Fim de ano chegando, 2026 batendo na porta e a cabeça de muita gente já vira para um possível carro novo, ou melhor, seminovo devido aos altos preços dos zero km. Só que a onda dos SUVs continua forte e empurra muita gente para modelos usados que, no papel, parecem ótimos negócios. São altos, dão sensação de robustez e têm presença.
O problema é que vários desses SUVs escondem manutenções caras, consumo elevado e defeitos crônicos que transformam um sonho em um rombo financeiro. Para evitar que você entre nesse tipo de enrascada, o Auto+ selecionou cinco SUVs que até têm versões boas, mas não estas opções específicas que aparecem no mercado a preços tentadores.
Jeep Renegade 1.8 E.torQ flex e Renegade 2.0 turbodiesel

O Jeep Renegade virou febre quando chegou ao Brasil, mas suas versões antigas podem transformar o bolso em inimigo. Começando pelo 1.8 E.torQ flex, vendido desde 2016. O motor entrega até 132 cv e 19,1 kgfm, ligado ao câmbio automático de seis marchas. Na prática, ele é fraco, pesado e gasta muito para o que oferece. Os números comprovam.
- 6,7 km/l no etanol (cidade)
- 7,4 km/l no etanol (estrada)
- 9,6 km/l na gasolina (cidade)
- 10,7 km/l na gasolina (estrada)
Mas o grande vilão é o trocador de calor, que pode misturar água do radiador com o óleo da transmissão. O resultado. Uma transmissão que pode literalmente morrer, gerando um prejuízo enorme.

Já o Renegade 2.0 turbodiesel é querido por muitos, tem 170 cv e 35,7 kgfm, tração 4×4 e câmbio automático de nove marchas. Só que a manutenção é bem mais cara e a complexidade do sistema faz qualquer reparo custar muito mais.
Se a ideia é economizar, essas versões antigas não fazem sentido. As melhores são as pós 2021, quando o modelo recebeu o motor 1.3 turbo com 185 cv e teve o problema do trocador de calor resolvido.
Ford EcoSport Powershift

O Ford EcoSport ainda tem apelo visual, é espaçoso e bem equipado, mas as versões com câmbio Powershift são armadilhas prontas. O sistema, que deveria ser moderno, ficou famoso por trepidações, superaquecimento, trancos e falhas crônicas nas embreagens. As manutenções são caras e imprevisíveis, e muitos carros passaram por mais de um reparo sem solução definitiva.
Os números de consumo não são os piores do mundo.
- 7,2 km/l etanol (cidade)
- 8,3 km/l etanol (estrada)
- 10,2 km/l gasolina (cidade)
- 12,1 km/l gasolina (estrada)
Mas isso não compensa o câmbio problemático. A versão SE 1.6 tem 131 cv, 16,1 kgfm e Tabela Fipe de pouco mais de R$ 56 mil. Parece bom demais e é justamente por isso que tanta gente cai na cilada.
Renault Duster 2.0 4×4

O Renault Duster 2.0 sempre foi elogiado pela robustez e pelo espaço interno. Só que as versões antigas com motor 2.0 de até 148 cv e 20,9 kgfm têm consumo muito acima do ideal.
- 6,7 km/l no etanol (cidade)
- 7,5 km/l no etanol (estrada)
- 9,8 km/l na gasolina (cidade)
- 10,8 km/l na gasolina (estrada)
Além disso, a manutenção pode pesar no bolso, principalmente na parte de suspensão e em alguns reparos de transmissão. É um carro confiável quando bem cuidado, mas comprar uma unidade usada sem histórico é pedir para gastar dinheiro com reparos frequentes.
Hyundai Tucson 2.0

O Hyundai Tucson de geração anterior ainda aparece muito no mercado e chama atenção por espaço e preço. Mas o motor 2.0 de até 146 cv e 19,6 kgfm, combinado ao câmbio automático de quatro marchas, entrega um consumo assustador.
- 5,0 km/l etanol (cidade)
- 5,9 km/l etanol (estrada)
- 7,1 km/l gasolina (cidade)
- 8,3 km/l gasolina (estrada)
É um SUV confortável, mas totalmente incompatível com a realidade atual. A autonomia é baixa, a manutenção não é barata e o conjunto é ultrapassado. Quem compra, vende rápido, e normalmente com prejuízo.
Mitsubishi ASX 2.0 CVT

O Mitsubishi ASX 2.0 sempre foi conhecido por confiabilidade, mas o conjunto com câmbio CVT costuma gerar despesas altas se não tiver manutenção impecável. O motor 2.0, com 160 cv e 20,1 kgfm, até entrega boa performance, mas bebe mais do que deveria.
- 8,3 km/l gasolina (cidade)
- 9,5 km/l gasolina (estrada)
O problema maior é a transmissão CVT. Quando começa a dar sinais de desgaste, a conta assusta. É um SUV gostoso de dirigir, mas fácil de virar prejuízo se você pegar um exemplar mal cuidado.
E você, já teve ou pensa em adquirir um desses SUVs? Deixe seu comentário!



