A Volkswagen já testa nas ruas da América do Sul a nova geração da Amarok que será vendida no Brasil a partir de 2027. A picape será produzida na Argentina, fruto de um investimento de R$ 580 milhões, mas segue um caminho totalmente diferente da versão global feita na África do Sul em parceria com a Ford. Por aqui, a nova Amarok terá como base estrutural e visual a chinesa SAIC Maxus Interstellar X.
Enquanto a segunda geração da Amarok vendida na Europa, África e Austrália compartilha plataforma, estrutura e design com a atual Ford Ranger, a versão sul-americana seguirá uma proposta exclusiva para a região.
O plano inicial era unificar os projetos por meio do chamado Projeto Cyclone, fruto de uma aliança técnica entre Ford e Volkswagen. Mas por conta de desacordos logísticos e comerciais, a produção conjunta na Argentina nunca saiu do papel.

Com a parceria travada e sem espaço para usar a linha da Ford em Pacheco, a Volkswagen optou por adaptar uma picape chinesa para a América do Sul.
A SAIC Maxus Interstellar X, apresentada no Salão de Xangai de 2025, servirá de base para a nova Amarok da região, com alterações de design e interior feitas pela equipe brasileira da Volkswagen. A plataforma permite versões com motores a combustão, híbridos ou 100% elétricos.

As primeiras unidades em teste foram flagradas na Argentina e mais recentemente no Brasil, imagens essas divulgadas pelo Instagram Placa Verde, rodando camufladas ao lado da Amarok da geração atual.
Em porte, a Maxus é maior que a Amarok vendida hoje por aqui. São 5,50 m de comprimento, 2 m de largura e entre-eixos de 3,30 m — o que representa ganho em todas as dimensões, além de prometer mais espaço interno e caçamba maior.

O interior da SAIC original aposta em um visual mais futurista, com duas grandes telas horizontais e quase nenhum botão físico. Mas é esperado que a nova Amarok desenvolvida para cá tenha painel com identidade visual da Volkswagen.
Ainda não há confirmação oficial sobre motorização, mas a tendência é que a nova Amarok utilize opções turbo a gasolina e, futuramente, versões híbridas e elétricas.

Esquece Amarok derivada da Ranger
Importante lembrar que essa nova Amarok sul-americana não tem nenhuma ligação com o modelo global. A versão feita em Silverton, na África do Sul, segue sendo exclusiva dos mercados fora da América Latina. Por aqui, o plano da Volkswagen é ter um produto mais barato de desenvolver e produzir, focado em volume e competitividade no nosso mercado.
A nova geração será lançada em 2027 e deve substituir de forma gradual a Amarok atual, que continua em produção em Pacheco.

A Amarok hoje já soma mais de uma década de mercado com a mesma geração. Seu último facelift relevante foi em 2016, e mesmo assim deixou a desejar frente aos rivais que já passaram por atualizações profundas. O último banho de loja ocorreu em 2024 com mudanças visuais notáveis somente na dianteira.
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