GWM já trabalha para nacionalizar o Haval H6 com motor flex

É fato que a GWM vai produzir algum veículo no Brasil. Afinal, a montadora comprou a fábrica que era da Mercedes-Benz, em Iracemápolis (SP), mas até o momento não confirmou qual veículo será feito lá. No entanto, a fabricante está avaliando se Haval H6 será o escolhido, ao declarar que iniciou conversas com fornecedores nacionais para cotar peças e tomar a decisão final.

Oswaldo Ramos, COO da GWM no Brasil, anunciou que as vendas do Haval H6 estão superando as expectativas e que a matriz considera o país uma prioridade, atendendo prontamente todos os pedidos. Segundo dados oficiais da Fenabrave, o SUV emplacou 1.452 unidades em agosto e acumulou 4.567 unidades desde seu lançamento. 

Ramos ressaltou que a empresa está realizando estudos para avaliar a viabilidade de nacionalizar o Haval H6. Ele destacou que, quando um veículo tem expectativa de vender cerca de 15 mil unidades por ano, faz sentido considerar a fabricação no Brasil, por conta das questões logísticas, dos custos, da escala e dos fornecedores. 

O COO afirmou que não é possível antecipar prazos, pois a fábrica possui seu próprio tempo de produção. Curiosamente, durante o evento de lançamento do Ora 03, os representantes da GWM falaram o mesmo sobre uma possível fabricação nacional do hatch elétrico. Caso ele se aproxime de 15 mil unidades vendidas, o processo de nacionalização seria estudado. 

Sobre o Haval H6, Ramos deixou claro que a nacionalização do SUV só acontecerá após o lançamento dos outros dois modelos já confirmados: uma picape da linha Poer e um SUV derivado da marca Tank. O cronograma original prevê que um dos modelos começará a ser produzido em maio, enquanto o segundo terá sua produção iniciada em agosto. A ordem de lançamento ainda está sendo decidida pela fabricante. Dessa forma, é possível que o Haval H6 brasileiro só comece a ser produzido no final de 2024, caso o processo seja acelerado.

A produção nacional do Haval H6 traria um benefício adicional. Ramos explicou que cada modelo nacionalizado passa por estudos para calibração do motor, a fim de aceitar também etanol. Portanto, caso o SUV seja produzido em Iracemápolis, ele receberá um motor 1.5 turbo flex. No entanto, o executivo ressaltou que a adoção do sistema flex está condicionada à produção local. Se não houver viabilidade econômica para a nacionalização do Haval H6 e o modelo seguir sendo importado, é improvável que aceite etanol no curto prazo.

Acredita que o Haval H6 vai ser nacionalizado em breve pela GWM? Deixe nos comentários a sua opinião.

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