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5 caminhonetes que não fazem o menor sentido

Aparentemente o segmento de picapes e caminhonetes é acometido de uma certa dose de loucura das montadoras

RAM 1200 [divulgação]
RAM 1200 [divulgação]

Depois dos SUVs, as caminhonetes e picapes serão o próximo segmento da moda. Apesar disso, é uma categoria que há anos é fortemente presente em diversos mercados e que boa parte das montadoras quer sua fatia do bolo. Só que nem sempre alguns modelos de caçamba fazem sentido.

Nessa lista, reunimos cinco caminhonetes diferentes, todas coincidentemente do segmento médio, mas que seus lançamentos não fizeram o menor sentido. Prova disso é que nenhuma delas vendeu bem e, em alguns casos, é algo que a montadora quer esconder para o resto de sua vida.

Mitsubishi Raider

Mitsubishi Raider [divulgação[
Mitsubishi Raider [divulgação[

Uma das mais tradicionais fabricantes de caminhonetes é a Mitsubishi com sua parruda L200. Feita desde 1978 e em cinco gerações diferentes, ela foi vendida nos EUA somente na segunda geração. Porque na terra das picapes, a Mitsubishi simplesmente decidiu que era mais fácil pegar uma picape emprestada da Dodge do que fazer a L200 por lá.

Surgiu assim em 2005 a Mitsubishi Raider, uma versão rebatizada da terceira geração da Dodge Dakota. Apesar do visual mais interessante do que o da companheira de plataforma, era nítido que se tratava de um produto Dodge, não Mitsubishi. As vendas foram tão pífias, que a Raider morreu em 2009. Mas, anos depois, viria o troco da L200 na Stellantis.

Fiat Fullback e RAM 1200

Fiat Fullback [divulgação]
Fiat Fullback [divulgação]

Se antes uma caminhonete da Dodge virou Mitsubishi, em 2016 a Fiat e a RAM resolveram lançar a L200 Triton de quinta geração como produtos seus. Trocou a grade frontal e os logotipos e assim nasceu a Fiat Fullback para a Europa e a RAM 1200 para o Oriente Médio e África. Vale lembrar que a divisão de picapes da Dodge se transformou em marca RAM em 2010.

Ou seja, tecnicamente a sucessora da Dodge/RAM Dakota é a RAM 1200, que por sua vez é uma Mitsubishi L200 Triton, invertendo a lógica que aconteceu em 2005. Ambas venderam muito mal pois aproveitavam o visual polêmico que a Mitsubishi tinha adotado na L200 na época, além de concorrerem com a marca japonesa, mais tradicional no segmento. 

Mercedes-Benz Classe X

Mercedes-Benz Classe X [divulgação]
Mercedes-Benz Classe X [divulgação]

Na teoria, a Mercedes-Benz Classe X tinha tudo para fazer sucesso. Como o segmento de picapes está crescendo forte, há espaço para mercados de luxo. E dentre todas as montadoras desse segmento mais refinado, a Mercedes-Benz é a que tem mais experiência com o segmento utilitário graças aos seus caminhões e à Sprinter.

Por isso, a lógica seria partir da base da Sprinter para fazer uma caminhonete, certo? Mas não. Em 2017 a Mercedes-Benz achou que modificar uma Nissan Frontier seria o suficiente. Partir da picape japonesa, que já não é a mais vendida do segmento, sem grandes mudanças visuais e com interior pouca coisa mais sofisticado, foi o grande erro da Mercedes.

Suzuki Equator

Suzuki Equator [divulgação]
Suzuki Equator [divulgação]

Mas a Mercedes-Benz não foi a primeira a pegar uma Nissan Frontier e mudar o visual na tentativa de fazer uma caminhonete. Em 2008, a Suzuki tentava lutar para permanecer nos EUA. E qual o melhor jeito de sobreviver em um país em que o carro mais vendido é uma picape? Fazendo uma, é claro.

Só que sem dinheiro para fazer um modelo próprio ou justificativa para lançá-lo globalmente, a Suzuki pegou a Nissan Frontier, mudou faróis, grade frontal, para-choque frontal e mais alguns pequenos detalhes e se deu por satisfeita. A Equator foi um fracasso gigantesco nas vendas, morrendo em 2012 junto das operações da marca nos EUA.

Peugeot Pick-up

Peugeot Pick-up [divulgação]
Peugeot Pick-up [divulgação]

Se as tentativas de Suzuki e Mercedes-Benz não foram suficientes para entender que pegar uma Nissan Frontier e rebatizar não dá certo, o que dizer dessa situação da Peugeot Pick-up? A primeira das duas caminhonetes médias francesas foi lançada em 2017 para ser vendida especificamente na África, pouco tempo antes do lançamento da Landtrek, que é uma picape Peugeot de fato.

Só que o emaranhado da Peugeot Pick-up é ainda pior. Ela só uma versão de grade diferente da Dongfeng Rich, uma caminhonete chinesa lançada em 2014 e baseada na Frontier de 1998. Essa dita segunda geração, na realidade, é uma versão bem reestilizada da Rich de 1999 que era ainda mais parecida com a Frontier original. Uma verdadeira salada.

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