ao M1 de antigamente. Com isso, a tampa do porta-malas só não ficou fazia porque o nome XM está do lado esquerdo e é acompanhada por lanternas bem finas e vincos pronunciados.

Para-choque bojudo traz extrator de ar e saída quadrupla de escape, sendo que em cada lado dois canos são paralelos verticalmente. As lanternas ficaram menos radicais que no conceito, mas ainda assim tem desenho bem marcante.

Um tom abaixo

Se o exterior é bem polêmico e divide opiniões, a cabine mostra o outro lado da BMW. Apesar da combinação de tons exóticos do modelo de divulgação, onde combina couro marrom texturizado com azul tiffany, o ambiente é bastante elegante, com linhas retilíneas minimalistas e combinação de elementos de metal para dar contraste.

É a típica fórmula BMW, que agora traz painel de instrumentos e central multimídia integradas em uma só peça feita por duas telas curvas. O volante é o mesmo de outros modelos da marca, enquanto a manopla de câmbio revestida em couro é exclusiva do XM. Bancos estilo concha são bastante esportivos, tanto na dianteira, quanto na traseira.

A produção do BMW XM começa ainda este ano nos EUA. Ele será vendido por cerca de R$ 850 mil na variante de entrada, enquanto o Label Red vai beliscar R$ 1 milhão lá fora. Preços para o Brasil e disponibilidade no nosso mercado ainda não foram anunciados.