
A vida da Scout mal começou e a Volkswagen já arrumou encrenca. Isso porque a nova marca off-road do grupo alemão, por enquanto atuando apenas nos EUA, está sofrendo ameaça de processos vindos de concessionárias da Volkswagen na América do Norte. O problema? O método de vendas da Scout.
Assim como a Tesla, a Scout venderá seus carros diretamente aos consumidores sem ajuda de concessionárias. A ideia é fazer venda direta online e entregar os carros em pontos específicos, que também servirão para manutenção. Diferentemente dos carros da Volkswagen, não haverá concessionária.
E é justamente isso que tem incomodado tanto as revendas da Volks nos EUA, em especial na Califórnia. Segundo reportagem do TheDrive, a VW tem sofrido ameaças de processo vindas de concessionárias e da CNCDA (California New Car Dealers Association), uma associação de concessionárias da Califórnia.
![Scout, nova marca da Volkswagen [divulgação]](https://uploads.automaistv.com.br/2024/10/Ab9gXaEU-Scout-EV_Group_0748-FINAL-2-1320x792.webp)
Em dezembro, a CNCDA demandou que a Volkswagen parasse de aceitar encomendas dos Scout Terra e Traveler, alegando violação da lei do estado ao vender seus carros diretamente a consumidores. Por lá, assim como no Brasil, é necessário ter uma revendedora para isso, mas a lei é um pouco mais branda do que aqui.
Concessionárias Volkswagen vendendo Scout? Não
Em resposta, a Volkswagen disse que isso não era problema dela, mas sim da Scout. Até porque, mesmo fazendo parte do mesmo grupo, a Scout não tem relação com a Volkswagen Group of America (VWGoA), a divisão americana. “A VWGoA não é autorizada pela Scout a vender seus carros e os distribuir os Scout na Califórnia e em nenhum outro estado. A Scout é uma marca independente da VWGoA e suas marcas, como Volkswagen e Audi”, diz o comunicado oficial.

Já a Scout rebateu com uma nota oficial emitida por Neil Sitron, conselheiro geral da nova fabricante. No documento, a Scout reafirma que a VW não é autorizada a vender seus carros, por isso não há o que as concessionárias reclamarem. Além disso, rebate dizendo que as concessionárias VW não tem direito sob lei a vender os modelos Scout.
E finaliza a carta dizendo que “por razões óbvias, a Scout não vai fazer negócios com ninguém que nos ameace ou tente nos intimidar, direta ou indiretamente. Se a CNDCA decidir agir em relação às suas ameaças, a Scout vai vigorosamente se defender contra elas”. Ou seja, a treta está instaurada.

Você acha que a Scout tem razão em se defender contra as ameaças da CNDCA ou a Volkswagen deveria intervir? Conte nos comentários.