Em time que está ganhando não se mexe, mas para a Renault, o ditado não vale. Mesmo sendo o segundo carro mais vendido da Europa em 2024, o Clio acaba de ganhar uma nova geração no Salão de Munique. Agora na sua sexta fase desde o lançamento em 1990, fez o hatch mudar por completo, ganhar mais tecnologia e um novo motor híbrido para se continuar competitivo em um mercado que caminha para a eletrificação.
A mudança não é apenas visual. A marca francesa já deixou claro que este será o último Clio com motor a combustão antes da virada definitiva para os elétricos.
Ao longo de 35 anos e mais de 17 milhões de unidades vendidas, o compacto se consolidou como um dos carros mais importantes da Europa, e essa atualização tem papel estratégico de segurar a liderança até o fim da década.
Novo design mais agressivo



O visual do Clio 2026 abandona linhas suaves e assume um estilo mais esportivo e anguloso. A dianteira traz grade com losangos que remetem ao logotipo da marca, faróis mais afilados com tecnologia full-LED e uma nova assinatura luminosa. Atrás, as lanternas agora são bipartidas e mudam a identidade do hatch.
Na versão esportiva Esprit Alpine, o Clio ganhou rodas de 18 polegadas, teto levemente inclinado e spoiler traseiro, em uma referência às antigas versões RS. O resultado é um hatch com postura de carro maior e mais imponente do que o anterior.
Dimensões e espaço



Além de ter ficado mais músculos no visual, a linha 2026 do Clio cresceu levemente. Agora são 4,12 metros de comprimento, 1,76 m de largura, 1,45 m de altura e 2,59 m de entre-eixos.
Ou seja, dimensões bem semelhantes às do Kardian, que oferece 4,12 m de comprimento, 1,74 m de largura e tem uma distância entre-eixos de 2,60 m. O porta-malas segue com 391 litros, superando rivais como o Volkswagen Golf (381 litros).
Nova motorização híbrida

Sob o capô, o Clio aposentou os motores a diesel e agora aposta em um novo conjunto híbrido E-Tech. O motor 1.8 a gasolina, em conjunto com dois motores elétricos e uma bateria de 1,4 kWh, entregam 160 cv e 17,3 kgfm. O desempenho é melhor que o do antigo 1.6 híbrido de 143 cv. Ele faz de 0 a 100 km/h em 8,3 segundos (um segundo mais rápido).
A Renault afirma que em percursos urbanos o Clio pode rodar até 80% do tempo apenas em modo elétrico, alcançando consumo médio de 25,6 km/l e autonomia próxima de 1.000 km. O câmbio multimodal não tem embreagem e nem marcha ré, nesse caso, a manobra é feita apenas pelos motores elétricos.

A gama ainda continua com opções mais acessíveis, sem eletrificação: o 1.2 turbo de três cilindros de 113 cv e 19,3 kgfm de torque, com câmbio manual de seis marchas ou automático de dupla embreagem e até uma versão 1.0 turbo de 118 cv a gás GLP (gás liquefeito de petróleo).
Interior inspirado nos elétricos
A cabine foi completamente reformulada e se aproxima da identidade dos novos elétricos Renault 4 e 5, inclusive o Megane E-Tech (R$ 279.990). Nas versões mais caras, há duas telas de 10,1 polegadas integradas, rodando o sistema OpenR Link com serviços Google integrados (Maps, Play Store e Assistente). Há ainda carregador por indução e sistema de som Harman Kardon de 410W como opcionais.

Apesar da digitalização, a Renault manteve comandos físicos para funções básicas, como ar-condicionado. A versão Esprit Alpine tem como destaque os bancos em Alcantara e iluminação interna configurável.
O novo Clio também pode ser equipado com até 29 assistentes de condução (ADAS). Entre eles estão piloto automático adaptativo, alerta de colisão com frenagem autônoma, assistente de faixa com centralização e assistente de parada de emergência.


As vendas na Europa começam ainda em 2025, com preço inicial de cerca de 20 mil euros (R$ 127 mil na conversão atual). A chegada ao Brasil, no entanto, não está na visão da Renault, devido às baixas vendas por hatches no país e seria um produto bem nichado por ter um valor bem alto. Por aqui também, a marca foca no Kardian (SUV compacto) e no Boreal (SUV médio).
O que achou do Renault Clio 2026? Acha que faria sucesso no Brasil? Deixe sua opinião nos comentários!




É um Hatch bonito. Mas parece mais um Mazda, não um Nissan, mas tá valendo. Só que mais uma vez deve ser bom demais pro Brasil. Devemos continuar com Dacia Sandero disfarçado de Renault, com câmbio ruim, motor fraco e com pelo menos umas três restilizações com pelo menos uns 6 anos entre elas.
O que é bom nunca vem pro Brasil…
O kardian é o melhor suv pequeno que temos no mercado brasileiro atualmente. Câmbio dupla embreagem banhado a óleo é a melhor parte do carro. Dizer que o motor do Kardian é fraco, é demonstrar total ignorância dos fatos. E sim, o Kardian é renault com DNA da marca. O resto são só opiniões de teclado.
Sandero saiu de linha tem 2 anos, amigo…
O que tem a ver com os Hatches do Brasil? Se viesse para cá ia perder metade dos equipamentos.
Uma pena que alguém decidiu por mim que todo mundo gosta de suv.
Como diria minha mãe, eu “não sou todo mundo”, e adoraria trocar meu carro hatch de 12 anos, por outro hatch mais moderno, mas só tem lixo no mercado e a preços absurdos.
A Renault brasileira não é Renault, é uma Dacia disfarçada, vivi em França por alguns anos e os produtos franceses da marca só foram vendidos aqui quando eram importados.