Depois de muitos problemas com a famosa correia dentada banhada a óleo, a Stellantis decidiu aposentar esse sistema nos motores 1.0 e 1.2 PureTech vendidos na Europa. A mudança aconteceu depois de várias reclamações de confiabilidade que atingiram modelos da Peugeot, Citroën, Opel, DS e Vauxhall, principalmente aqueles fabricados entre 2012 e 2022 com os motores PureTech de primeira geração.
A promessa da correia dentada a óleo é unir o silêncio e a eficiência de uma correia comum com a durabilidade das correntes metálicas, que em geral duram toda a vida útil do carro. Mas, na prática, isso não aconteceu. Na Europa, a Stellantis chegou a prometer uma vida útil de até 240 mil km para a correia, mas teve que rever tudo após milhares de casos de falhas prematuras.
O que deu errado com a correia banhada a óleo?
Diferente de uma correia comum, que trabalha no seco e precisa ser trocada a cada 60 mil ou 80 mil km, a correia banhada a óleo roda dentro do motor, lubrificada constantemente pelo próprio óleo lubrificante.

Isso teoricamente deveria ter maior durabilidade e menos ruído. Só que basta usar um óleo fora da especificação para o material da correia começar a se degradar — é justamente isso que ocorre aqui no Brasil com os modelos da Chevrolet, como o Onix e Onix Plus.
Com o óleo incorreto, a correia amolece, esfarela e solta partículas de borracha que entupiam partes importantes do motor como o filtro de óleo, bomba de vácuo, linhas de lubrificação e até o sistema de arrefecimento.

Em casos mais graves, o motor pode fundir por falta de lubrificação. A Stellantis tentou até aplicar uma espécie de verniz na correia para evitar que o óleo penetrasse pelas laterais, mas a solução não funcionou.
No Brasil, o motor PureTech 1.2 só foi usado no Peugeot 208 de primeira geração, com revisão da correia programada para 80 mil km. Por isso, não chegou a ganhar má fama por aqui. Dentro da gama da Stellantis, carros Fiat e Jeep nunca usaram esse motor e já adotaram corrente de comando metálica desde o início.
A resposta da Stellantis
Diante da gravidade do problema na Europa, a Stellantis tomou medidas importantes. Começou a substituir as correias antigas por uma versão mais reforçada, aumentou a garantia dos motores para até 10 anos ou 175 mil km e até criou um canal oficial para que os proprietários peçam reembolso por consertos feitos por conta do problema — desde que as revisões tenham sido feitas em concessionárias.

Por isso a montadora decidiu enterrar de vez o nome PureTech e abandonou as correias banhadas a óleo em novos projetos. Desde 2022, os novos motores 1.2 da empresa adotam corrente de comando, principalmente nas versões híbridas. Só algumas versões mais básicas continuam usando a correia — mas agora mais reforçada e com prazos de troca mais curtos.
Qual é sua opinião sobre a correia dentada banhada a óleo? Deixe nos comentários!




Correia é um sistema arcaico que só existe por possuir custo relativamente baixo de produção, mas altíssimo de manutenção…Infelizmente , a Chevrolet preferiu ignorar os clientes, diferentemente da Stellantis que agiu rapidamente.
Problema é que mesmo usando o óleo correto, carros com correia banhada a óleo chegam a ter problemas com até menos de 80.000km, e com todas as revisões feitas em concessionária e com o óleo correto. Já temos vários relatos de Ranger com correia banhada em óleo com motor danificado por quebra de correia. Isso foi uma ideia infeliz para reduzir custos apenas.
Essa decisão tem nome e sobrenome, Concorrência Chinesa.
Eu jamais comprarei um carro com correia banhada a óleo.
Provavelmente meu próximo carro vai ser japonês.
Hoje eu tenho um GM Cobalt 1.8 2019 excelente carro.
Só me dá alegrias.
O mecânico é que não tá contente.
Os fabricantes americanos de automóveis irão quebrar em cinco anos . Não possuem tecnologia .
Mesmo com todos os problemas ainda existem idiotas(me desculpe o palavreado mas não a outra definição)
Qualquer mecânico bem intencionado não aconselha a compra destes modelos de correias banhadas a óleo e ainda sim milhões ignoram e compram porque a fabricante dis que se fizer a revisão nas consessionarias não a problemas e aí vem o pesadelo.
Resultado tá aí nem a Fiat aguentou na Europa.
Isso aconteceu com o câmbio Power shifit da Ford já avia dado problemas nos EUA e na Europa onde foi descontinuado só continuo no brasil e mesmo sabendo compraram nunca vi tanto Focus vendendo com câmbio automático quebrado.
Eu tento entender qual é a diferença de custo de produção de um motor com correia seca ou banhada a óleo… Apesar da baixa confiabilidade da correia dentada em si, a ideia de imergi-la no óleo foi a mais absurda que já vi! Isso porque não é só o óleo fora da especificação que pode degradá-la, mas também a contaminação do óleo por combustível dependendo do tipo de uso do carro.
Motores a combustão estão sempre à beira do colapso, seja por falhas no sistema de arrefecimento, de lubrificação e até de alimentação caso um injetor trave aberto. Diante de tantas ameaças constantes, seria o mínimo por parte das montadoras afastar mais esse risco de quebra…