Não é só Ford e Toyota que estão eletrificando suas picapes médias. A Volkswagen confirmou nesta terça-feira (5) que a próxima geração da Amarok também será híbrida e totalmente reformulada para o mercado sul-americano.
A novidade foi anunciada em uma reunião com o Ministro da Economia da Argentina, país que receberá o investimento de US$ 580 milhões (R$ 3,3 bilhões) para viabilizar a produção do novo modelo a partir de 2027.
Batizado internamente como Amarok South America, o projeto será inédito por aqui. Em vez de seguir a Amarok global, produzida na África do Sul, que compartilha base com a Ford Ranger, a nova geração feita na Argentina terá plataforma chinesa e eletrificação.

O governo da Argentina soltou um comunicado comentando sobre o projeto:
“O Ministro da Economia, Luis Caputo, e o Secretário de Coordenação da Produção, Pablo Lavigne, realizaram uma reunião no Ministério da Economia com representantes da Volkswagen Argentina. Durante a reunião, eles discutiram o investimento de 580 milhões de dólares da empresa para desenvolver a nova pick-up Amarok Hybrid na fábrica localizada em General Pacheco”.
A Volkswagen decidiu usar como base a Maxus Interstellar X , modelo desenvolvido pela sua parceira com a SAIC e vendido na China com versões diesel e 100% elétrica.
A confirmação da hibridização vem em boa hora, já que a Amarok ficou para trás na corrida de picapes médias. Enquanto a Ranger já tem versão híbrida plug-in na Europa e a Toyota Hilux o sistema micro-híbrido na Ásia, a VW agora se prepara para entrar no jogo com uma picape pensada para atender o RIGI — regime argentino que incentiva modelos eletrificados.

Motorização ainda é incógnita
A nova plataforma permite desde opções a combustão até motorizações híbridas e elétricas. A marca ainda não detalhou qual será o sistema híbrido adotado, mas é difícil que o V6 turbodiesel 3.0 (258 cv e 59,1 kgfm) continue na nova geração, devido às regras de emissões cada vez mais exigentes. Também existe a possibilidade de versões mais baratas com motor 2.0 turbodiesel e câmbio manual de seis marchas.
Os protótipos já em testes revelam proporções generosas, lanternas verticais em LED e linhas que remetem ao modelo chinês. Mesmo assim, todo o design e acerto final serão feitos por equipes da Volkswagen na América do Sul, com assinatura do designer brasileiro José Carlos Pavone. A expectativa é que a nova Amarok tenha o visual robusto, mas ganhe acabamento e tecnologias mais refinadas.

A Maxus, usada como base, tem 5,50 metros de comprimento e entre-eixos de 3,30 m — medidas superiores às da Amarok atual e da maioria das rivais diretas.
Além disso, a nova geração deve finalmente aposentar a tração integral permanente e o eixo rígido com feixe de molas na traseira, adotando tração sob demanda e soluções mais modernas de suspensão.
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