No Brasil, estamos vendo a Geely em parceria com a Renault, preparando a produção de seus carros a combustão, elétricos e híbridos na planta de São José dos Pinhais (PR). Mas a marca chinesa, uma das que mais crescem no mundo, agora dá mais um passo na sua expansão global. E a fábrica da Chevrolet que fazia o Tracker é a próxima no radar da dona da Volvo.
De acordo com publicação da Reuters, a Geely vai assumir uma antiga fábrica que era administrada em conjunto pela SAIC Motor e pela General Motors na cidade de Shenyang, no nordeste da China. A planta será usada para produzir veículos de energia limpa, ou seja, carros elétricos, híbridos e até modelos movidos a metanol.
Fábrica de história
Essa fábrica não é qualquer instalação. Construída em 2004, ela chegou a produzir modelos importantes do grupo norte-americano como o Chevrolet Tracker e a minivan Buick GL8. Aliás, ela foi uma das principais bases da joint venture SAIC-GM. Com capacidade anual de mais de 300 mil veículos, o complexo se tornou símbolo da presença americana na China durante os anos 2000.

Mas, com a queda nas vendas das marcas Chevrolet, Buick e Cadillac, a unidade foi desativada em fevereiro de 2025 e posteriormente colocada em leilão. A produção tanto da GL8, quanto do Tracker, foi transferida para outras plantas dentro da China, vale ressaltar.
A movimentação da Geely é mais uma estratégia que já colocam em prática há algum tempo, de reaproveitar fábricas já existentes em vez de construir novas. O próprio presidente da companhia, Eric Li, já defendeu isso publicamente ao alertar sobre a “supercapacidade global” da indústria automotiva.

Em outras palavras, há mais fábricas do que a demanda de mercado consegue sustentar, e por isso, reativar estruturas prontas faz mais sentido econômico. Isso tem sido visto no Brasil, onde a GWM assumiu a fábrica da Mercedes-Benz em Iracemápolis, São Paulo, e a BYD comprou a fábrica da Ford em Camaçarí, Bahia.
Geely crescendo
As vendas do grupo Geely cresceram 29% entre janeiro e setembro de 2025, chegando a 2,95 milhões de veículos no período. Os modelos de energia limpa, que são os elétricos, híbridos plug-in e até versões movidas a metanol, foram os que dispararam nas vendas, com 68%.

Atualmente, as marcas do grupo como a Geely, Zeekr e Lynk & Co, já representam 11% do mercado chinês, contra 7,6% no mesmo período do ano passado. Enquanto isso, a BYD, principal rival, caiu de 15,8% para 14,9% na China.
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