Desde que a Honda apresentou a nova geração do Prelude, os fãs clamam por uma versão manual. Afinal, a marca japonesa tem uma das melhores transmissões manuais que se tem por aí e faz questão de até hoje não produzir o Civic Si ou o Type-R com câmbio automático. Mas o esportivo da Honda tem zero chances de ter câmbio manual.
Quem explicou isso foi Horita Hidetomo, líder de produção em larga escala da Honda, em entrevista à revista Drive. Apesar de ciente que os fãs da Honda clamam por um Prelude manual, principalmente porque ele divide plataforma e suspensão com o Civic Type-R, o executivo afirmou que esse tipo de mudança é impossível por conta da eletrificação.
O Honda Prelude novo nasceu para ser um carro híbrido. Ele conta com o mesmo sistema e:HEV que vemos no Civic, Accord e CR-V aqui no Brasil. O princípio desse conjunto é que o motor elétrico seja o protagonista e o motor a combustão funcione como gerador de energia elétrica. Só que, ao contrário do Leapmotor C10, o motor a combustão traciona as rodas.

Por conta dessa eletrificação extensa, não é possível trazer o câmbio manual para o Prelude. A Honda, no passado, teve o CR-Z e o Insight com transmissão manual. Contudo, o conjunto híbrido deles tinha como protagonista o motor a combustão sendo auxiliado o tempo todo pelo elétrico. Com o Honda e:HEV, o trabalho é dividido entre os dois motores.
Apesar de Hidetomo dizer que carros com câmbio automático “não tem uma dirigibilidade muito divertida”, a solução da Honda para contornar o problema em seu esportivo foi introduzir o modo S+ na transmissão. Com ele, o Prelude simula trocas de marchas e tenta trazer um comportamento mais divertido ao volante.
![Honda Prelude [divulgação]](https://www.automaistv.com.br/wp-content/uploads/2025/11/honda_prelude36.webp)
E, mesmo com os fãs clamando por um manual, o Honda Prelude automático e híbrido é um sucesso. No Japão, a Honda já tem oito vezes mais pedidos pelo esportivo do que o originalmente planejado para a produção mensal. Além disso, a marca também tem recebido forte demanda da Europa e EUA. Será que haveria espaço para o Brasil?
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