As montadoras tradicionais finalmente estão se ligando de que encher os carros de botões touch foi um tremendo erro. A ideia até tinha bom intuito de dar uma aparência mais moderna, minimalista e tecnológica, mas na prática é um problema. Qualquer esbarrão muda uma função e, em alguns modelos, até tira a segurança. A Audi foi uma das primeiras a admitir isso e começou a voltar com o simples bem feito.
Os primeiros modelos a abandonar os botões touch no volante foram anunciados: o A5, Q5, A6, A6 e-tron e Q6 e-tron trocarão o touch pelos botões em breve. Eles vão passam a usar rolagens físicas para ajustar volume e navegar pelos menus do painel digital.
Investimento no físico
A Audi explicou que essas alterações ocorrem devido aos pedidos insistentes dos clientes. Segundo a marca, a maior parte das reclamações era dos controles touch no volante. Além disso, esse tema entra em outro ponto que a Audi já havia comentado. Executivos da marca afirmaram que a marca não fez o seu melhor em relação à qualidade de interiores nos últimos anos.

Houve corte de custo, muita aposta em telas gigantes e uma redução clara de comandos físicos. Agora, o discurso promete voltar ao padrão que a consagrou, com materiais melhores e ergonomia mais inteligente, longe dos chineses.
Euro NCAP aperta o cerco
E a Audi não está sozinha nessa. A Volkswagen já confirmou que também está devolvendo os botões físicos em vários modelos novos, e a Mercedes-Benz, que apostou forte em superfícies sensíveis ao toque, anunciou que vai abandonar parte dessa solução porque a experiência não entregou o que se esperava.

A iniciativa de comando touch e telas espalhadas por todo carro com os comandos concentrados na tela, acontece por boa parte da filosofia dos carros chineses, mas especialmente em cortar custos. A ideia jogada na mídia é para deixar o ambiente mais minimalista, porém no dia a dia, a praticidade some. E por isso, o Euro NCAP já sinalizou que vai punir veículos que não tenham botões físicos para funções consideradas essenciais.
A tendência agora é que as telas continuem, obviamente, mas com botões essenciais para funções rápidas, como ventilação, volume, modos de condução e ajustes imediatos. E é aqui que entra o Concept C, o novo estudo da Audi que sinaliza esse retorno ao físico.

O protótipo usa peças de alumínio, botões de verdade, comandos giratórios e uma pegada premium que resgata essa tradição da marca. A Audi chamou isso de clique inconfundível, aquele toque mecânico que parece simples, mas faz diferença gigantesca no dia a dia.
Acha que o mercado volta de vez aos botões físicos ou as marcas vão insistir no touch até o fim? Deixe sua opinião nos comentários!



