Por mais que carros esportivos elétricos sejam legais em questão de entregar altas acelerações, a emoção não é a mesma. Tanto que a maioria dos carros esportivos elétricos não tem conseguido conquistar o coração dos entusiastas e quem tem sofrido com isso é a Abarth, divisão esportiva da Fiat. Mas só na Europa, porque aqui no Brasil ela é sucesso.
Diferentemente do Brasil onde temos Pulse e Fastback assinados pela divisão Abarth usando motores a combustão, o escorpião na Europa é ligado na tomada. Desde a morte do 500 Abarth da geração anterior, a Fiat decidiu que o novo 500 Abarth e o 600 Abarth seriam modelos 100% elétricos e que todo Abarth europeu não beberia suco de dinossauro.
Como resultado, as vendas da Abarth na Europa despencaram com tudo. Mesmo com dois carros ao invés de apenas um, a Abarth conseguiu emplacar somente 273 carros no Reino Unido em 2024 contra 5.631 modelos em 2018, de acordo com levantamento da revista Autocar.

Virou elétrico, perdeu a graça?
A culpa disso é a virada totalmente elétrica. Por mais que o 500 e o 600 preparados sejam mais potentes e mais rápidos que seus antecessores a combustão, o cliente da divisão esportiva da Fiat não quer isso. A grande graça que o antigo 500 Abarth tinha o Punto Abarth também possuía era a fácil modificação.
Grande parte dos compradores de carros esportivos pegam o modelo zero e o tomam como um quadro em branco para ir além do que a marca projetou. O mesmo acontece com Pulse Abarth e Fastback Abarth no Brasil, mas em menor escala porque não temos o mesmo costume de modificações que os europeus.

Imagina com o motor 1.3?
Por conta disso, a Abarth está reavalindo o uso de motores a combustão em seus modelos. O 600 poderá ser o primeiro a voltar a queimar gasolina. A plataforma CMP que ele utiliza é a mesma do Peugeot 208 e do futuro Fiat Uno / Grande Panda. Com isso, ela é compatível com motores maiores.
Hoje o maior motor que essa base usa é o 1.2 PureTech três cilindros turbo na Europa. Mas, no Brasil, conseguiram enfiar o 1.6 quatro cilindros aspirado dos tempos da PSA nele. Com isso, é tecnicamente possível que o 1.3 T2700 quatro cilindros turbo do Pulse Abarth seja usado nessa plataforma.

Caso a Stellantis consiga fazer esse encaixe, tecnicamente se tornaria possível também o lançamento de um Peugeot 208 GTI com o motor 1.3 turbo ou até uma versão topo de linha do 2008 com o motor que aparece também no Jeep Renegade. Já o 500, como tem plataforma única e já foi difícil colocar o 1.0 Firefly nele, fica mais complicado.
Uma solução seria o uso do motor T200 nele, visto que é a versão turbo do propulsor já utilizado. Tecnicamente ele seria menos potente que a versão elétrica, além de mais fraco que o antecessor. Mas o Volkswagen up! GTI, quando foi vendido na Europa, usava motor 1.0 TSI e fez sucesso. Será que agora vai?

Você teria um Abarth elétrico ou prefere um motor a combustão? Conte nos comentários.


