A Nissan Frontier esta enfrentando um momento extremamente delicado no Brasil. Enquanto na China a Frontier Pro estreou com preço bem agressivo, por aqui a marca cortou três versões e encerrou a produção na Argentina. Será que esse é o início do fim da Nissan Frontier no Brasil?
Sem fazer alarde, a Nissan tirou as versões S, SE e XE da Frontier. As duas primeiras eram voltadas ao trabalho, sendo oferecidas com várias peças da carroceria sem pintura e rodas mais simples. O modelo de entradão mesmo era o único com motor com um turbo (163 cv contra 190 cv do restante da linha), além de câmbio manual.
A Frontier S era vendida por R$ 248.990, enquanto a SE saia por R$ 258.990. Com isso, o preço inicial da Nissan Frontier no Brasil passa a ser de R$ 277.590 pois a versão Attack se torna agora a variante de entrada da caminhonete média japonesa. Para ter mais equipamentos, é preciso saltar para a Platinum ou a Pro-4X, ambas por R$ 317.990.

Antes do corte, a Nissan oferecia a versão XE como opção intermediária entre a Frontier Attack e a dupla Platinum e Pro-4X. Vale lembrar que a lista de equipamentos das versões Platinum e Pro-4X é exatamente a mesma. Elas apenas se diferenciam por conta do visual, onde a Platinum é cheia de cromados e a Pro-4X adota um estilo mais aventureiro.
O que diz a Nissan?
Procurada pela redação do Auto+, a Nissan justificou o corte de versões da Frontier com uma nota: “a Nissan avalia frequentemente a demanda dos seus clientes e os segmentos nos quais atua para ter os produtos mais adequados ao mercado. Sendo assim, decidiu rever a oferta de opções da picape Frontier no Brasil”.

Nossa redação também questionou se as unidades vendidas no Brasil após o corte ainda são de resto de estoque da Argentina ou se ela passou a ser importada do México. A marca afirma que, ao menos por enquanto, as Nissan Frontier vendidas no Brasil ainda são remanescentes da produção da Argentina.
Situação tensa
Não é de hoje que a Nissan Frontier vem vendendo cada vez menos. A caminhonete japonesa hoje é a oitava mais vendida da categoria, mas com resultados relativamente fracos. De janeiro a setembro, segundo a Fenabrave, foram emplacadas 5.048 unidades. Pouco a mais do que o volume que a Toyota Hilux faz em um mês.

Em vendas, a Nissan Frontier só emplaca mais do que modelos estreantes como Foton Tunland e GWM Poer, assim como de modelos que são fracassos nas vendas, tal qual BYD Shark e Volkswagen Amarok. A Mitsubishi L200 também vende menos que a Frontier, mas ela é ofuscada pela sua irmã Triton, bem mais moderna.
O que se sabe sobre o futuro da Nissan Frontier é que a caminhonete passará a ser produzida somente no México e que uma nova geração está em gestação. Ela é baseada na Mitsubishi Triton. Além disso, a Frontier Pro chinesa deve ser importada para o Brasil em versão PHEV, como a marca afirmou estar estudando.

Você acredita que a Nissan Frontier vai sobreviver no Brasil? Conte nos comentários.


