Aqui no Brasil, a Stellantis precisa cuidar de Peugeot, Citroën, Fiat, Ram, Jeep e, em breve, Leapmotor. Com isso, o time de engenharia de Betim, Minas Gerais, anda bastante ocupado com as novidades que serão comercializadas no nosso país em breve. Mas, com exclusividade, o Auto+ antecipa mais de 20 lançamentos do grupo por aqui.
Semi-híbridos
De uma vez só, quase todos os carros produzidos em Goiana, Pernambuco, serão eletrificados. Fiat Toro e os Jeep Renegade, Compass e Commander receberão motor 1.3 MHEV semi-híbrido de 48V. Um pequeno motor elétrico substituirá o alternador e o motor de partida para auxiliar o motor 1.3 quatro cilindros turbo.
A nova arquitetura eletrônica será acompanhada de uma transmissão de dupla embreagem. A escolha desse tipo de transmissão, traumática para os brasileiros, em favor do câmbio automático tradicional, é por conta da eficiência do conjunto e a possibilidade de desligar o motor a combustão quando o carro está sem o pedal de acelerador pressionado e pode andar em uma espécie de banguela eletrônica.

Filhos de Goiana
Como já é tradição da Stellantis, a nova mecânica não será acompanhada de alterações visuais. A marca vai lançar as reestilizações dos Jeep Commander e Fiat Toro ainda neste ano, só que o motor semi-híbrido vem depois. Além disso, Commander, Rampage e Compass terão motor 2.0 quatro cilindros turbo convertido para flex no ano que vem.
A Rampage terá mudanças visuais mais para a frente, com direito a Rambox na lateral da caçamba e interior ainda mais refinado. Já o Jeep Renegade terá mais uma reestilização nesta geração, que já completou dez anos. O Compass, por outro lado, terá uma nova geração usando a mesma plataforma do modelo atual.

O visual será inspirado no modelo europeu, mas fontes garantem que ele é bem mais bonito – só é menor, mas mais parrudo. A Fiat Toro de segunda geração, projeto F3P, será lançada em um futuro ainda longe, tendo como inspiração o visual do novo Uno (projeto F1H / 328, que falaremos depois).
Mais para a frente, e esse demora, teremos o projeto R4P, que é a segunda geração da Ram Rampage e o J4L, que é a segunda geração do Jeep Commander. Assim como o Compass de terceira geração (J3U) e o Renegade de segunda (J1U), os outros modelos manterão a plataforma Small Wide.
Peugeot 3008 brasileiro

Atualmente, a Peugeot produz no Brasil somente a Partner Rapid, que nada mais é que uma Fiat Fiorino com logotipo do leão. Característica essa que a rendeu o apelido de “Pejorino”. Só que isso vai mudar com o projeto do 3008 nacional. Ele será construído em Goiana, Pernambuco, usando a plataforma de Toro, Rampage, Compass, Commander e Renegade.
Ele será um produto de extrema importância para a Peugeot, visto que a marca não dá conta de entregar 208 e 2008 no volume que o mercado brasilero deseja. Isso se dá por conta de ambos serem feitos na Argentina e venderem bem por lá. Só que o novo 3008 também ajudará a subir o ticket médio da marca e dar mais lucro. Ele terá motor 1.3 turbo semi-híbrido.
Trio compacto derivado do novo Fiat Uno

A linha de produção de Betim, Minas Gerais, se prepara para receber três carros, todos derivados da mesma família. O projeto F1H/328 dará origem ao novo Fiat Uno brasileiro. O nome ainda não é 100% confirmado, mas Panda e Argo estão definitivamente descartados para o nosso mercado. O modelo será baseado no Grande Panda europeu.
Por fora, Grande Panda e novo Fiat Uno serão idênticos, salvo o nome Panda estampado no metal das portas do modelo europeu. Como as clínicas no Brasil apontaram que o interior do modelo europeu é infantil demais, ele será todo modificado para o novo Uno no nosso mercado, adotando um tom mais sério.

Outro ponto é que o novo Fiat Uno dará origem aos novos Pulse e Fastback, vulgo projetos F1U e F2X. O Pulse manterá o nome, mas se transformará em um SUV de sete lugares pois ele será um Citroën Aircross italiano. Já o F2X (Basalt da Fiat) tende a não adotar o nome Fastback pois o modelo atual vai seguir em vida por mais tempo. Ele será como o Cronos, sobrevivendo até onde der.
A Europa também terá os dois modelos, mas com variações diferentes de visual e acabamento. Para tanto, os projetos têm o mesmo código na Europa, mas nós temos o sobrenome SA (South America). O novo Uno também dará origem à Strada de terceira geração, o projeto XBP.

A nova Fiat Strada será bem maior, adotando porte de Chevrolet Montana e Renault Oroch. Ela diminuirá a distância para a Toro, mas ainda assim será um carro menor. Contará com motor 1.3 Firefly aspirado, 1.0 turbo semi-híbrido e até uma variante totalmente elétrica. Será a também a marca da volta da Strada para a Europa.
Ram Titano
Outro modelo que está na agenda de lançamentos da Stellantis para o Brasil é a versão Ram da Fiat Titano, apelidada internamente de Titanpage. O nome, inclusive, é guardado a sete chaves dentro dos corredores de Betim, mas 1.200 e Dakota estão no páreo, além de um batismo inédito.

A caminhonete herdará o interior da Changan Kaicene, que traz tela horizontal ligada ao painel de instrumentos. Já o visual externo terá elementos da Kaicene com detalhes de estilo inéditos para a aproximar mais das irmãs 1500 e Rampage. Fontes garantem que ela não tem cara de Ram, mas é bem mais sofisticada que a Fiat Titano. Será produzida na Argentina.
E em Porto Real: Jeep Avenger ou novos Citroën?
Lá em Porto Real, a fábrica deixará de fazer apenas modelos da Citroën para produzir o novo Jeep Avenger. O modelo será a porta de entrada da Jeep brigando no segmento de SUVs subcompactos. Ele mata o Jeep Renegade Sport (antigo Sem Nome) e assume o posto na faixa dos R$ 120 mil com motor 1.0 turbo semi-híbrido.

Por lá, os irmãos C3, Aircross e Basalt vão mudar. O trio receberá visual inspirado nos modelos europeus e é esperada uma melhora significativa de acabamento interno. Ainda serão carros simples, pois essa é a nova fase da marca. Eles também terão opção de motor 1.3 Firefly aspirado e 1.0 turbo semi-híbrido, que chegará antes da reestilização, no entanto.
Por falar em semi-híbrido, o Peugeot 208 e o 2008 terão motor 1.0 três cilindros turbo parcialmente eletrificado como uma das grandes novidades deste ano. A marca também deve mexer na gama de versões e ampliar a produção na Argentina para atender à alta demanda brasileira.

Para qual desses segredos da Stellantis você está mais ansioso? Conte nos comentários.



Jeep Compass Hibryd Plugin, na cor Sand Desert…quem sabe!?
Sou dono de RAMPAGE se a imagem da nova caminhonete 1200 da RAM for aquilo ali….nem a pau…..quem tem RAM não compra aquele carro. Não tem nada haver com RAM.
Os atuais semi híbridos de 12V permanecerão em linha ?
“Já o F2X (Basalt da Fiat) tende a não adotar o nome Fastback pois o modelo atual vai seguir em vida por mais tempo. Ele será como o Cronos, sobrevivendo até onde der”
Achei essa informação um tanto quanto “estranha”! A Fiat tem se esforçado cada vez mais para refinar o Fastback e distancia-lo do Pulse, além de “encher a boca” pra falar do modelo e fazer diversas divulgações. Acredito que se alguma versão do modelo for sobreviver durante um tempo será a T200 de entrada, talvez para ocupar o lugar do Cronos caso ele saia de linha.
O fato é que a Fiat precisa de volume, e hoje o Cronos é de extrema importancia para que ela se mantenha firme na Argentina, talvez por isso fique sofrendo facelifts até que a marca resolva produzir algo de volume por lá, como o Fastback T200, por exemplo.
Sobre a Strada, creio que dificilmente crescerá ao tamanho da Montana (4,71m), a atual tem 4.47m. O CEO da Fiat já disse que NENHUM carro “global” da marca teria mais de 4.5m de comprimento. Basicamente as palavras dele foram o seguinte:
“Todos os futuros modelos da Fiat, incluindo SUV, PICAPE E FASTBACK, terão menos de 4,5m de comprimento. A Fiat será a especialista em soluções acessiveis e inteligentes abaixo dessa linha”.
Essa regra no caso se aplica para a familia Panda! As vans comerciais e picapes como Toro e Titano que não são globais, ficam de fora dessa marca. A nova strada deve ter no máximo 4.59m de comprimento para seguir essa regra, até mesmo para se enquadrar no gosto europeu (principalmente Italia) que tem preferencia por carros menores.