Comprar um carro novo no Brasil não era algo absurdo de caro há alguns anos atrás. Para se ter base de quantos os veículos encareceram, já considerado caro, em outubro de 2023, ainda era possível encontrar um Renault Kwid na linha 2024 por R$ 68 mil. Hoje, essa realidade ficou para bem para trás. Em 2025, nenhum carro novo custa menos de R$ 80 mil — com uma única exceção: o Kwid.
A versão de entrada do Kwid, chamada Zen, parte de R$ 79.790. É o modelo mais barato à venda no país atualmente, mas isso não significa que seja exatamente uma pechincha. Essa versão já foi apontada como uma das que mais desvalorizam no Brasil, mesmo oferecendo o básico necessário.
Seu motor é o 1.0 aspirado de três cilindros de 68/71 cv e 9,4/10 kgfm de torque (gasolina/etanol) e câmbio manual de cinco marchas. Equipamentos de segurança ele traz controle de tração e estabilidade, quatro airbags, direção elétrica, ar-condicionado, vidros dianteiros elétricos e monitoramento de pressão dos pneus. Não há central multimídia, nem rádio Bluetooth.
A linha do Kwid vai até a versão Outsider, que custa R$ 86.590. No caminho, estão as opções Intense (R$ 82.990) e a nova Iconic (R$ 86.490), que chegou com o facelift da linha 2026, em abril. Todas mantêm a mesma mecânica, mas a versão topo ganha câmera de ré, central multimídia com Android Auto e Apple CarPlay com fio, retrovisores com ajuste elétrico, faróis com regulagem de altura e volante multifuncional.
O principal rival do Kwid é o Fiat Mobi, que parte de R$ 80.990 na versão Like — ou seja, já começa acima da barreira simbólica dos R$ 80 mil. De série, ela vem com airbags frontais, freios ABS, controle de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, ar-condicionado, direção hidráulica, ajuste de altura do volante, computador de bordo, travamento central das portas e desembaçador do vidro traseiro. Mas não espere central multimídia, câmera de ré ou vidro elétrico traseiro.
A configuração Track, de R$ 82.990, traz banco do motorista com ajuste de altura, vidros dianteiros elétricos, central multimídia com espelhamento e volante multifuncional.
Ambos os modelos usam motores 1.0 aspirados, de potência parecida. O Mobi tem um leve ganho de torque com o Firefly: são 71/75 cv e 10/10,7 kgfm com câmbio manual de cinco marchas.
Apesar de ser mais barato e ter mais versões, o Kwid vende menos. Em 2025, até o momento, o hatch da Renault emplacou 21.056 unidades. Já o Mobi vendeu 26.884 — quase 6 mil a mais. E essa diferença não é de agora, já que em 2024, o Mobi também saiu na frente, com 67.391 unidades contra 57.248 do Kwid. Neste ano, só em março a Renault liderou, mas logo perdeu o fôlego nos meses seguintes.
Entre o Renault Kwid e o Fiat Mobi, qual modelo você colocaria na sua garagem? Deixe seu comentário!
