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Lada vai usar prisioneiros da Rússia para produzir carros

Falta de trabalhadores jovens, enviados à guerra com a Ucrânia, fará com que a Rússia empreste prisioneiros para a Lada

Lada Niva Bronto [divulgação]
Lada Niva Bronto [divulgação]

Condenados pela justiça na Rússia poderão, em breve, trocar seus lugares nas cadeias por um posto de trabalho na fábrica da Lada. Ao menos é o que indica um novo acordo descoberto pelo Automotive News Europe. Esse é mais um reflexo da guerra entre Rússia e Ucrânia, mas um tanto quanto estranho.

A mobilização de tropas feitas em setembro do ano passado fez com que diversos trabalhadores, especialmente jovens, fossem mandados para a linha de frente do combate. Isso fez com que diversos postos de trabalhos fossem abertos, resultando na menor taxa de desemprego da história do país: 3,3% na última medição de abril.

Contudo, há mais vagas de trabalho e postos vazios do que trabalhadores disponíveis. Por isso, a AvtoVAZ, controladora da Lada, estuda um acordo com o serviço prisional da região de Samara. A ideia é usar condenados pela justiça de baixa periculosidade ou que já trabalham nas prisões para assumir posições na linha de montagem da Lada.

Lada Granta [divulgação]
Lada Granta [divulgação]

A proposta é que, a partir de setembro, o volume de produção cresça em 28% e chegue a um aumento de 40% em janeiro só com o uso da força de trabalho dos encarcerados. Vale lembrar que a Lada hoje teve sua linha de produtos drasticamente reduzida por conta do fim da parceira com a Renault.

A marca tirou o XRay de linha, que era baseado no Sandero e terá os modelos Vesta e Largus removidos por partirem de carros da Renault. A marca ficará somente com o velho Niva Legend, o reciclado Niva Travel (que era um Chevrolet) e com o novo SUV X-Cross 5, que não passa de um SUV chinês da FAW rebatizado que será feito agora na Rússia. 

Lada X-Cross 5 [divulgação]
Lada X-Cross 5 [divulgação]

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