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Mas, com personalidades distintas!

Fiat Grande Panda e Citroën C3: o que têm em comum?

Separados no nascimento? O que há de semelhante entre o Fiat Grande Panda, que terá chegada no próximo ano, e o Citroën C3

5 min de leitura

O Fiat Grande Panda/Novo Uno 2026 chegará ao mercado brasileiro no próximo ano, resgatando a aura de um modelo clássico do fabricante italiano do passado com suas linhas majoritariamente quadradas. Ao mesmo tempo, marcará um novo capítulo na história da marca, que completará 50 anos de atuação no Brasil.

A comemoração será acompanhada por uma renovação na linha de produtos da Fiat, tendo como principal protagonista o Grande Panda, chamado internamente de Novo Uno 2026. Embora sem oficialização do nome, o hatch compacto já dá indícios de que poderá adotar a nomenclatura Uno, ou até mesmo Grande Panda, como ocorre na Europa. Tanto Panda quanto Argo já teriam sido descartadas.

Esse movimento de profunda renovação da Fiat no Brasil é um dos pilares do investimento de R$ 30 bilhões da Stellantis, que confirmou o lançamento de uma nova família de carros e picapes entre 2026 e 2030, com foco em eletrificação e em uma nova linguagem visual.

Ao todo, serão 40 novidades de produtos do grupo Stellantis, sendo oito inéditas. No caso da Fiat, estão previstos cinco modelos totalmente novos, além das novas gerações de Fastback, Pulse, Toro, Strada e do Grande Panda. Parte desse montante também será destinada à ampliação das linhas de produção de Betim (MG) e Goiana (PE).

Grande Panda e a nova escola linguística da Fiat

O Grande Panda/Novo Uno 2026 é o primeiro carro a revelar a nova escola de design da Fiat, servindo de inspiração para modelos como Pulse, Cronos, Fastback e Toro. Sucesso de décadas atrás na Europa, o Panda finalmente desembarcará no Brasil em 2026.

Ele será o carro mais acessível da marca e suas linhas remetem ao modelo da década de 1980, com predominância das formas quadradas desenhadas originalmente por Giorgetto Giugiaro. Ao chegar oficialmente ao mercado brasileiro, o hatch passará por adaptações. Cada um à sua maneira, o Grande Panda compartilha algumas nuances lado a lado com o Citroën C3.

O primeiro sinal de semelhança entre o Fiat e o Citroën está onde os olhos não enxergam: ambos são sustentados pela plataforma Smart Car da Stellantis, assim como apostam em linhas quadradas. No entanto, o Fiat é mais geométrico, remetendo diretamente ao carro desenhado por Giorgetto Giugiaro, que também influenciou o Uno brasileiro. Paralelamente à arquitetura, o Panda exibe faróis pixelados, enquanto o C3 traz faróis em formato de bumerangue, combinando com a grade de duplo Chevron.

As dimensões são similares: o Grande Panda mede 3,99 m de comprimento, 1,75 m de largura, 1,57 m de altura e 2,54 m de entre-eixos. No Citroën C3, as medidas próximas revelam 3,98 m de comprimento, 1,76 m de largura, 1,58 m de altura e 2,54 m de entre-eixos. Já o porta-malas do Panda tem 361 litros, enquanto o do C3 oferece 315 litros.

Os rivais do Fiat Grande Panda

Entre os rivais, o novo Uno mira os carros de entrada do mercado brasileiro, como Renault Kwid, Citroën C3 e Volkswagen Polo Track. Apesar de mostrar nuances de design e serem sustentados pela plataforma Smart Car, projetada para manter os custos baixos, as cabines dos modelos apresentam diferenças.

Com mais personalidade, o interior do Grande Panda aposta em acabamentos mais coloridos, embora isso possa mudar após as clínicas com consumidores, que consideraram o habitáculo infantil demais. Já o C3 adota um estilo mais minimalista, com volante de três raios, ao contrário do volante de dois raios presente no modelo da Fiat.

O multimídia de 10 polegadas está presente em ambos, da mesma forma, que é compartilhado por outros carros da Stellantis no Brasil, como nos modelos da Peugeot. No Citroën C3 o clima da cabine é minimalista com aposta em tons de cinza e de preto. Algo que poderá ser adotado no Fiat Grande Panda. Uma pena, pois o habitáculo colorido ajuda a transmitir uma pegada jovial, enquanto o tom azul remete a Ford Maverick.

Sob o capô

Na Europa, o Fiat Grande Panda usa motor 1.2 turbo semi-híbrido de 100 cv ou na versão elétrica, com 113 cv, bateria LFP (lítio-ferro-fosfato) de 44 kWh e autonomia de 320 km no ciclo europeu (WLTP). Já o Citroën C3 no Velho Continente utiliza o motor 1.2 PureTech a gasolina de 100 cv, acoplado a uma caixa manual de seis marchas. Esse propulsor foi oferecido por um tempo aos consumidores brasileiros.

No Brasil, o Grande Panda deve trazer motores Firefly 1.0 e 1.3 aspirados flex, além do 1.0 turbo flex semi-híbrido de 12V casado ao câmbio continuamente variável (CVT). Trata-se do mesmo conjunto já empregado em Pulse, Fastback e os Peugeot 208 e 2008. Uma versão elétrica nacional dependerá da infraestrutura de recarga e da demanda do mercado. Aliás, o futuro Fiat pode ser o primeiro carro elétrico nacional da Fiat.

Motor do Fiat Argo Drive S-Design 1.3 CVT
Fiat Argo Drive S-Design 1.3 CVT [Auto+/Luiz Forelli]

Do outro lado, o Citroën usa a mecânica 1.0 Firefly de três cilindros atrelada ao câmbio manual de cinco marchas, para render até 75 cv e 10,7 kgfm quando abastecido com etanol. É um motor também utilizado nos Fiat Argo e Mobi, bem como no Peugeot 208. Em versão turbinada T200, como a empregada no C3 You são 130 cv e 20,4 kgfm (etanol), sempre casado a caixa continuamente variável (CVT) de sete marchas simuladas.

Motor do Citroën C3 You
Citroën C3 You [Auto+ / Rafael Dea]

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Rafael Dea

Cursou Jornalismo para trabalhar com carros. Formado em 2005, atuou na mídia impressa por mais de 16 anos e também em veículos on-line. Embora tenha uma paixão por caminhonetes, não dispensa um esportivo — inclusive, foi o único brasileiro a participar do lançamento global do Porsche Panamera GTS.

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