Lotus focará nos PHEV para tentar superar fracas vendas dos elétricos

A demanda por carros elétricos tem sido bastante instável nos últimos tempos e isso afeta diretamente as montadoras. Agora, a Lotus teve de se planejar novamente e vai investir pesado no sistema híbrido plug-in para equipar seus próximos lançamentos. Aliás, até um SUV mais acessível do que o Eletre.

Por falar em Eletre, o maior SUV do atual portfólio da fabricante ganhará uma versão PHEV muito em breve. Feng Qingfeng, CEO da montadora, anunciou a novidade durante um evento interno que aconteceu no fim de novembro. A nova variante do modelo premium contará com 912 cv, suspensão a ar e estabilizador ativo. Segundo Feng, esse conjunto proporcionará ao modelo uma condução diferenciada.

Essa mudança brusca entre os níveis de eletrificação se deu após o público não buscar muito por carros premium elétricos. Com isso, a Lotus não será mais 100% elétrica até 2028, como havia planejado anteriormente. De acordo com Feng, a introdução de carros híbridos ajudará a fabricante a expandir sua atuação e oferecerá mais opções para a clientela.

Esperança é a última que morre

Mudar seu foco para veículos PHEV também auxiliará a montadora a não lidar tão diretamente com as altas tarifas impostas na União Europeia em relação aos carros fabricados na China e exportados para a região. Depois de lançar o Eletre PHEV, a empresa já tem outros planos em mente. Seus engenheiros já estão estudando o desenvolvimento de um SUV menor que ele e que já tenha essa motorização.

Feng contou que a tecnologia Hyper Hybrid da Lotus tem arquitetura elétrica de 900V. Além disso, o sistema permitirá velocidade de carregamento aprimorada. O executivo ainda pontuou que o propulsor a combustão poderia carregar a bateria, mas não confirmou nenhum detalhe técnico deste motor. Daxue Wang, diretor financeiro da marca, esteve presente no evento e contou que a empresa aposta fortemente neste conjunto.

Os executivos da fabricante desejam que seus futuros carros PHEV ajudem a empresa a trazer lucro para os cofres, já que as vendas caíram drasticamente este ano. No Reino Unido, por exemplo, a marca acumula apenas 1.222 unidades vendidas no acumulado de 2025. Segundo os especialistas, essa queda nas vendas tem relação com as tarifas norte-americanas.

Outra medida adotada para ajudar a reduzir os custos foi a transferência da sede da Holanda para o Reino Unido. Na visão de Feng, isso diminuirá o valor para produzir os veículos e fortalecerá a presença da fabricante na Europa e em mais regiões, segundo o Autocar.

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