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Mais uma expansão

Geely assume antiga fábrica da Chevrolet que produzia o Tracker 

Unidade de Shenyang na China, que fabricava o Chevrolet Tracker, será reativada após fechamento da joint venture em fevereiro de 2025

3 min de leitura

No Brasil, estamos vendo a Geely em parceria com a Renault, preparando a produção de seus carros a combustão, elétricos e híbridos na planta de São José dos Pinhais (PR). Mas a marca chinesa, uma das que mais crescem no mundo, agora dá mais um passo na sua expansão global. E a fábrica da Chevrolet que fazia o Tracker é a próxima no radar da dona da Volvo.

De acordo com publicação da Reuters, a Geely vai assumir uma antiga fábrica que era administrada em conjunto pela SAIC Motor e pela General Motors na cidade de Shenyang, no nordeste da China. A planta será usada para produzir veículos de energia limpa, ou seja, carros elétricos, híbridos e até modelos movidos a metanol.

Fábrica de história

Essa fábrica não é qualquer instalação. Construída em 2004, ela chegou a produzir modelos importantes do grupo norte-americano como o Chevrolet Tracker e a minivan Buick GL8. Aliás, ela foi uma das principais bases da joint venture SAIC-GM. Com capacidade anual de mais de 300 mil veículos, o complexo se tornou símbolo da presença americana na China durante os anos 2000. 

Geely Galaxy A7 azul aproximado, mostrando a lantena em LED
Geely Galaxy A7 [Divulgação]

Mas, com a queda nas vendas das marcas Chevrolet, Buick e Cadillac, a unidade foi desativada em fevereiro de 2025 e posteriormente colocada em leilão. A produção tanto da GL8, quanto do Tracker, foi transferida para outras plantas dentro da China, vale ressaltar.

A movimentação da Geely é mais uma estratégia que já colocam em prática há algum tempo, de reaproveitar fábricas já existentes em vez de construir novas. O próprio presidente da companhia, Eric Li, já defendeu isso publicamente ao alertar sobre a “supercapacidade global” da indústria automotiva. 

Geely Geome Xingyuan [divulgação]

Em outras palavras, há mais fábricas do que a demanda de mercado consegue sustentar, e por isso, reativar estruturas prontas faz mais sentido econômico. Isso tem sido visto no Brasil, onde a GWM assumiu a fábrica da Mercedes-Benz em Iracemápolis, São Paulo, e a BYD comprou a fábrica da Ford em Camaçarí, Bahia.

Geely crescendo

As vendas do grupo Geely cresceram 29% entre janeiro e setembro de 2025, chegando a 2,95 milhões de veículos no período. Os modelos de energia limpa, que são os elétricos, híbridos plug-in e até versões movidas a metanol, foram os que dispararam nas vendas, com  68%.

Geely EX5 Max cinza parado de traseira com árvores ao fundo
Geely EX5 Max [Auto+ / Rafael Pocci Déa]

Atualmente, as marcas do grupo como a Geely, Zeekr e Lynk & Co, já representam 11% do mercado chinês, contra 7,6% no mesmo período do ano passado. Enquanto isso, a BYD, principal rival, caiu de 15,8% para 14,9% na China.

Acha uma boa essa estratégia das montadoras chinesas de pegar fábrica pronta? Deixe seu comentário!


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Luiz Forelli

Estudante de jornalismo, sempre foi fascinado por carros desde pequeno. Passava horas dirigindo no colo da família dentro da garagem ou empurrando carrinhos pela casa, como se já soubesse que seu caminho estaria entre motores e rodas. Hoje, realiza o sonho de infância escrevendo sobre o universo automotivo com a mesma empolgação de quem brincava com um volante imaginário. No lugar do sangue, corre gasolina, e isso nunca foi segredo.

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