O Volkswagen Golf é um produto legitimamente alemão. A ser importado para o Brasil no ano que vem na versão GTI, seu caminho poderá ficar mais fácil nos próximos anos. Isso porque a VW estuda transferir a produção do hatch do Velho Continente para o México. Tudo para reduzir custos (e indiretamente criar chances de ele voltar para cá em mais versões).
Legado mexicano
Não resta dúvidas de que o Fusca foi o Volkswagen mais popular por décadas, tanto no Brasil quanto globalmente. Sua história começou em 1930, e, no nosso mercado, a produção 100% nacional iniciou em 3 de janeiro de 1959, com um renascimento em 1993 e fabricação até 1996. Mas ele tem um espaço especial no México.
O Fusca foi produzido no México até 2003, sendo um modelo tão importante para o país quanto para o legado da marca. Mas agora o Golf poderá experimentar uma sensação semelhante. Após 50 anos, ele pode sofrer uma transferência da fabricação. Ou seja, deixará de ser feito na Alemanha para a linha de produção no México.
De acordo com o relatório do jornal alemão Handelsblatt, a Volkswagen está com a intenção de transferir a produção do Golf para reduzir custos. Colocá-lo para fora da Alemanha, principalmente para o México, onde já possui uma fábrica, é uma solução prática. Outra opção considerada é a Polônia.
Embora o Golf tenha que dividir as atenções com os utilitários esportivos, que rendem margens de lucro mais altas, os custos trabalhistas mais elevados na Alemanha justificam a transferência da produção do Golf. Ou seja, ir para o México, poderia economizar dinheiro para o fabricante a longo prazo.
Ainda de acordo com o Handelsblatt, existe no radar um novo modelo elétrico chamado ID. Golf, previsto para 2028. Ele será construído sobre uma nova plataforma elétrica com tração dianteira.
Contudo, é esperado que o atual Golf MK8.5 continue sendo feito ao lado do modelo EV compacto até 2035. Produzir o Golf a combustão no México poderá acarretar alguns problemas em exportações para os Estados Unidos, caso o presidente Donald Trump cumpra a promessa de impor tarifas de importação de 20% sobre os carros importados.
A Volkswagen poderá transferir a produção de alguns modelos para o México, mas ainda é estranho que o Golf seja produzido lá, já que o hatch talvez não justifique esse investimento. Atualmente, a Volkswagen oferece no mercado norte-americano apenas os modelos GTI e R. Ou seja, a planta mexicana serviria mais para abastecer a Europa.
O que você acha do Volkswagen Golf? Caso seja dono ou ex-proprietário, conte sua experiência nos comentários!