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5 carros que nunca mais serão vendidos no Brasil

Foi bom enquanto durou, porque se quiser comprar algum desses carros, só encontrará (com sorte) no mercado de usados

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Chevrolet Corsa [divulgação]

O mercado evolui, as leis mudam, o brasileiro fica mais exigente e parcerias são desfeitas. O tempo é implacável com os carros e são diversas as razões para que alguns modelos nunca mais existam em nosso mercado. Mas que tipos de carros são esses?

Reunimos nessa lista especial cinco carros que nunca mais serão vendidos no Brasil, nem com reza brava. 

Chevrolet Corsa

Novo Opel Corsa [divulgação]
Novo Opel Corsa [divulgação]
O Chevrolet Corsa é um dos mais adorados e cultuados carros compactos que já foram vendidos no Brasil. Só que nunca mais teremos um modelo como ele. Até porque o Corsa pertence à Opel, que é parte do grupo Stellantis. Aliás, o divórcio da Chevrolet com a Opel já não é de hoje, o que tornaria o retorno do Chevrolet Corsa algo impossível. 

Em 2017 a Opel foi vendida pela General Motors (dona da Chevrolet) ao grupo PSA (de Peugeot e Citroën). Já em 2021, com o casamento dos grupos FCA e PSA, a Opel passou a fazer parte da Stellantis. O grupo, vale lembrar, controla Peugeot, Citroën, Fiat, Jeep e Ram no Brasil. Lá fora tem Opel, Dodge, Chrysler e um total de 14 marcas em seu portfólio.

Peruas brasileiras

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Fiat Weekend Adventure [divulgação]
A não ser que o mercado automotivo resolva, do nada, deixar de comprar SUVs e voltar a amar as peruas, não espere por esses carros familiares nunca mais por aqui. A última perua brasileira foi a Fiat Weekend, aposentada em 2020. Hoje temos somente modelos esportivos de luxo caríssimos nesse segmento.

Como a rentabilidade na produção de peruas é baixa, ao contrário dos SUVs, além das vendas menores, as montadoras nem sequer pensam em produzir modelos nessas categorias. Na Europa as peruas só são fortes no segmento de médias e grandes, sendo que todas as compactas já morreram. 

Carros extremamente básicos

Fiat Uno Mille [divulgação] carros brasil
Fiat Uno Mille [divulgação]
Por força da lei, nunca mais veremos carros sem airbags duplos, freios ABS, cinto traseiro de três pontos e encosto de cabeça para todos. Em breve, a lei também fará com que carros sem luz diurna e controle de tração e estabilidade sejam proibidos. E pensar que no passado já tivemos até modelos sem o retrovisor do lado direito.

Com o aumento da tecnologia e a exigência do consumidor, até mesmo carros sem o kit dignidade (ar-condicionado, direção assistida podendo ser elétrica ou hidráulica, vidros dianteiros elétricos e travas elétricas) estão se tornando extremamente raros. Algo a ponto de não existir sequer um hatch compacto sem esses itens.

Caminhonetes grandes a diesel

Ford F-150 Platinum [Auto+ / João Brigato]
Ford F-150 Platinum [Auto+ / João Brigato]
A exceção de modelos que exigem CNH de caminhão para dirigir, como as Ram 2500 e 3500, nunca mais veremos caminhonetes grandes a diesel no Brasil. Isso porque hoje temos disponíveis modelos como Ford F-150 e Ram 1500 as quais já não contam mais com motor diesel onde são fabricadas ou esse tipo de propulsão está prestes a morrer.

A única caminhonete grande que tem motor diesel ainda disponível é a Chevrolet Silverado. Mas, ao que tudo indica, a GM não tem planos de trazer essa variante para o Brasil. A lei, vale lembrar, exige que caminhonetes levem 1 tonelada de carga na caçamba para poder ter motor diesel. E, mesmo sendo verdadeiras jamantas, nenhuma delas aguenta levar isso.

Fora-de-série

Puma 1500 [divulgação]
Puma 1500 [divulgação]
Durante o período da Ditadura Militar, o Brasil teve seu comércio internacional fechado, o que impediu que modelos importados de luxo chegassem às nossas terras. Por isso, diversas fabricantes de modelos fora-de-série surgiram, criando carros baseados em modelos nacionais (a maioria com mecânica e base de VW Fusca).

Hoje com a lei exigente e processos de homologação bastante onerosos, uma fabricante de pequena escala não conseguiria lucro suficiente para sustentar uma operação. Além disso, os carros com base monobloco não permitem tantas modificações com custo baixo como era mudar a casca de um Volkswagen Fusca. 

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