Em 2009, a primeira invasão chinesa contendo JAC, Chery, Lifan e Effa fez a indústria automotiva nacional se mexer e provocar a criação de uma cota de importação. Agora, com GWM e BYD encabeçando a segunda invasão chinesa, dessa vez com carros elétricos e híbridos, a indústria nacional está novamente se mexendo.
Nos últimos tempos, vemos modelos das duas marcas verdadeiramente causando em diversos segmentos. O BYD Dolphin rapidamente se tornou o carro elétrico mais vendido do Brasil, ao passo que o GWM Haval H6 já assumiu a liderança entre os SUVs híbridos. Ou seja, ambas as marcas chinesas, com modelos importados, estão à frente das já estabelecidas.
Isso gerou a fúria de diversas montadoras, as quais, junto da Anfavea, silenciosamente declararam guerra à BYD e à GWM. Em entrevista a jornalistas recentemente, Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) deu à palavra, conforme descrito na matéria do Poder360.

“O que acontece hoje é: você tem 0 de imposto de importação sem data. Não há data, então quem vai investir no Brasil pensa: eu vou investir na produção de um carro elétrico no Brasil ou eu vou importar? Ele vai importar, porque custa mais barato você fazer lá fora do que nas nossas próprias fábricas”, declarou o presidente.
A ideia do órgão é que o imposto de importação de 35%, que existe para carros puramente a combustão, seja aplicado também em híbridos e elétricos. Hoje, os carros totalmente elétricos tem imposto zerado, enquanto os híbridos ficam com alíquota de 4%. A ideia do órgão é fazer com que o preço dos elétricos e híbridos (especialmente chineses) suba.
Renault tem elétrico chinês, mas quer imposto
![GWM Haval H5 PHEV [divulgação]](https://www.automaistv.com.br/wp-content/uploads/2023/03/haval_h6_555_edited-750x450.jpg)
Houve até uma fala bastante enérgica de Ricardo Gondo, presidente da Renault do Brasil, citada pelo Automotive Business. “Não defendo o fim de incentivos, defendo isonomia. O que acho que não pode ter é algo que desequilibra o mercado. Queremos ter isonomia e previsibilidade”, explicou Gondo.
Nessa tocada, a Anfavea e suas marcas associadas (grupo que não contém BYD ou GWM) afirma que a ideia é que o imposto seja gradativo e que seja aplicado dentro de três anos. Já a Renault explica que marcas com produção nacional deveriam ter uma cota de importação sem imposto.
![BYD Song Plus [Auto+ / João Brigato]](https://www.automaistv.com.br/wp-content/uploads/2022/11/641BC7F6-8BB6-42A0-AECA-4DAF88AE68D7-750x422.jpeg)
Chinesas, mas futuras brasileiras
Mas, vale lembrar, que BYD e GWM já tem fábricas no Brasil, mas ainda não em operação. Inclusive, vale ressaltar, que o plano de ambas as marcas é de produzir carros híbridos e elétricos por aqui. A GWM estuda fazer o Ora 03 por aqui, enquanto a BYD já confirmou a produção local de Dolphin e Song Plus.
Já Oswaldo Ramos, CEO da GWM no Brasil, foi enérgico quanto aos ataques das montadoras durante live. Não adianta chorar com o governo, não adianta chorar com uma série de coisas paralelas. Quem vai decidir o que vai comprar é o mercado consumidor. Afinal, importar é mais barato do que fabricar”.
![GWM Haval H6 GT [divulgação]](https://www.automaistv.com.br/wp-content/uploads/2023/02/GT_3x4_traseira_passageiro_movimento_3327_edited-750x450.jpg)
“Eu acho curioso que nem importam, né?. A falta de investimento no Brasil não é uma questão de produção. O pessoal não quer gastar R$ 4 milhões para homologar um carro. A ausência de carros [elétricos e híbridos] no Brasil é falta de investimento, é falta de concorrência”, completa o executivo.
Resta saber agora como serão os próximos passos. Se o governo acatar a ideia da Anfavea e subir imediatamente os impostos, todos os carros elétricos e híbridos vendidos no Brasil (a exceção de Corolla e Corolla Cross, que são produzidos no país) ficarão mais caros. Ou se haverá um plano de incentivos para produção nacional.
![BYD Seal [Auto+ / João Brigato]](https://uploads.automaistv.com.br/2023/08/BYD-Seal-11-750x450.jpg)
Você acha que os carros chineses elétricos e híbridos são um problema no Brasil ou incentivam a indústria a investir na eletrificação? Conte nos comentários.
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Anfavea não tem coragem de expressar da forma que queiram! Eles não querem os chineses aqui, não querem concorrência, querem continuar vendendo meia boca com preços de SUV de última geração!
Falou tudo as marcas vw, Ford, Fiat , fizeram monopólio no Brasil durante anos , carros chamados canela seca, sem ar , direçao foram vendidos no Brasil durante anos apreço de completo , com a chegada da Honda, Hinday nos anos 2000 tudo mudou e agora com os carros chinês será a mesma coisa quem vai comprar um Chevrolet equinos por250 mil se tem Sing plus completo hibrid pelo mesmo preço , espero que o governo não caia na conversa da ANFAVEA
Acho que toda concorrência é salutar. Os chineses vieram com carros mais tecnológicos, muito mais bem acabados e com preços bastante agressivos, fazendo com que as montadoras locais acordassem e baixassem seus preços substancialmente, demonstrando claramente os valores abusivos que estão praticando.
Não vai ter aumento no curto e médio prazo. O governo já informou
O governo tem e que insentivar o povo a comprar carros hibrid e elétrico , e não aumenta impostos .
“Byd e gwm são o futuro do país ” acredito que mercado livre é isso, incentivar qualquer empresa a fazer negócio no país sem interferência do governo federal. O monopólio da indústria automotiva é claramente notado pela falta de concorrência a um tempo atrás, tendo a sensação que essas mesmas industria combinando vender seus carros com uma única espectiva. O que se nota é que o futuro da vindo da china.
O cartel pirou com a chegada dos chineses. Lucro fácil, fabricando carros inferiores aos correspondentes nos EUA, Europa e Asia com preços muito superiores, cobrando até o dobro. Até parece que o custo do veículo fabricado aqui é menor que nos EUA, Japão, Europa… é só checar quanto ganha um trabalhador metalúrgico aqui e quanto ganha um lá fora, só como exemplo. Exploradores!
Que venham mais marcas para trazer mais concorrência e assim, mais tecnologia. Protecionismo nunca deu certo, nem em livro de história.
As grandes tudo chorando por causa dos chineses que chegaram com carros bonitos e “baratos”. É só fazer melhor, afinal o nome elas já têm.
Essa choradeira começou na Europa, mas os chineses estudaram e puseram seus projetos em prática.