Quando falamos em B-SUVs até R$ 120 mil, o mercado oferece uma lista relevante. Por R$ 119.990 a Chery vende o Tiggo 5X Sport, a Citroën oferece o Basalt Feel por R$ 118.890 e o Jeep Renegade (R$ 118.290). Nesse valor, a Chevrolet aparece com o Tracker em sua configuração de entrada, vendida a R$ 119.900. Essa versão não tem nome oficial e foi criada pensando no público PCD, chegando com preço de R$ 105.862 após os descontos.
Motor conhecido, mas com menos potência
O Chevrolet Tracker básico usa o motor 1.0 turbo três cilindros da família CSS Prime, já presente no Onix e na Montana. Ele entrega 115 cv e 16,8/18,9 kgfm (gasolina/etanol), sempre ligado ao câmbio automático de seis marchas da família GF6.
A queda de potência em relação a outros modelos acontece para se enquadrar nas regras do IPI zero. O desempenho é ok para a proposta, já que faz 0 a 100 km/h em 10,9 segundos e velocidade máxima de 184 km/h.

O consumo divulgado pelo Inmetro é de 11,5 km/l na cidade e 13,8 km/l na estrada com gasolina (8,1 e 9,9 km/l com etanol). Nada muito diferente do que já conhecemos no Tracker.
Visual simplificado, mas com truques
A grande diferença do Tracker Sem Nome está no que ele deixa de oferecer. Visualmente, parece usar rodas de liga leve, mas na verdade são calotas pintadas de 17 polegadas. Uma solução que a GM usa inclusive em versões intermediárias como a LTZ. Os freios são a disco apenas na dianteira, enquanto atrás o sistema ainda é a tambor em todas as versões.



Outro detalhe que entrega a proposta mais simples são os retrovisores em plástico preto, sem pintura. Não há faróis de neblina, mas as maçanetas seguem pintadas na cor da carroceria.
Os faróis principais, ao menos, são de LED. Curiosamente, mesmo sendo a versão de entrada, o modelo já vem com chave presencial com abertura por botão.

A suspensão é McPherson na frente e eixo de torção atrás. Aqui vale uma comparação com rivais nesse mesmo preço. Tanto o Jeep Renegade quanto o Chery Tiggo 5X oferecem suspensão independente nas quatro rodas.
Interior simples com kit dignidade

Por dentro, o Chevrolet Tracker Sem Nome 1.0 AT deixa claro seu posicionamento de entrada. O painel de instrumentos não é digital de 8 polegadas como nas versões mais caras, usa o mesmo conjunto das versões pré-facelift, com mostradores analógicos e uma pequena tela central. A central multimídia MyLink é de 8 polegadas, com Android Auto e Apple CarPlay sem fio, mas qualidade inferior à tela de 11” das versões topo.
O ar-condicionado é manual e não há apoio de braço para o motorista. Também não existem assistentes de condução avançados, apenas a chamada de emergência OnStar.



Entre os equipamentos, estão: volante multifuncional com piloto automático e limitador de velocidade, computador de bordo, faróis automáticos, roteador Wi-Fi, vidros e travas elétricas, retrovisores elétricos e bancos em tecido.
Espaço e medidas
O Tracker de entrada mede 4,30 m de comprimento, 1,79 m de largura, 1,62 m de altura e 2,57 m de entre-eixos, com porta-malas de 393 litros. O tanque de combustível é de 44 litros e o peso total é de 1.230 kg, resultando em uma relação peso-potência de 10,7 kg/cv.


Vale a pena?
Com preço cheio de R$ 119.900, o Tracker Sem Nome se posiciona junto a rivais fortes, mas é claro que perde em equipamentos. O apelo maior está no público PCD, que consegue levar o SUV por R$ 105.862.
Para quem busca apenas um SUV automático, com bom espaço e motor turbo confiável com peças em todo lugar e manutenção em conta, pode até fazer sentido. Mas frente a concorrentes diretos, o modelo fica muito mais depenado do que o consumidor comum costuma esperar.
Pagaria R$ 119.900 por um SUV mais simples como esse ou prefere investir em outro rival mais equipado? Deixe seu comentário!



Estou aqui na indecisão. Já estava prestes a escolher esse carro, no entanto, esta reportagem me fez refletir um pouco mais.
O preço é bom, com menos opcionais, nada que alguns reais não possam comprar. PCD agradece, tem um nome Chevrolet. Satisfeito …
Comprei uma e estou muito satisfeito.
Gastei mais R$ 2.000,00 e coloquei câmera de ré, friso lateral, pintei os retrovisores, soleira nas portas e calha de chuva, ficou muito bonita.