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Híbrido Plug-In

BYD Song Plus segue em constante mudança para voltar a ser protagonista

O BYD Song Plus chegou à linha 2026 com novo visual exterior, ficando mais próximo do irmão topo de linha. Vale tudo para voltar ao topo?

6 min de leitura

Os 100% elétricos são uma boa alternativa, desde que haja uma estação de carregamento por perto. Do contrário, podem virar um (verdadeiro) drama, fazendo o condutor sofrer da chamada ansiedade por autonomia. Já os híbridos, embora usem outra tecnologia, não impõem limites: chegam a lugares onde até o sinal do smartphone desaparece.

Entre as chinesas, GWM e BYD têm SUVs eletrificados no Brasil. Um deles, o Song Plus DM-i, mudou novamente e chegou à linha 2026 com bateria maior, além de alterações externas e internas. O preço? R$ 249.990, o que o posiciona na escala de preço frente a frente com o GWM Haval H6 PHEV19 (R$ 246.000) e o Jeep Compass Série S T270 (R$ 251.990), esse último sem qualquer auxílio elétrico.

Agora, o BYD Song Plus DM-i ficou idêntico ao visual do topo de linha Song Plus Premium. A grade abandonou o desenho tradicional e passou a exibir filetes horizontais, acompanhada de faróis full LED afilados e entradas de ar maiores, dentro da nova identidade visual da dianteira proposta pelo fabricante.

A traseira também mudou: destaque para as novas lanternas angulosas conectadas por uma barra iluminada totalmente plana. A inscrição “Build Your Dreams” por extenso saiu de cena e deu lugar ao emblema BYD, agora centralizado acima do conjunto óptico. Além disso, a inscrição Song Plus também mudou na forma de ser escrita: BYD Song na linha, enquanto o Plus vai logo abaixo da inscrição Song.

BYD Song Plus 2026 dourado parado de traseira com muro e plantas ao fundo
BYD Song Plus 2026 [Auto+ / Rafael Pocci Déa]

Mais equipado e conectado

O BYD Song Plus ganhou os mesmos equipamentos do Song Plus Premium. Entre os destaques estão o Head-Up Display (HUD), que projeta no para-brisa informações essenciais ao motorista, como velocidade, e o sistema de áudio assinado pela Infinity, com dez alto-falantes e boa definição sonora independente do estilo musical que esteja tocando.

A central multimídia giratória da BYD agora tem 15,6 polegadas, substituindo a anterior de 12,3″, com novo sistema operacional. Além disso, segue com um recheio generoso de itens de série da mesma forma que acomoda com conforto até cinco ocupantes nas duas fileiras de bancos.

Interior do BYD Song Plus 2026 com novo multimídia
BYD Song Plus 2026 [Auto+ / Rafael Pocci Déa]

Entre os itens oferecidos, há quadro de instrumentos digital de 12,3″ em composição ao novo multimídia de 15,6 polegadas, ar-condicionado de duas zonas, teto solar panorâmico, bancos com revestimento sintético ajustáveis eletricamente, ventilados e aquecíveis, câmera 360°, piloto automático adaptativo (ACC), alerta de ponto cego, assistente de permanência em faixa e frenagem autônoma de emergência.

A qualidade construtiva da cabine é digna de elogios. Há superfícies macias ao toque em todo o habitáculo, materiais de qualidade e bom acabamento. O console central foi redesenhado e agora traz dois carregadores de smartphone por indução, quatro entradas USB e nova alavanca seletora de marchas, mais compacta e ergonômica.

Híbrido plug-in com mais eficiência

O BYD Song Plus é um SUV híbrido plug-in, que combina motor a combustão com propulsor elétrico. A energia é armazenada na bateria Blade LFP (lítio-ferro-fosfato) de 18,3 kWh, recarregável na tomada — mas sem suporte a recarga rápida (DC), algo que o rival da Great Wall Motor (GWM) oferece.

O alcance puramente elétrico continua em 68 km, o que ainda o torna eficiente para percursos urbanos. A potência combinada segue em 235 cv, mas com mudanças nos motores. O 1.5 naturalmente aspirado passou de 105 cv para 98 cv, em conformidade com o Proconve L8, enquanto o motor elétrico subiu de 194 cv para 197 cv. Segundo a marca, esse conjunto permite acelerar de 0 a 100 km/h em 7,9 segundos.

Motor BYD Song Plus 2026
BYD Song Plus 2026 [Auto+ / Rafael Pocci Déa]

A condução do BYD Song Plus é suave e silenciosa, fruto do bom isolamento acústico. Com a bateria cheia, o motor a combustão entra em ação apenas ocasionalmente — e quando exigido, o SUV responde com vigor. Aliás, transmitindo um comportamento dinâmico acertado. Há leve tendência a sair de frente quando se exagera no acelerador, algo contornável facilmente ao aliviar o pé do pedal do acelerador.

Tapete voador

As suspensões (McPherson na frente e multibraço atrás) ajudam a manter o SUV colado ao chão. As rodas de 19″ usam pneus 235/50 em ambos os eixos. Os freios são regenerativos, ventilados na dianteira e sólidos na traseira. Nas frenagens e desacelerações, parte da energia retorna para a bateria.

Segundo a BYD, a autonomia total pode chegar a 1.200 km. De acordo com o Inmetro, o consumo declarado é de 35,6 km/l na cidade e 27,2 km/l na estrada. Além disso, o modelo oferece três modos de condução (Eco, Normal e Sport), que mudam a forma de entrega do desempenho, assim como duas formas de atuação do sistema híbrido: EV (100% elétrico) e PHEV (híbrido plugável).

Para quem valoriza espaço, o BYD Song Plus 2026 mede 4,77 m de comprimento, 1,89 m de largura, 1,67 m de altura e 2,76 m de entre-eixos. Ele ficou maior que o antecessor (4,70 m) por conta do novo visual exterior. Com esse porte, se iguala ao rival Haval H6 PHEV19, que tem 4,68 m de comprimento, 1,88 m de largura, 1,73 m de altura e 2,73 m de entre-eixos. O porta-malas do BYD tem 552 litros, contra 560 litros do modelo da GWM.

Para quem busca autonomia e quer passar longe dos postos, o Song Plus pode ser uma porta de entrada para a eletrificação. E caso o motorista se exceda, o pacote de segurança é completo. Há sistema anticapotamento, ACC com função Stop&Go, alerta de colisão frontal, frenagem autônoma de emergência, assistentes de permanência em faixa, de subida e descida, detector de ponto cego, controles de tração e estabilidade, airbags frontais, laterais e de cortina.

Veredicto

O SUV ficou mais próximo do irmão Song Plus Premium, que entrega 324 cv, faz de 0 a 100 km/h em 5,2 s e custa R$ 299.800. Ou seja, há uma diferença de R$ 49.900. Para quem quer gastar menos, o BYD Song Plus 2026 é uma opção a ser considerada por alguns motivos.

Anda bem, tem uma cabine confortável e bom cuidado no acabamento da cabine. Só que ele não está sozinho. O GWM Haval H6 PHEV19 (R$ 245.000) entrega 326 cv e 54 kgfm, enquanto o H6 HEV One chegou por R$ 199.990 com 243 cv.

E aí, entre o SUV da BYD e o da GWM, qual você escolheria? Deixe sua opinião nos comentários!


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1 comentário em “BYD Song Plus segue em constante mudança para voltar a ser protagonista”

  1. Man

    BYD: ou vc compra e mes seguinte ja tem desconto e perdeu $ pela propria montadora ou compra e saiba que o carro pode mudar em breve e tambem vai perder na defasagem do modelo ou as duas coisas… ainda tem fanboys que defendem como loucos

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Rafael Dea

Cursou Jornalismo para trabalhar com carros. Formado em 2005, atuou na mídia impressa por mais de 16 anos e também em veículos on-line. Embora tenha uma paixão por caminhonetes, não dispensa um esportivo — inclusive, foi o único brasileiro a participar do lançamento global do Porsche Panamera GTS.

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