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Abarth sofre na Europa e Brasil vira exemplo para o futuro

Enquanto no Brasil a divisão Abarth só aposta em carros a combustão, na Europa a virada elétrica não deu certo

3 min de leitura

Por mais que carros esportivos elétricos sejam legais em questão de entregar altas acelerações, a emoção não é a mesma. Tanto que a maioria dos carros esportivos elétricos não tem conseguido conquistar o coração dos entusiastas e quem tem sofrido com isso é a Abarth, divisão esportiva da Fiat. Mas só na Europa, porque aqui no Brasil ela é sucesso.

Diferentemente do Brasil onde temos Pulse e Fastback assinados pela divisão Abarth usando motores a combustão, o escorpião na Europa é ligado na tomada. Desde a morte do 500 Abarth da geração anterior, a Fiat decidiu que o novo 500 Abarth e o 600 Abarth seriam modelos 100% elétricos e que todo Abarth europeu não beberia suco de dinossauro.

Como resultado, as vendas da Abarth na Europa despencaram com tudo. Mesmo com dois carros ao invés de apenas um, a Abarth conseguiu emplacar somente 273 carros no Reino Unido em 2024 contra 5.631 modelos em 2018, de acordo com levantamento da revista Autocar

Veículo elétrico Abarth 500e amarelo em movimento no túnel
Abarth 500e [Divulgação]

Virou elétrico, perdeu a graça?

A culpa disso é a virada totalmente elétrica. Por mais que o 500 e o 600 preparados sejam mais potentes e mais rápidos que seus antecessores a combustão, o cliente da divisão esportiva da Fiat não quer isso. A grande graça que o antigo 500 Abarth tinha o Punto Abarth também possuía era a fácil modificação.

Grande parte dos compradores de carros esportivos pegam o modelo zero e o tomam como um quadro em branco para ir além do que a marca projetou. O mesmo acontece com Pulse Abarth e Fastback Abarth no Brasil, mas em menor escala porque não temos o mesmo costume de modificações que os europeus.

Fiat Fastback Abarh 2026 na cor vermelho estático
Fiat Fastback Abarth [Auto+/Luiz Forelli]

Imagina com o motor 1.3?

Por conta disso, a Abarth está reavalindo o uso de motores a combustão em seus modelos. O 600 poderá ser o primeiro a voltar a queimar gasolina. A plataforma CMP que ele utiliza é a mesma do Peugeot 208 e do futuro Fiat Uno / Grande Panda. Com isso, ela é compatível com motores maiores.

Hoje o maior motor que essa base usa é o  1.2 PureTech três cilindros turbo na Europa. Mas, no Brasil, conseguiram enfiar o 1.6 quatro cilindros aspirado dos tempos da PSA nele. Com isso, é tecnicamente possível que o 1.3 T2700 quatro cilindros turbo do Pulse Abarth seja usado nessa plataforma.

Crossover elétrico Abarth 600e amarelo em foto de dianteira na estrada com montanhas ao fundo
Abarth 600e [Divulgação]

Caso a Stellantis consiga fazer esse encaixe, tecnicamente se tornaria possível também o lançamento de um Peugeot 208 GTI com o motor 1.3 turbo ou até uma versão topo de linha do 2008 com o motor que aparece também no Jeep Renegade. Já o 500, como tem plataforma única e já foi difícil colocar o 1.0 Firefly nele, fica mais complicado.

Uma solução seria o uso do motor T200 nele, visto que é a versão turbo do propulsor já utilizado. Tecnicamente ele seria menos potente que a versão elétrica, além de mais fraco que o antecessor. Mas o Volkswagen up! GTI, quando foi vendido na Europa, usava motor 1.0 TSI e fez sucesso. Será que agora vai?

Fiat 500 Abarth branco andando na pista equipado com motor Fire
Fiat 500 Abarth [Foto: Divulgação]

Você teria um Abarth elétrico ou prefere um motor a combustão? Conte nos comentários.


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João Brigato

Formado em jornalismo e design de produto, é apaixonado por carros desde que aprendeu a falar e andar. Tentou ser designer automotivo, mas percebeu que a comunicação e o jornalismo eram sua verdadeira paixão. Dono de um Jeep Renegade Sem Nome, até hoje se arrepende de ter vendido seu Volkswagen up! TSI.

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