Chevrolet Spark EUV, nova aposta da General Motors (GM) para o mercado brasileiro foi flagrado mais uma vez, só que agora no ABC Paulista, (SP), pelo nosso leitor Rafael Carminati. O SUV elétrico chinês vem para brigar por uma fatia das vendas do BYD Dolphin. Aliás, se não fosse pela ascensão exponencial nas vendas da BYD no Brasil, talvez não veríamos tão cedo o Spark EUV e outros modelos por aqui.
Quando a BYD começou a vender carros elétricos no Brasil, as vendas de veículos movidos a baterias ainda eram muito tímidas. Em pouco tempo ela não só conseguiu transformar o estigma que os brasileiros tinham de que carro chinês não é confiável, como também deu o incentivo que precisávamos para comprar o primeiro elétrico: preço.
A BYD vende tanto que as concorrentes não tiveram outra escolha a não ser começar a mexer seus pauzinhos para não serem engolidas. Com isso cada vez mais marcas estão se movimentando não apenas para oferecer mais opções de carros eletrificados como valores mais atraentes para o consumidor, que é o caso do Spark EUV.
Na China, Spark EUV é equivalente ao Baojun Yep Plus. Ou seja, é um modelo de uma marca independente da Chevrolet. Mas aqui no Brasil ela será uma linha dentro da Chevrolet. Essa é a estratégia da GM para encurtar o tempo maturação e aceitação do produto. Já que inserir uma marca chinesa totalmente nova para os brasileiros exige mais estratégia do que vendê-lo como um produto da própria marca.
De acordo com a Chevrolet, o Spark EUV será um dos primeiros cinco lançamentos dos dez que a fabricante prometeu para o Brasil em 2025. No entanto, estamos quase em abril e a Chevrolet não entregou sequer uma das novidades prometidas. Tampouco confirmou a data do primeiro lançamento do ano.
Como será o Chevrolet Spark EUV
O Spark EUV não tem grandes diferenças do Baojun Yep Plus. Ambos usam a mesma plataforma, mas enquanto o Yep Plus tem um design voltado para o mercado asiático, o Spark tem uma estética mais ocidental, com linhas mais limpas e características estilísticas da Chevrolet.
Já a motorização é a mesma nos dois modelos. Estamos falando de um motor elétrico traseiro de 75 kW que entrega 102 cv de potência e 18,4 kgfm de torque. Na China, ele conta com uma bateria de 41,9 kWh que promete 401 km de alcance no ciclo CLTC. Porém, o modelo vendido por aqui provavelmente terá um alcance menor.
O Spark EUV tem medidas de um carro compacto, por isso podemos até chamá-lo de mini SUV. Ele tem 3.996 metros de comprimento, 2.560 m de entre-eixos, 1,760 m de largura e 1,726 m de altura. O Fiat Pulse, por exemplo, tem 4.099 m de comprimento.
Quanto a lista de itens de série, o Yep Plus é um modelo bem equipado e conta até com navegação semiautônoma e câmera 540 graus. No Brasil, como Spark EUV, ele deve ter uma lista menos tecnológica. Ainda assim esperamos sensores de estacionamento, alerta de ponto cego, assistente de permanência em faixa, alerta de colisão e frenagem de emergência.
Qual será o preço?
Tudo indica que SUV elétrico Chevrolet Spark EUV chegará ao Brasil em versão única. Embora seu valor sequer tenha sido mencionado pela GM, se ela de fato que ter alguma chance de rivalizar com o Dolphin precisará ofertar o modelo entre R$ 150.000 e R$ 170.000 e com muitos atrativos.
Você acha que o novo Chevrolet Spark EUV terá chances contra o BYD Dolphin? Conte para nós nos comentários.
To achando que a Chevrolet vai usar a estratégia que a Renault usou (ainda usa) muitos anos no Brasil. A marca desenvolve bons carros, porem incompatíveis para mercado brasileiro, só olhar o preço das ultimas novidades como Equinox e Brazer… aí busca usar uma montadora que produz carros com "preços acessíveis" para vender aqui, sem ter que desenvolver algo realmente seu para outros mercados como nosso… parece que a Chevrolet achou a Baojun para chamar de sua Dacia
São histórias diferentes. Baojun não é uma européia de baixo custo. É uma das chinesas, e o padrão chinês é bem superior ao europeu low cost. É um tipo de estratégia nova, trazer bons carros chineses, elétricos, afim de acelerar a eletrificação da marca e combater a BYD e GWM. Os ocidentais perderam o bonde dos elétricos faz tempo, graças ao orgulho cego. Deixaram os chineses ir evoluindo, sempre ignorando ou desmerecendo o produto… agora é tarde, o CEO da Ford além do da Honda já admitiram que perderam o bonde. Aí, se não pode com ele, junte-se a eles.
Produto interessante. Mais interessante ainda vai ser um produto chinês, com o toque e acerto de uma brasileira.. Estou bem curioso para ver essa empreitada… é realmente uma estratégia nova e bem curiosa.
A Ford até fez com o Territory, mas na primeira geração ficou bem ruim.. já nesta nova, melhorou muito.