5 carros que duraram pouco no Brasil

Mudanças de estratégia das montadoras ou falta completa de sucesso fazem com que alguns carros morram antes do que deveriam. Prova disso é que essa lista contém cinco modelos que duraram pouco tempo e venderem igualmente de maneira restrita. Alguns deles, inclusive, não sobreviveram um ano.

Agora, se futuramente se tornarão clássicos ou carros valorizados, é apenas questão de tempo para descobrir. Afinal, nem tudo que é raro ou teve poucas vendas se tornará desejado o suficiente pelos colecionadores no futuro. Exemplo é o Chery S18, um dos carros que poucos brasileiros lembram que foi vendido aqui e dificilmente se tornará clássicos. 

CAOA Chery Tiggo 3X

Lançado em maio de 2021 e descontinuado abril de 2022, o CAOA Chery Tiggo 3X não sobreviveu um ano completo no Brasil. Foi um dos carros com vida mais curta a permanecer em nosso mercado e um verdadeiro esquecido. Ele não passava de um Tiggo 2 modificado, que por sua vez era uma variante aventureira e SUVzada do Celer.

Ele era equipado com motor 1.0 três cilindros turbo especificamente desenvolvido para o Brasil. Só que o motor contava com apenas 102 cv – potência de motor 1.3 aspirado. Ele tentava compensar no torque de 17,1 kgm, mas tinha consumo alto, além de performance nada memorável. Morreu porque a CAOA Chery fechou a fábrica de Jacareí. 

Mitsubishi Outlander Sport

Em uma tentativa de fazer o ASX velho e o novo conviverem juntos, a Mitsubishi do Brasil lançou com outro nome a maior reestilização que o SUV compacto já recebeu. Fora do nosso país, o ASX sempre foi vendido como RVR (Japão) ou Outlander Sport (EUA). Mas foi só aqui que o mesmo carro usou dois nomes diferentes. 

O Outlander Sport foi lançado na linha 2020 e durou até a linha 2022, morrendo junto do ASX. A culpa foi da legislação do Proconve L7 em que determinava novos limites para emissões de poluentes, no qual o motor 2.0 da dupla não passava. Além disso, havia determinações de emissões de gases e evaporação de combustível, não atendidas por eles.

Renault Logan e Sandero CVT

Durando um mês a mais que o CAOA Chery Tiggo 3X, os irmãos Renault Logan e Sandero com transmissão CVT morreram cedo. A dupla foi lançada junto da reestilização e contava com suspensão elevada e visual pseudo-aventureiro por conta da caixa de câmbio que rasparia em lombadas com a altura normal dos carros.

No Sandero, o visual aventureiro até colava, por se tratar de um carro que já tinha uma variante assim, o Stepway. Mas no Logan, a suspensão elevada ficava esquisita, junto das caixas de roda alargadas que davam a ele um estilo nada harmonioso. Sem tanta tecnologia quanto os rivais, eles morreram pela falta de interesse do público.

Honda Accord

Primeiro Honda com sistema e:HEV no Brasil o Accord foi o responsável por estrear a tecnologia que seria usada em diversos carros da marca pelo mundo. Só que o primeiro lote que veio em 2021 foi o único. A crise de semicondutores apertou a marca japonesa, que precisou desviar as unidades que viriam ao Brasil para outros mercados.

Como resultado, as unidades 2021 foram as únicas do Accord híbrido no Brasil. A marca já prometeu que o modelo voltará em nova geração em 2023, sendo um dos quatro carros híbridos que ela lançará por aqui ainda neste ano. A fila foi puxada pelo Civic e ainda terá, além do Accord, ZR-V e CR-V.

Troller T4 Automático

Lançado como novidade na linha 2020, o Troller T4 automático era um pedido antigo dos clientes da marca brasileira à Ford. Por usar a mesma base, motores e componentes da Ranger, era fácil o Troller T4 receber a transmissão automática de seis marchas da caminhonete, mas demorou a acontecer.

Ele foi lançado em 2020 como TX4 com direito a pintura exclusiva e alguns adereços, depois chegando à versão regular. Só que com o fechamento das fábricas da Ford em 2021, a marca resolveu matar a Troller, tornando o T4 automático uma enorme raridade. De todos os modelos da lista, talvez ele seja o com maior potencial de clássico futuro.

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