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5 carros que abandonaram o Brasil e ficaram mais legais

Algumas marcas fizeram algo bastante injusto com o Brasil: nos deram esses cinco carros, mas esqueceram de nós em algumas gerações

Mercedes-AMG A 45 S 4MATIC+
Mercedes-AMG A 45 S 4Matic+ [divulgação]

Apesar de o Brasil recentemente ter voltado a ficar alinhado com a Europa na concepção de boa parte dos carros, nem sempre temos tudo o que os outros têm. Prova disso, é que reunimos cinco carros diferentes que já foram vendidos em nosso país, mas que perdemos uma ou mais gerações deles – especialmente as mais modernas.

Para a lista ficar mais interessante, só foram selecionados carros de verdadeiro impacto no mercado nacional e que, suas gerações ausentes do nosso país, facilmente poderiam ter sido vendidas por aqui. 

Nissan March

Nissan March / Micra [divulgação]
Nissan March / Micra [divulgação]
Apresentado em 2017, a nova geração do Nissan March chamou atenção pelo visual de Kicks hatch. Mais radical que o Versa e bonito como o March nunca foi, o modelo compacto não foi oferecido no Brasil por conta dos custos. Ele cresceu, ficou mais caro do que deveria e a Nissan nunca vendeu bem o original. Uma pena, pois poderia ter sido um sucesso. 

Lá na Europa, ele conta só com motor 1.0 três cilindros, em variante turbo e aspirada. Há também um diesel 1.5 quatro cilindros turbo. A opção de transmissão é a já clássica CVT, mas também existem variantes manuais com cinco ou seis marchas, dependendo do motor. A base é a CMF-B que será usada no Brasil no futuro SUV da Renault e no próximo Kicks. 

Peugeot 207

Peugeot 207 [divulgação]
Peugeot 207 [divulgação]
Não se deixe enganar pelo fato de que tivemos três carros da Peugeot com o nome 207 no Brasil. A realidade é que 207, 207 SW e 207 Passion brasileiros eram versões reestilizadas do 206 e nada mais. O verdadeiro 207 foi produzido somente na Europa e vendido por lá. E só deixou de vir para cá por ter produção mais cara e, na época, a PSA já estava cambaleando.

Construído sobre a mesma plataforma do 206 e do Citroën C3 de primeira geração, mas esticada, o modelo era substancialmente maior que seu antecessor. Marcava 4,04 m de comprimento contra 3,83 m do 206. A espichada foi necessária para trazer mais espaço interno. Para o Brasil, só sobrou o farol do 207 europeu, usado na versão brasileira. 

Renault Clio

Diferentemente dos outros carros compactos dessa lista, o Renault Clio está ausente há três gerações no Brasil. Quando o Clio III chegou em 2005, a Renault usou a mesma desculpa da Peugeot para não trazer o 207 para cá: ficou grande e caro demais para o nosso mercado. A solução foi criar o Sandero e rebaixar o Clio a carro de entrada.

Nós perdemos a terceira geração feita entre 2005 e 2014, a quarta que durou de 2012 a 2019 e, atualmente, ficamos só babando no Clio V lançado em 2019. O modelo, que usa a mesma plataforma do Nissan March europeu, ao menos emprestará sua base e motor 1.0 três cilindros turbo ao futuro SUV compacto brasileiro da Renault.

Opel / Vauxhall / Chevrolet Zafira

Opel Zafira [divulgação]
Opel Zafira [divulgação]
Atualmente também aposentada na Europa, a Zafira é, até hoje, uma das minivans mais amadas do Brasil e um dos carros mais cultuados da Chevrolet. A ausência mais sentida para nós é da segunda geração lançada em 2005. Ela nada mais era que uma reestilização bem pesada do modelo original com visual inspirado na última geração do Vectra brasileiro.

Um dos itens mais legais era o teto de vidro com parte central elevada que contava com um porta objetos gigantesco o dividindo. Essa Zafira poderia ter sido feita pela Chevrolet aqui no Brasil, já a terceira geração de 2011, possivelmente não. Nessa época, a minivan tinha ficado sofisticada demais e, se viesse, seria caríssima.

Ford Focus

carros
Ford Focus Sedan e Focus [divulgação]
Ao menos para o alento dos brasileiros, o Ford Focus de quarta geração também é uma perda aos norte-americanos e outros locais fora de Europa e China. O atual (e último) Focus fugiu bastante do visual dos modelos anteriores em uma tentativa de agradar mais ao consumidor chinês.

Por estar em fase final de vida, não teve versões especiais como a esportiva RS, se contentando no máximo com a ST intermediária. O sedã deixou de ser global, sendo comercializado única e exclusivamente na China – mas bem que poderia ser oferecido no Brasil como alternativa ao Toyota Corolla. 

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