Mercedes admite que errou com o EQS: “chegou 10 anos antes do que deveria”

Depois de apenas uma geração, a Mercedes-Benz vai dar fim aos seus modelos elétricos da linha EQ. Isso se dará por conta da eletrificação de seus modelos comuns, que terão versões elétricas e a combustão, além das vendas baixas dos modelos que nasceram para só ter baterias. Como é o caso do Mercedes-Benz EQS.

Em entrevista à revista Autocar, Gorden Wagener, chefe de design da Mercedes-Benz, admitiu que “eu acho que o EQS chegou uns 10 anos antes do que deveria”. Essa afirmação vem por conta do visual muito futurista do modelo, que tem carroceria mais arredondada e baixa que o normal na categoria.

Ele é nitidamente um carro moderno, com telas enormes no interior, estilo mais esportivo e aerodinâmico. Mas os clientes da Mercedes-Benz, ao verem o nome com a letra S, esperavam algo diferente: “muita gente nessa categoria espera por um capô enorme e o status de um carro de chofer. Mas o EQS não é isso, é um carro totalmente diferente”, explica Gorgen.

Ou seja, a expectativa dos clientes de um Mercedes da linha S era algo mais próximo ao que o Classe S é. Só que o EQS verteu para uma linha mais esportiva e moderna, que não foi o que os clientes buscavam. “Talvez deveríamos ter posicionado ele de uma maneira diferente, como um CLS, Classe S coupé, algo assim”, afirma Gorden. 

Ainda assim, o executivo defende seu design ao dizer que “é um carro muito progressivo, mas não foi originalmente pensado como uma limusine. Essa nunca foi a intenção”. Mas não foi assim que o mercado viu o carro, já que ele era sempre descrito como o Classe S elétrico. Ou seja, parte do fracasso do Mercedes-Benz EQS foi a expectativa criada sobre ele.

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