Briga por herança de R$ 54 bi da Fiat vira barraco em família

Quando família e negócios se misturam, a chance de virar uma verdadeira confusão é grande. Prova disso é que talvez nem Christina Rocha no Casos de Família conseguiria resolver o barraco que se formou entre mãe e filho, herdeiros de uma fortuna avaliada em R$ 54 bilhões envolvendo Fiat e Ferrari.

De acordo com informações da Bloomberg Linea, o tribunal de Turim, na Itália, aceitou um pedido da família Elkann para suspender o processo travado entre John Elkann e sua mãe Margherita Agnelli. John é, atualmente, presidente da Ferrari e da Stellantis e foi escolhido a dedo por seu avô, Gianni Agnelli, como seu sucessor.

Gianni, vale lembrar, era o principal acionista da Fiat e foi o responsável por fazer a marca italiana ser gigante como é hoje. Ele teve dois filhos e somente Margherita Agnelli está viva. Com 67 anos, a italiana é filha também de Marella Agnelli, a qual morreu com 91 anos em 2019. E por que isso é importante? Porque é o grande motivo do barraco.

O processo alega que Marella morava na Suíça, não na Itália, como sua filha Margherita alega. Isso faria com que os direitos à herança de Gianni fossem revogados a Marella e, consequentemente, à Margherita. Isso porque Gianni deixou em testamento suas ações da Fiat e da Ferrari para três de seus oito netos filhos de Margherita.

Briga antiga

Há dez anos, a filha de Gianni e Marella contesta na justiça a herança de seu pai, pois o executivo deixou provisões apenas para John, Lapo e Ginevra, filhos do primeiro casamento de Margherita. Ela ainda tem cinco filhos de seu segundo casamento com Serge de Pahlen, que já foi gerente da Fiat. Esses cinco não têm direito à herança.

Antes de sua morte, Gianni Agnelli havia escolhido a dedo John Elkann como seu sucessor, algo que não foi aceito bem por Margherita, que alega haver direito para todos os seus filhos. Com isso, John move um processo para impedir que sua mãe tinha direito à herança, visto que seu avô deixou o controle da empresa para ele. 

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