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Contra Citroën Ami

Renault pensa em criar carro do povo elétrico mais barato que Kwid 

Conceito minimalista promete ser mais leve, simples e acessível que o Renault Kwid, visando o público que cansou dos carros elétricos caros

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Na Europa, é muito comum vermos carros minúsculos chamados de city cars, normalmente feitos para duas pessoas, visando o baixo custo, manutenção simples e economia de energia. A Dacia, marca de baixo custo da Renault, quer entrar de vez nesse segmento com o Hipster. Apresentado como conceito, ele reimagina o carro popular elétrico para tempos modernos.

Possível substituto do Kwid, o Hipster foi criado com a proposta de ser um elétrico realmente acessível, fugindo da complexidade e dos preços altos que hoje dominam o mercado europeu. A ideia é oferecer um veículo simples, funcional e sustentável, lembrando clássicos como o Citroën 2CV e o Fiat Panda — carros esses que ficaram famosos por sua praticidade e simplicidade.

Pequeno, leve e pensado para o essencial

Com apenas 3 metros de comprimento, 1,55 m de largura e 1,54 m de altura, o Hipster é menor que os kei cars japonês, conhecidos por serem pequeníssimos. Mesmo assim, a Dacia afirma que o modelo acomoda quatro adultos, com bancos em formato de banco corrido e um porta-malas que vai de 70 a até 500 litros com os assentos rebatidos.

Dacia Hipster Concept
Dacia Hipster conceito [Divulgação]

Já o visual lembra bastante carros como Jeep Renegade e Land Rover Defender em escala reduzida. Ele é dominado por linhas retas, janelas planas e o para-lamas tem estilo robusto. O carro é montado sobre rodas posicionadas nos quatro cantos da carroceria, o que melhora o aproveitamento interno. Segundo a marca, o formato foi pensado com bom senso.

O Hipster também aposta em soluções criativas para cortar custos como alças no lugar de maçanetas, lanternas embutidas no vidro traseiro e janelas deslizantes, além de peças feitas com material reciclado chamado Starkle.

Dacia Hipster Concept
Dacia Hipster conceito [Divulgação]

Por dentro, o conceito segue a filosofia minimalista. Há apenas o básico como um painel digital simples, volante futurista e o sistema You Clip, que permite encaixar acessórios como porta-copos, luminárias e até brinquedos em 11 pontos diferentes.

O smartphone do motorista é o centro de tudo, pois é ele que funciona como chave presencial, nesse caso digital, GPS e central multimídia, conectado a uma caixa de som Bluetooth removível. Mesmo básico, o Hipster traz dois airbags.

Dacia Hipster Concept
Dacia Hipster conceito [Divulgação]

Pesando apenas 800 kg, ele é cerca de 20% mais leve que o Renault Kwid E-Tech, que chegará com novidades em breve ao Brasil, além de ser o carro elétrico mais barato da marca. 

Essa leveza também ajuda no consumo, pois a Dacia promete reduzir pela metade a pegada de carbono em relação a outros carros elétricos convencionais, usando menos materiais e energia em toda a produção.

Autonomia para o uso real

Dacia Hipster Concept
Dacia Hipster conceito [Divulgação]

A marca ainda não revelou a potência nem a capacidade da bateria, mas diz que o Hipster foi pensado para o uso cotidiano europeu. Estudos da Dacia mostram que 94% dos motoristas na França percorrem menos de 40 km por dia. Por isso, o carro foi projetado para rodar cerca de 93 km por carga, o suficiente para dois ou três dias de uso urbano antes de precisar recarregar.

Mesmo apresentado como conceito, o Hipster tem intenção clara de chegar às ruas. A Dacia já sinalizou que quer colocá-lo abaixo do Kwid E-Tech, chamado de Spring na Europa, ou até substituí-lo. Hoje o elétrico mais barato da marca parte de cerca de 17.000 euros (cerca de R$ 106 mil). 

Dacia Hipster Concept
Dacia Hipster conceito [Divulgação]

O novo modelo deve custar ainda menos e servir como alternativa direta aos micro carros elétricos europeus, como o Citroën Ami. O lançamento dependerá de novas regulamentações que facilitem a homologação de elétricos ultracompactos no continente, que estão previstas para meados de 2026.

Acredita que um elétrico tão simples teria espaço no Brasil? Deixe seu comentário!


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Luiz Forelli

Estudante de jornalismo, sempre foi fascinado por carros desde pequeno. Passava horas dirigindo no colo da família dentro da garagem ou empurrando carrinhos pela casa, como se já soubesse que seu caminho estaria entre motores e rodas. Hoje, realiza o sonho de infância escrevendo sobre o universo automotivo com a mesma empolgação de quem brincava com um volante imaginário. No lugar do sangue, corre gasolina, e isso nunca foi segredo.

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