A empresa brasileira Lecar, startup 100% nacional, ganhou forças nos últimos anos com seu plano ambicioso de produzir um carro do Brasil. Fundada por Flávio Figueiredo, que se autodenomina de Elon Musk brasileiro, a empresa expôs seu primeiro protótipo durante a Eletrocar Show 2025 e confirmou planos ousados de começar a produção em agosto de 2026, mesmo sem ter iniciado a construção da fábrica.
Como é o Lecar 459?
O modelo 459, um SUV cupê híbrido, foi exibido com vidros escurecidos e interior oculto, mas já chama atenção pela proposta. O carro usará motor 1.0 turbo flex da brasileira Horse, o mesmo utilizado pelo Renault Kardian e a nova geração do Nissan Kicks, combinado a uma bateria nacional da WEG com células Winston.
A proposta é seguir o conceito de gerador de energia. O motor a combustão serve apenas para dar energia à bateria, que será de 18,4 kWh, que por sua vez traciona as rodas — algo semelhante ao sistema e:HEV da Honda.

Na prática, a Lecar promete 163 cv e 26,3 kgfm de torque combinados (motor mais bateria), com aceleração de 0 a 100 km/h em 10,9 segundos e autonomia superior a 1.000 km com etanol. Segundo a marca, o modelo também poderá rodar mais de 100 km apenas no modo elétrico.
Dimensões e espaço também se destacam, com o SUV cupê prometendo 4,35 m de comprimento, 2,70 m de entre-eixos e porta-malas de 530 litros.

O modelo já pode ser reservado por R$ 159.300 no site da Lecar, e a marca garante entrega em 2026. Só há um detalhe bem importante: a fábrica que irá produzir o carro, prevista para o município de Sooretama (ES), ainda não saiu do papel. Segundo Flávio Figueiredo, as obras devem começar em breve e toda a estrutura será metálica, com montagem rápida. A área terá 100 mil m².

A Lecar ainda enfrenta o desafio de obter licenças ambientais para começar a construção da planta. Flávio admite que foi pego de surpresa com a burocracia, mas garante que o cronograma será mantido. Para ele, a estrutura metálica e o planejamento detalhado da planta são suficientes para viabilizar a operação em tempo.
O investimento anunciado é de R$ 870 milhões, sendo R$ 240 milhões para a construção da planta e R$ 630 milhões para automação da linha de montagem.

O local foi escolhido por estar próximo ao aeroporto de Linhares e a 100 km do complexo portuário do Espírito Santo, o que facilita exportações — um dos focos da empresa. Inclusive, o CEO já fala em levar os carros para Alemanha, Itália e Argentina, além de já planejar uma segunda fábrica.
A distribuição também será diferente. A marca prevê concessionárias pequenas, de 150 m², com atendimento estilo self-service. A meta é ousada, abrir duas mil lojas em apenas dois anos. Por trás da estratégia, está a legislação brasileira que obriga montadoras a respeitarem contratos com concessionários — algo que a Lecar quer contornar com um novo formato de operação.

Apesar do cronograma apertado, Figueiredo afirma que tudo está planejado. “Será uma correria, mas vai dar certo”, disse ao Auto+ durante a Eletrocar Show.
Ele também revelou que já existem um número grande de pessoas interessadas no carro, e que o evento trouxe grande visibilidade à marca. “Não fiz nenhuma mágica. Só juntei empresas brasileiras que e disse que eu queria criar um carro”, afirmou, citando o envolvimento de fornecedores nacionais.
Além do SUV 459, a startup já estuda também a produção de uma picape compacta chamada de Lecar Campo, para rivalizar diretamente na Fiat Strada, hoje líder de vendas no país.
Houve ainda rumores de uma possível negociação da Lecar para assumir uma fábrica no interior de São Paulo que será desativada, nesse caso a única no radar neste cenário é a planta da Toyota em Indaiatuba (SP), que será desativada em 2026. Porém, nada foi confirmado.
E você, acredita que a Lecar vai conseguir entregar seu primeiro carro já em 2026 mesmo sem fábrica pronta?




Burocracia deste país é mortal para empreender.
Olá Amaro Gurgel, Flávio fundador da Lecar, tudo bem?
Só de ver esse nome “GURGEL” meus olhos brilham.
Senti uma dor genuína no seu comentário e gostaria de conforta-lo.
Tem duas frases que nos guiam aqui na Lecar, se fosse fácil alguém já tinha feito e não sabia que era impossível fui lá e fiz.
Sou contador, tributarista, graduei em direito, bancário, trabalhei em meios de pagamentos, cartões, mercado financeiro, quando vendi minha empresa Lecard operava mais 800 contratos públicos. Pode ter certeza que estou pronto para a burocracia desse pais e estamos superando cada etapa com muito velocidade e maestria. Forte abraço e por curiosidade se for parente do Sr João Conrado do Amaral Gurgel gostaria de saber. Fica nosso convite para nos visitar na Fenasucro em agosto/25 no lancamento na Campo, a pick-up cabine dupla da Lecar e primeira pick-up híbrida Flex do Brasil.
Espero que dê tudo certo, se abrir capital na bolsa já vou comprar acoes ,cara já é um vencedor 🏆 mas precisamos apoiar e se eu poder tbm vou comprar o 459 !
Obrigado pelo apoio Thomas, a Lecar nasceu para liderar a mobilidade híbrida flex no Brasil e no mundo, o etanol é a energia do Brasil e da mobilidade global, acreditamos que teremos duas tecnologias dominante na mobilidade Global, os carros 100% elétricos e os carros híbridos flex a etanol. Fica nosso convite para nos visitar na Fenasucro em agosto/25 no lançamento na Campo, a pick-up cabine dupla da Lecar e primeira pick-up híbrida Flex do Brasil e em nossa sede em Alphaville SP ou no Salão do automóvel SP de 23 a 30/11/2025. Forte abraço Flávio.
Haval GT é meu sonho de consumo !!!
Doce ilusão!
Ola Eliezer. Fica nosso convite para nos visitar na Fenasucro em agosto/25 no lançamento na Campo, a pick-up cabine dupla da Lecar e primeira pick-up híbrida Flex do Brasil e em nossa sede em Alphaville SP ou no Salão do automóvel SP de 23 a 30/11/2025. Forte abraço Flávio.
Acompanho nas mídias tudo sobre a Lecar. Faço votos que seja um sucesso. O Brasil, já fabrica aviões e precisa de ter uma montadora 100 por cento nacional. Vamos incentivar. O empresário é um Guerreiro.
É realmente intrigante ver a Lecar surgindo com uma proposta tão audaciosa em um cenário automotivo já tão consolidado e competitivo. Para ser sincero, não vejo sentido em ficarmos duvidando e torcendo contra uma iniciativa que busca inovar e, mais do que isso, quer criar uma marca nacional de veículos em meio a tantas gigantes globais.
A sensação que fica é que a aposta para que a Lecar não dê certo é altíssima. Há uma tendência generalizada a desconfiar de projetos inovadores, especialmente quando se trata de algo tão complexo como a fabricação de carros. Muitos se apegam aos desafios – como a fábrica ainda no papel ou a burocracia das licenças – para prever o fracasso. Mas, e se pensarmos pelo lado oposto? E se essa resiliência e a busca por soluções criativas, como a estrutura metálica para agilizar a construção, forem justamente os diferenciais?
A proposta do SUV 459 é interessante, com sua motorização híbrida utilizando um motor flex da Horse, o que já garante um bom grau de nacionalização, e a parceria com a WEG para as baterias. A autonomia de 1.000 km e o preço inicial de R$ 159.300 são atrativos, e a ideia de um sistema semelhante ao e:HEV da Honda é inteligente. Claro, o cronograma é apertado, e a promessa de entrega em 2026 sem a fábrica pronta gera ceticismo. Mas é preciso reconhecer a coragem de Flávio Figueiredo, que, independentemente do sucesso, está mostrando que é possível sonhar grande no Brasil.
A estratégia de distribuição com concessionárias menores e foco em exportação para países como Alemanha e Itália também mostra uma visão de mercado que vai além do óbvio. E o fato de já estarem pensando em uma picape compacta como a Lecar Campo, para rivalizar com a Strada, demonstra que não é apenas um tiro no escuro, mas sim um plano de expansão.
Em vez de focar nos ‘se’ e nos ‘mas’, talvez devêssemos dar um voto de confiança. Empresas como a Lecar representam não apenas um produto novo, mas a possibilidade de geração de empregos, desenvolvimento tecnológico e fortalecimento da indústria nacional. Torcer contra uma empresa brasileira que tenta se estabelecer no setor automotivo é, de certa forma, torcer contra o próprio país. Que a Lecar supere os obstáculos e prove que é possível inovar e entregar um carro de qualidade, feito aqui.
Sou mais realista q vc , axempresa promete entregar os carros em 2026 , quantos protótipos rla já tem em teste? Nenhum .
Ela promete um carro 100% nacional , o motor e Renault, a horse, pertence ao grupo , fabrica o motor aqui mas o projeto não tem nada de nacional , e construção da fábrica de estrutura metálica é mais cara e demorada pra montar que concreto pré moldado , não consigo acreditar .
Obrigado pelo apoio ALEXANDRE, a Lecar nasceu para liderar a mobilidade híbrida flex no Brasil e no mundo, o etanol é a energia do Brasil e da mobilidade global, acreditamos que teremos duas tecnologias dominante na mobilidade Global, os carros 100% elétricos e os carros híbridos flex a etanol. Forte abraço Flávio.
Torço para que tenha sucesso a LECAR, porque é uma vergonha um país rico como o nosso Brasil, não ter uma fabricante de carros nacional , enquanto a China tem hoje mais de 200 montadoras.
Parabéns!
Automóvel virou um Produto de Consumo, como Geladeira, TV, Celular, Microondas, etc…
Super ideia em 5 anos vamos comprar Automóveis na MAGALU, Casas Bahia e etc.., e consertar na Assistência Técnica como fazemos hoje com. Máquina de Lavar, Geladeira e etc…👏👏👏👏👏👏
A Lecar vive fazendo balão de ensaio com metas ousadas e depois cai no esquecimento. Quando se estuda a fundo os projetos, percebe-se muita inconsistência. Pesquisem sobre eles e verão.
O golpe esta aí, cai quem quer
Essa história de novo? cada ano anuncia um modelo diferente de carro e nem fábrica tem? difícil de acreditar.
Vinícius, meu carro life style, passou por aqui…
Considero minhas, as palavras do Alexandre Sesti. Patriota que sou, torço pelo BRASIL ! E que ASSIM SEJA !!!
Idem Alexandre Sesti
Tive um kadett 1995, completo motor 1.8 à gasolina, fazia simplesmente 900km com um tanque, detalhe com ar condicionado ligado, o consumo do motor 1.8 era simplesmente 15 km por litro, quando tínhamos “””gasolina”””” será que precisa tanta parafernalha para 1000 de autonomia?