CG rainha do Brasil

Honda CG estreou com o Pelé e se tornou o veículo mais vendido do Brasil

Com quase 50 anos de história, a Honda CG é imbatível no mundo das motos e vende quatro vezes mais que a Fiat Strada

Honda CG 125 com Pelé [divulgação]
Honda CG 125 com Pelé [divulgação]

A Honda CG é um fenômeno de vendas no Brasil. Em 2023, foram 418.875 unidades vendidas, de acordo com a Fenabrave. Neste ano, a moto segue imbatível na liderança, emplacando mais de 34 mil unidades em janeiro, média mensal que a CG mantém há algum tempo.

Com isso, a street da Honda não é só a moto mais vendida do Brasil. Ela é também o veículo mais vendido, já que a Fiat Strada, carro mais vendido em 2023, teve 120.600 unidades comercializadas no último ano, praticamente ¼ das vendas da motocicleta da Honda.

E a trajetória da CG já dura décadas. A primeira geração da moto foi lançada no Brasil em 4 de novembro de 1976, há quase 48 anos. No início, a moto tinha propulsor de 125 cc de 11 cv e câmbio de quatro marchas, e a Honda aproveitou o sucesso do Pelé para lançar a moto. Os freios eram a tambor nas duas rodas e, por mais que fosse uma moto simples, a CG caiu nas graças do público graças a sua robustez e facilidade de manutenção – características que são preservadas até hoje.

Honda CG 125 [divulgação]
Honda CG 125 [divulgação]

Primeira moto a etanol do mundo

Nos anos 1980, o programa Pró-Álcool estava com tudo no Brasil e o uso do etanol era incentivado pelo governo brasileiro. A Honda aproveitou para lançar a CG 125 movida pelo combustível vegetal, se tornando assim a primeira moto a etanol do mundo, lançada em 1981.

Porém, as dificuldades na partida e o preço maior que o modelo a gasolina fizeram o modelo durar pouco. Apesar disso, a CG seguia forte no mercado e em 1982 chegou a segunda geração, com a terceira sendo lançada em 1989, mantendo a evolução da moto.

Honda CG 125 Titan 1994 [divulgação]
Honda CG 125 Titan 1994 [divulgação]

Honda CG 125 Titan 

Em 1994, surge um dos nomes mais fortes do mercado brasileiro de motos. A Honda expande a linha da CG 125 e apresenta a versão Titan, que segue em linha até hoje, sendo a topo da gama da motocicleta. 

Alguns anos depois, em 2004, a Honda decidiu fazer uma mudança ousada na CG. A Titan passou a utilizar o motor de 150 cc, com 14,2 cv. O desempenho era inegavelmente maior, mas a moto perdeu parte de seu volume de vendas. Então a Honda decide voltar a oferecer o motor 125 cc, mas na versão de entrada Fan. Assim surgia uma das motos de maior sucesso do Brasil, já que o preço menor da CG Fan 125 atraia quem precisava de uma moto barata e robusta.

Honda CG 125 Titan 2009 [divulgação]
Honda CG 150 Titan 2009 [divulgação]

Fim da Honda CG 125

Em 2009, finalmente a CG ganha injeção eletrônica, aposentando para sempre o carburador. Nessa fase da moto, já na sua sétima geração, a Honda lança o sistema flex para a CG 150 Titan, fazendo o modelo voltar a ter a possibilidade de ser movido a etanol. No ano seguinte, em 2010, surge a Fan 150, sendo o primeiro indício de que a CG 125 poderia ser aposentada.

Isso demorou alguns anos para acontecer. Somente em 2018 a Honda decidiu que era o fim da CG 125, deixando todos os modelos somente com o motor de 160 cc. Atualmente, a moto está em sua nona geração, que foi lançada no Brasil em 2016. São três versões disponíveis: Start, Fan e Titan, além da Cargo, que é voltada para o trabalho.

Honda CG 160 Titan 2024 [divulgação]
Honda CG 160 Titan 2024 [divulgação]

Sendo até hoje um dos modelos mais baratos da Honda e com uma longa história, não é difícil entender o sucesso da moto no Brasil. Feita para países emergentes, a Honda CG achou seu lugar no mercado brasileiro, ensinou milhares de motociclistas a andar em duas rodas, e se tornou o veículo mais vendido da história do Brasil.

Já teve uma Honda CG? Deixe nos comentários a sua história com o modelo.

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