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Xiaomi prepara entrada à Europa em breve para amedrontar a Tesla

Montadora chinesa que até 2023 só vendia eletrônicos, agora já desafia Tesla e BYD na China e pretende chegar à Europa 

3 min de leitura

O mercado automotivo chinês não para de crescer e já influencia todo o mercado automotivo global. A cada ano surgem novas marcas, carros cada vez mais avançados e soluções que colocam pressão até mesmo nas montadoras mais tradicionais. Entre as novidades mais curiosas e de maior sucesso está a Xiaomi. A empresa que, até 2023, só vendia smartphones e eletrônicos, agora é uma fabricante que cresce em ritmo exponencial.

Em apenas dois anos de operação, a Xiaomi já coloca medo em gigantes como a Tesla. O sedã SU7, por exemplo, virou referência de autonomia, ao ponto de fazer a Tesla preparar um novo Model 3 com maior alcance para competir diretamente. Além disso, a versão Ultra do SU7 entregou números tão altos em potência que foi o carro elétrico mais rápido em Nürburgring e bateu até o  Porsche Taycan Turbo GT.

O sucesso não fica só no SU7. A Xiaomi também ampliou sua presença com o SUV YU7, um SUV com cara de Ferrari Purosangue bem recebido pelo público chinês. 

Xiaomi
Xiaomi SU7 [Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China/ Reprodução]

No segundo trimestre de 2025, a marca entregou mais de 81 mil veículos e já soma 157 mil unidades apenas no primeiro semestre. O ritmo está indo tão bem que há clientes enfrentando filas de espera superiores a um ano.

Expandir fronteiras

Mas a ambição da Xiaomi vai além da China. Lu Weibing, presidente da Xiaomi, afirmou que a montadora planeja entrar no mercado europeu até 2027 e competir diretamente com empresas como BYD e Tesla e todo o ecossistema de marcas tradicionais que ainda dominam o continente. 

Imagem mostra frente e lateral do Xiaomi YU7
Xiaomi YU7 [divulgação]

Ainda não está claro se o primeiro modelo a desembarcar por lá será o SU7 ou o YU7, mas a empresa também desenvolve o YU9, um SUV de porte EREV, ou seja, híbrido de alcance estendido, onde o motor a combustão só gera energia para as baterias que movimentam o veículo.

Para se preparar, a Xiaomi está montando uma estrutura de peso na Europa. A marca abriu um centro de pesquisa e desenvolvimento no continente e contratou nomes de peso da indústria, como ex-engenheiros da BMW, além de profissionais com passagem pela Williams e Sauber na Fórmula 1. 

Xiaomi SU7 EV [divulgação]
Xiaomi SU7 EV [divulgação]

Ainda há o desafio financeiro. Mesmo com as vendas expressivas, a divisão automotiva da Xiaomi registrou perdas de cerca de 300 milhões de yuans no último trimestre. 

Porém, o cofundador Lei Jun já afirmou que a expectativa é de lucratividade ainda no segundo semestre de 2025, sustentando o crescimento e preparando a base para a internacionalização.

Você acredita que a Xiaomi com presença na Europa irá conseguir roubar vendas de montadoras tradicionais? Deixe seu comentário!


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Luiz Forelli

Estudante de jornalismo, sempre foi fascinado por carros desde pequeno. Passava horas dirigindo no colo da família dentro da garagem ou empurrando carrinhos pela casa, como se já soubesse que seu caminho estaria entre motores e rodas. Hoje, realiza o sonho de infância escrevendo sobre o universo automotivo com a mesma empolgação de quem brincava com um volante imaginário. No lugar do sangue, corre gasolina, e isso nunca foi segredo.

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