O ditado “se não pode com ele, junte-se a eles” parece bem aplicado na Renault nos últimos tempos. Depois de saber que a Nissan queria se divorciar dela através de um anúncio da ex-parceira flertando com a Honda, agora a francesa está cortejando marcas chinesas. Primeiro foi a Geely, que comprou parte da Renault Brasil, mas a Chery pode ser a próxima.
Informações obtidas pela reportagem da Reuters publicada pelo AutoNews, revelam que Fabrice Cambolive, chefe do departamento de crescimento da Renault, afirmou que está em busca de outras parceiras para a marca e que a Chery é uma grande potencial. Esse acordo viria em um bom momento, especialmente no Brasil.
Por aqui, a Chery é operada pela CAOA, mas a matriz chinesa já explora nosso mercado com Omoda & Jaecoo, além de ter a Jetour pronta para estrear no Brasil muito em breve. A parceria com a Renault permitiria que a Chery usasse também a fábrica da francesa em São José dos Pinhais, tal qual acontecerá com a Geely.

Com isso, a Omoda & Jaecoo poderia cumprir sua promessa de produção nacional sem usar a controversa fábrica de Jacareí, no interior de São Paulo. A planta, erguida pela própria Chery e depois usada pela CAOA, já gerou diversos problemas para ambas as empresas e, atualmente, encontra-se desativada.
Como será a parceria?
Segundo a reportagem, as discussões com a Geely também podem englobar Argentina e Colômbia, onde atualmente a Renault tem fábricas, mas as usa apenas para produzir os já descontinuados Sandero, Logan e Stepway. No caso da Argentina, a planta faz também o Kangoo e a caminhonete Alaskan.

Resta saber se a parceria entre Chery e Renault também poderá provir modelos compartilhados entre as marcas ou tecnologias de motores e plataformas, como tem sido feito com a Geely. Já imaginou um Omoda 5 com motor de Kardian ou um Boreal com o conjunto PHEV do Omoda 7?
O que você espera da parceria entre Chery e Renault? Conte nos comentários.



Única coisa que realmente há de controverso na fábrica de Jacareí é que a CAOA forçou o fechamento dessa fábrica para tentar obrigar a Chery a levar novos lançamentos para Anápolis e seguem criando obstáculos para a reativação da planta paulista. A ironia disso tudo é que se a CAOA não quer produzir em Jacareí, e nem quer liberar o uso da planta para os chineses, por quê não vendem o complexo então? Não faz sentido ficar com ativo parado por tanto tempo.
A única coisa de controversa que existe em torno da fábrica de Jacareí, é a postura da CAOA, que fechou a fábrica de Jacareí, para tentar forçar a Chery a levar mais modelos para Anápolis e que não reativam a produção, não liberam o uso para os chineses e também não colocam a fábrica à venda, mesmo havendo interessados. A única coisa que fazem é querer continuar usufruindo de benefícios fiscais sem produzir. Isso sim é controverso, inclusive do ponto de vista ético.
A única coisa que posso falar é que a Chery cresceu no mercado brasileiro através da Caoa. Agora quer fazer a sacanagem de fazer parcerias com outras montadoras. Muito sacana esses chineses.