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Teste de colisão

Citroën Basalt tira nota zero em teste de segurança do Latin NCAP

SUV compacto, é mais um modelo da Stellantis a receber avaliação ruim em testes de colisão

5 min de leitura

O Programa de Avaliação de Carros Novos para a América Latina e Caribe (Latin NCAP), responsável por testar o nível de segurança dos veículos vendidos na região, divulgou nesta terça-feira (14) o resultado de mais um modelo da Stellantis com desempenho ruim. O escolhido da vez foi o Citroën Basalt, SUV compacto que parte de R$ 93.990, e que recebeu nota zero nas avaliações de segurança.

Mais uma vez, um carro do grupo que reúne Fiat, Jeep, Ram, Peugeot e Citroën obteve resultado baixo nos testes. O Basalt, que é fabricado sobre a plataforma CMP, vem de série com quatro airbags, controle de tração e estabilidade, mas mesmo assim não conseguiu pontuação satisfatória. O SUV obteve 39% de proteção para adultos, 58% para crianças, 53% para pedestres e 35% para sistemas de assistência à condução.

Argumento para as notas 

O Latin NCAP explicou que, no impacto frontal, a proteção à cabeça e ao pescoço do motorista e do passageiro foi considerada boa, mas o peito do motorista recebeu avaliação marginal e o do passageiro foi classificado como insuficiente. A estrutura do habitáculo também foi considerada instável, incapaz de suportar maiores cargas em caso de acidente.

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No impacto lateral, a proteção foi melhor. A cabeça, pelve, peito e abdômen receberam nota boa. Já no teste de whiplash, que mede o risco de lesão no pescoço causada por um movimento brusco da cabeça para frente e para trás durante colisões traseiras, o assento apresentou proteção marginal.

Além disso, o Basalt não traz assistentes de condução em nenhuma versão, como frenagem autônoma de emergência e alerta de faixa. O modelo tem apenas piloto automático convencional.

Resposta da Stellantis

Citroën Basalt no teste de colisão do Latin NCAP
Citroën Basalt [Reprodução]

Em nota, a Stellantis disse que “reforça seu compromisso com a segurança veicular” e que todos os modelos comercializados atendem às regulamentações nacionais e internacionais. 

A empresa ainda informou que todos os veículos passam por testes internos no Safety Center de Betim (MG), considerado o mais moderno centro de colisão do hemisfério sul, e que a segurança “vai muito além da oferta individual de itens”.

volante do Citroën Basalt Feel CVT
Citroën Basalt Feel CVT [Auto+/ Felipe Yamauchi]

Segundo a marca, o Basalt tem carroceria com aço de alta e ultra resistência e estrutura projetada para absorver impactos, dentro dos padrões exigidos pela legislação. A companhia também afirmou que não financia nem patrocina os testes do Latin NCAP, que é um órgão independente.

Mais um caso dentro da Stellantis

O resultado do Basalt não é único. Outros modelos do grupo também tiveram desempenho fraco no Latin NCAP. O Citroën C3, que usa a mesma plataforma CMP, também tirou nota zero, sendo criticado por estrutura instável, falta de airbags laterais, ausência de pré-tensionadores nos cintos e baixa proteção frontal.

Peugeot 2008 azul no teste de impacto frontal do Latin NCAP
Peugeot 2008 no Latin NCAP [Divulgação]

Além dele, o Peugeot 2008 alcançou apenas uma estrela, enquanto Fiat Strada (ou Ram 700 em outros mercados), Argo e Cronos tiveram desempenho semelhante.

O papel e as críticas ao Latin NCAP

Criado em 2010, o Latin NCAP é um programa independente com sede no Uruguai e apoio da FIA, BID, CESVI Brasil e Proteste. Ele adota protocolos baseados no Euro NCAP, testando impacto frontal, lateral, atropelamento e sistemas eletrônicos de assistência.

Citroën C3 Latin NCAP zero
Citroën C3 [Latin NCAP]

Embora seja referência na região, o programa recebe críticas de especialistas por supostas inconsistências nos critérios de avaliação. Há casos em que modelos testados em outros países possuem níveis diferentes de equipamentos, o que pode influenciar o resultado final.

Também há questionamentos sobre financiamentos de testes por montadoras específicas, por mais que o Latin NCAP afirme atuar de forma independente e transparente, com metodologia internacional.

Sobre o Citroën Basalt

Citroën Basalt Dark Edition 2026 cinza, visto de frente e com DRL's acesos
Citroën Basalt Dark Edition 2026 [Divulgação]

O Citroën Basalt é produzido no Brasil e vendido nas versões Feel,  Feel Turbo, Shine e Dark Edition. A mais simples traz o motor 1.0 Firefly aspirado de 75 cv e 10,7 kgfm com câmbio manual de cinco marchas, enquanto as mais caras usam o 1.0 Turbo 200 Flex de 130 cv e 20,4 kgfm, com câmbio automático CVT que simula sete marchas.

Mesmo nas versões mais caras, o Basalt traz apenas quatro airbags, câmera de ré e controles de tração e estabilidade. O modelo é hoje o SUV mais barato do Brasil

E você, concorda com os testes? Deixaria de comprar um carro por nota baixa? Deixe seu comentário!


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3 comentários em “Citroën Basalt tira nota zero em teste de segurança do Latin NCAP”

  1. Pedro Ernesto de Oliveira

    Não deixaria de comprar um carro por conta da Latin NCAP, justamente por conta destes financiamentos. É uma empresa parcial que tem “rabo preso” com algumas montadoras. Os resultados sempre se repetem.

  2. Gerson Alves

    O Basalt parece ser feito de papelão – o carro é bem frágil.

    É importante o teste para verificar se o carro é confiável, seguro, existem inúmeros defeitos recorrentes relatados pelos compradores

    Realmente é bom pesquisar antes de comprar, a Citroën é muito complicada no pós venda

  3. Pedro Ernesto de Oliveira

    Não deixaria de comprar um carro por conta da Latin NCAP, justamente por conta destes financiamentos. É uma empresa parcial. Quem patrocina os testes tem notas altas e os resultados sempre se repetem.

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Luiz Forelli

Estudante de jornalismo, sempre foi fascinado por carros desde pequeno. Passava horas dirigindo no colo da família dentro da garagem ou empurrando carrinhos pela casa, como se já soubesse que seu caminho estaria entre motores e rodas. Hoje, realiza o sonho de infância escrevendo sobre o universo automotivo com a mesma empolgação de quem brincava com um volante imaginário. No lugar do sangue, corre gasolina, e isso nunca foi segredo.

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