Um dos grandes desafios para quem quer um carro no Brasil é saber se ele vai ter uma boa revenda. Muitos consumidores priorizam o valor de revenda e se ele é um bom negócio antes mesmo de adquiri-lo. No caso dos carros elétricos, a situação é ainda mais complicada, já que muitos desconfiam do mercado de usados por serem uma novidade no país. Apesar disso, diversos elétricos no mercado oferecem um negócio vantajoso.
Para entender se um carro é bom de revenda, o principal ponto a se observar é sua desvalorização ao longo do tempo, ou seja, o quanto ele perde de valor após sair da concessionária. Carros que permanecem com uma boa parte do seu preço original, mesmo após alguns anos de uso, são considerados bons de revenda. Para isso, pegamos a Tabela Fipe como medida, referência prestigiada na valoração de carros usados no país.
BYD Dolphin Mini

O BYD Dolphin Mini, lançado em 2023 por R$ 115.800 na versão de quatro lugares, desvalorizou 5,8%, caindo para R$ 109.083 em 2024, segundo a Fipe. Com motor de 75 cv, 13,8 kgfm de torque e autonomia de 280 km (Inmetro), o hatch é líder de vendas entre os elétricos, com 21.968 unidades emplacadas em 2024. Ele entrega ar-condicionado, direção elétrica, piloto automático, entre outros. O ponto fraco é o porta-malas de 230 litros.
GWM ORA 03

O GWM ORA 03 na versão de entrada, Skin, custava R$ 150.000 em 2023 e caiu para R$ 129.052 em 2024, uma desvalorização de 14%, a mais alta da lista. Oferece bateria de 48 kWh, com motor de 171 cv e 25,5 kgfm de torque, com autonomia de 232 km, além de design retrô e pacote de segurança bem completo com câmera 360 e frenagem de emergência. A autonomia limitada decepciona. Mas a recompra garantida da GWM ajuda na revenda.
No caso do hatch elétrico da GWM, há ainda a versão topo de linha — GT —, que custava, em 2023, R$ 184.000 e após um ano seu valor segundo a Fipe foi de R$ 163.086, uma desvalorização menor, de 11,3%. Nesse caso, a potência e torque permanece a mesma da configuração de entrada, porém a bateria de 63 kWh oferece autonomia maior de 319 km.
BYD Dolphin

O BYD Dolphin desvalorizou 10,6%, saindo de R$ 179.800 em 2023 para R$ 160.700 em 2024. Com 15.212 unidades vendidas em 2024, o modelo tem bateria de 44,9 kWh, o que gera 95 cv e 18,3 kgfm e autonomia de 291 km. A cabine ampla, com entre eixos igual do Corolla (2,70 m), leva bem ocupantes, mas o porta-malas de 250 litros limita o uso. É uma escolha equilibrada para uso urbano, apesar da concorrência interna com o Dolphin Mini.
Volvo EX30

O Volvo EX30 na versão de entrada Core caiu de R$ 229.950 em 2023 para R$ 212.544 em 2024, desvalorizando 7,6%. Eleito o elétrico com menor depreciação pela Quatro Rodas e Mobiauto em 2025, o SUV lançado em 2023 oferece quatro versões que muda o tamanho da bateria, potência e autonomia, além de equipamentos. Na opção Core, o EX30 gera 272 cv e 35 kgfm de torque e autonomia de 250 km.
BYD Seal

O BYD Seal, que custava R$ 296.800 em 2023 e caiu para R$ 274.015 em 2024 (desvalorização de 7,6%) também é uma boa opção no mercado de usados. O sedã premium, com 3.528 unidades vendidas em 2024, entrega 530 cv, 60,2 kgfm de torque e autonomia de 372 km.
Nissan Leaf
![[Auto+ / João Brigato]](https://www.automaistv.com.br/wp-content/uploads/2022/02/Nissan-Leaf-7-1200x720.jpg)
O Nissan Leaf, bem conhecido entre os carros de aplicativo, foi o que menos desvalorizou na lista, caindo apenas 1,1%, de R$ 212.191 para R$ 209.944 em 2024. Com 10,3% de participação em vendas e buscas na OLX, o hatch tem motor de 149 cv e 32,6 kgfm de torque, com autonomia de 192 km. É um modelo confiável e tem boa aceitação, porém a autonomia mais baixa que os concorrentes atuais, como o BYD D1, com 258 km de autonomia, fica aquém.
Crescimento do mercado de elétricos
A participação de carros elétricos no Brasil cresceu 89% de 2023 para 2024, passando de 93.927 para 177.358 unidades vendidas no mercado de zero-quilômetro, segundo a Fenabrave. A BYD liderou com 71,2%(43.726) do mercado, seguida pela GWM (6.326) com 10,3% e a Volvo (4.339) que fechou o pódio com 7%.
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