O mercado automotivo chinês não para de crescer e já influencia todo o mercado automotivo global. A cada ano surgem novas marcas, carros cada vez mais avançados e soluções que colocam pressão até mesmo nas montadoras mais tradicionais. Entre as novidades mais curiosas e de maior sucesso está a Xiaomi. A empresa que, até 2023, só vendia smartphones e eletrônicos, agora é uma fabricante que cresce em ritmo exponencial.
Em apenas dois anos de operação, a Xiaomi já coloca medo em gigantes como a Tesla. O sedã SU7, por exemplo, virou referência de autonomia, ao ponto de fazer a Tesla preparar um novo Model 3 com maior alcance para competir diretamente. Além disso, a versão Ultra do SU7 entregou números tão altos em potência que foi o carro elétrico mais rápido em Nürburgring e bateu até o Porsche Taycan Turbo GT.
O sucesso não fica só no SU7. A Xiaomi também ampliou sua presença com o SUV YU7, um SUV com cara de Ferrari Purosangue bem recebido pelo público chinês.

No segundo trimestre de 2025, a marca entregou mais de 81 mil veículos e já soma 157 mil unidades apenas no primeiro semestre. O ritmo está indo tão bem que há clientes enfrentando filas de espera superiores a um ano.
Expandir fronteiras
Mas a ambição da Xiaomi vai além da China. Lu Weibing, presidente da Xiaomi, afirmou que a montadora planeja entrar no mercado europeu até 2027 e competir diretamente com empresas como BYD e Tesla e todo o ecossistema de marcas tradicionais que ainda dominam o continente.

Ainda não está claro se o primeiro modelo a desembarcar por lá será o SU7 ou o YU7, mas a empresa também desenvolve o YU9, um SUV de porte EREV, ou seja, híbrido de alcance estendido, onde o motor a combustão só gera energia para as baterias que movimentam o veículo.
Para se preparar, a Xiaomi está montando uma estrutura de peso na Europa. A marca abriu um centro de pesquisa e desenvolvimento no continente e contratou nomes de peso da indústria, como ex-engenheiros da BMW, além de profissionais com passagem pela Williams e Sauber na Fórmula 1.
![Xiaomi SU7 EV [divulgação]](https://www.automaistv.com.br/wp-content/uploads/2023/12/xiaomi-su7-4_edited-1200x720.jpg)
Ainda há o desafio financeiro. Mesmo com as vendas expressivas, a divisão automotiva da Xiaomi registrou perdas de cerca de 300 milhões de yuans no último trimestre.
Porém, o cofundador Lei Jun já afirmou que a expectativa é de lucratividade ainda no segundo semestre de 2025, sustentando o crescimento e preparando a base para a internacionalização.
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