A Chevrolet revelou oficialmente as primeiras imagens do novo Bolt, que estará de volta após sair de linha em 2023. As fotos mostram a dianteira, as lanternas traseiras e o novo conjunto de faróis em LED, aparentando um visual mais renovado do que em uma mudança muito radical de projeto.
O retorno está previsto para 2026, já como linha 2027. A produção será feita na fábrica de Fairfax, no Kansas (EUA), e a promessa é repetir o sucesso do antigo Bolt como o carro elétrico mais barato da marca.
É um projeto antigo, mas com mudanças pontuais
Por mais que o novo Bolt ganhe uma nova cara, sua plataforma se mantém a mesma da geração passada, ou seja, a base BEV2 — novo nome da arquitetura, que antes se chamava Utilium — com algumas atualizações técnicas, principalmente na parte elétrica.

A dianteira traz faróis verticais mais afilados, grade menor e para-choque redesenhado, com entradas de ar no estilo colmeia. Na traseira, as lanternas não invadem mais o vidro e adotam um formato mais convencional. O conector de recarga também muda e passa a ser o NACS, o que permite que o Bolt utilize a rede de supercarregadores da Tesla nos EUA.
Bateria nova para baratear o elétrico
A maior novidade está debaixo do carro. O novo Bolt será o primeiro elétrico da Chevrolet vendido nos Estados Unidos com bateria LFP (lítio-ferro-fosfato) uma química mais segura, durável e muito mais barata do que as baterias de níquel-manganês-cobalto (NMC), usadas nos modelos mais caros.

Essa mudança de bateria é estratégica, porque a GM quer baratear seus elétricos e tornar o Bolt novamente um carro acessível. O lado negativo da LFP é a menor densidade energética, ou seja, a autonomia deve ser um pouco menor. Mas para um carro urbano, esse impacto é mínimo e aceitável.
A produção dessas novas baterias LFP será feita em Spring Hill (Tennessee), na mesma fábrica da Ultium Cells, uma parceria entre a GM e a LG Energy Solution.

Ainda não há imagens oficiais do interior, mas é bem provável que o novo Bolt receba um painel mais moderno, com central multimídia integrada ao quadro de instrumentos, como já acontece na Equinox EV. A tração dianteira também deve permanecer.
Mesmo sem preço divulgado, a Chevrolet já deixou claro que o Bolt vai continuar na pegada de ser o elétrico de entrada da marca, ficando abaixo do Equinox EV e do Blazer EV. No Brasil, não há nenhuma informação sobre o novo Bolt, mas não faria feio se ele chegasse ao nosso mercado novamente.
GM quer diversificar as baterias
Além da LFP, a GM também está desenvolvendo uma segunda bateria de baixo custo chamada LMR (Lithium Manganese Rich), que será usada em modelos maiores e mais caros. Essa nova bateria terá maior autonomia (mais de 640 km por carga) e deve começar a ser usada a partir de 2028.

A diferença é que, enquanto a LFP será usada em modelos compactos e baratos, como o Bolt, a LMR vai equipar SUVs e picapes maiores da linha Ultium.
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