Home » Novidades » Volkswagen Tera argentino é pior que o brasileiro e traz motor antigo 1.6 aspirado

Novidades

Veja a comparação

Volkswagen Tera argentino é pior que o brasileiro e traz motor antigo 1.6 aspirado

SUV lançado na Argentina tem pacote mais defasado, menos potência e equipamentos de segurança opcionais, enquanto o modelo nacional segue mais atualizado

3 min de leitura

A Volkswagen lançou no dia 12 de agosto o Tera na Argentina, mas a novidade não empolga tanto quanto no Brasil. Isso porque o SUV subcompacto chega ao país vizinho mais defasado, com motor antigo 1.6 aspirado, menos potência nas versões turbinadas e sem sistemas de segurança de série que já equipam todas as versões brasileiras.

No mercado argentino, o Tera será vendido em quatro versões — Trend, Comfort, Highline e Outfit. Já no Brasil, lançado em maio de 2025, o modelo tem quatro opções, incluindo as configurações MPI, TSI, Comfort e High. Visual e interior permanecem praticamente idênticos nos dois países, mas a grande diferença está na motorização e nos pacotes de segurança.

A versão de entrada Trend parte de 29.900.000 pesos (cerca de R$ 124 mil) e é equipada com o 1.6 MSi aspirado, que entrega 110 cv e 15,7 kgfm de torque, sempre com câmbio manual. 

Volkswagen Tera 170 TSI vermelho parado de traseira com muro ao fundo
Volkswagen Tera 170 TSI [Auto+ / Rafael Pocci Déa]

Esse motor já saiu de cena praticamente em quase todos os carros da Volkswagen no Brasil, restando apenas na Saveiro. Por aqui, o Tera de entrada utiliza o 1.0 MPI flex de 77/84 cv e câmbio manual de cinco marchas.

As demais versões — Comfort, High e Outfit — usam o motor 1.0 170 TSI, mas com calibração mais fraca. São 101 cv e câmbio automático de seis marchas, contra 109/116 cv e 16,8 kgfm de torque do modelo flex vendido no Brasil. A linha turbo não conta com câmbio manual, algo ainda disponível no Tera brasileiro na configuração TSI manual.

traseira do volkswagen tera comfort azul
Volkswagen Tera Comfort [Auto+ / João Brigato]

Vale lembrar que o mercado argentino não tem opção flex e também existe um certo preconceito com motores de baixa cilindrada porque o país nunca passou pela era do 1.0 que marcou o Brasil nos anos 1990. 

O consumidor argentino sempre teve como referência os 1.6 e 1.8 aspirados, considerados mais adequados para as longas distâncias rodoviárias e para o uso com GNC, combustível bastante popular por lá. Isso consolidou a ideia de que motores menores seriam fracos e menos confiáveis para o dia a dia.

Painel do Volkswagen Tera 170 TSI
Volkswagen Tera 170 TSI [Auto+ / Rafael Pocci Déa]

Outro ponto polêmico é a segurança. Enquanto todas as versões nacionais oferecem de série a frenagem autônoma de emergência com alerta de colisão, no modelo argentino o recurso é opcional. 

Na Trend, ele custa 483.000 pesos (cerca de R$ 2.001) e na Comfort chega a 800.000 pesos (R$ 3.336). Na versão Comfort, ao equipar o modelo com pacote de segurança, o Tera argentino ganha o controle de cruzeiro adaptativo, já de série no modelo brasileiro.

Motor volkswagen tera 1.0 TSI automatico
Volkswagen Tera High Outfit [Auto+ / João Brigato]

Fora essas diferenças, o carro é essencialmente o mesmo. Mede 4,15 m de comprimento, 1,77 m de largura, 1,47 m de altura e 2,56 m de entre-eixos, com porta-malas de 350 litros. O interior traz multimídia VW Play de 10 polegadas e painel digital de 8” nas versões de entrada, enquanto a High recebe painel de 10,25”.

Preços e versões do Volkswagen Tera 2026 no Brasil

Tera MPI 1.0 MT — R$ 105.890

Tera TSI 1.0 MT — R$ 118.890

Tera Comfort 1.0 TSI AT — R$ 128.890

Tera High TSI AT — R$ 139.990

Você concorda com essas mudanças do Volkswagen Terá para o mercado argentino? Deixe sua opinião nos comentários!


YouTube video

Deixe um comentário

Assuntos

Luiz Forelli

Estudante de jornalismo, sempre foi fascinado por carros desde pequeno. Passava horas dirigindo no colo da família dentro da garagem ou empurrando carrinhos pela casa, como se já soubesse que seu caminho estaria entre motores e rodas. Hoje, realiza o sonho de infância escrevendo sobre o universo automotivo com a mesma empolgação de quem brincava com um volante imaginário. No lugar do sangue, corre gasolina, e isso nunca foi segredo.

Você também poderá gostar