Cinco carros criados no Brasil e que se tornaram internacionais

Nascidos na terra do arroz com feijão, esses cinco carros ganharam o mundo mostrando que o Brasil também pode ser global

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Jeep Commander Overland Flex [Auto+ / João Brigato]

Quando se trata da fauna brasileira automotiva, nosso país é um misto de projetos internacionais com carros desenvolvidos apenas para seduzir o consumidor tupiniquim. Enquanto alguns continuam firmes e fortes como exclusivos para o Brasil ou, no máximo, são exportados para a América Latina, outros vão além.

Só que esses cinco carros desenvolvidos no Brasil ganharam carreira internacional e passaram, não somente a ser vendidos em outros continentes, como ser produzidos lá fora. Vez ou outra, até geraram derivados que nunca tivemos por aqui.

Jeep Commander

Jeep Commander Limited Diesel [Auto+ / João Brigato]
Jeep Commander Limited Diesel [Auto+ / João Brigato]
Primeiro carro da Jeep desenvolvido no Brasil, o Commander deixou de ser exclusivo para o nosso mercado quando ganhou produção na Índia (onde é vendido como Meridian). Recentemente ele passou a ser vendido também no Japão e há chances de outros mercados receberem o modelo.

Desenvolvido a partir do Compass, o Commander é um SUV de porte médio com sete lugares: algo que a Jeep há tempos não oferecia. Por causa do Commander, a Jeep do Brasil ganhou moral em desenvolver carros exclusivos, tanto que o nosso Renegade tem visual diferente do restante do mundo.

Chevrolet Onix

Chevrolet Onix LT 1.0 Auto+ / João Brigato]
Chevrolet Onix LT 1.0 [Auto+ / João Brigato]
A promoção do Chevrolet Onix a carro global aconteceu na mudança de geração. Ele foi um dos carros da GM Brasil desenvolvidos sobre a plataforma GSV, que já era usada em outros países na geração anterior do Tracker e no Sonic. Só que o Onix vendeu mais que todos eles juntos, revelando um potencial internacional bem maior que o do Sonic.

Quando a segunda geração começou a ser desenhada, ela teve participação ativa da China, deixando de ser um projeto totalmente brazuca. Prova disso é que o Onix Plus estreou lá primeiro. Agora, o Onix é um carro internacional e tomou o lugar que um dia foi do Sonic.

Volkswagen Nivus

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Volkswagen Nivus Highline Hero [Auto+ / João Brigato]
Antes mesmo de iniciar sua carreira no Brasil, a Volkswagen havia anunciado que o Nivus seria produzido e vendido na Europa. O projeto foi todo tocado pela filial tupiniquim e agradou tanto aos alemães que decidiram levar o SUV cupê ao Velho Continente. Não é a primeira vez que isso acontece com um dos carros brasileiros da Volks, já que o Fox já foi vendido por lá.

Lá fora, o Nivus assumiu o nome Taigo e ganhou visual e interior mais sofisticado. Ele tem versões com faróis IQ.Light disponíveis só no Polo GTS ou no Taos no Brasil. Além disso, conta com versão R-Line com desenho mais esportivo e motor 1.5 TSI, além de opção de teto solar.

Nissan Kicks

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Nissan Kicks Sense Manual [Auto+ / João Brigato]
Enquanto Europa e EUA já tinham um SUV compacto da Nissan para chamar de seu, no caso o exótico Juke, a Nissan brasileira partiu para uma abordagem própria. Usou a base do March para desenvolver o Kicks, que se mostrou uma aposta mais certeira.

Ironicamente ele começou a ser produzido primeiro no México para depois ser feito aqui. Mas seu lançamento foi no Brasil com direito a ser um dos carros oficiais das Olimpíadas do Rio de Janeiro. O nome Kicks, inclusive, não nega que a brasilidade. Afinal, significa chutes e é inspirado no futebol.

Renault Sandero

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Renault Sandero RS [divulgação]
Quando a Renault do Brasil começou a se aproximar da Dacia com a chegada do Logan, a marca francesa percebeu que era hora de substituir o Clio com um modelo de baixo custo. O problema é que o sedã tinha visual muito sem graça e era altamente criticado por isso.

A solução foi criar um hatch usando o Logan como base, mas com estilo mais atraente e moderno. Foi justamente nesse toque de design que o Brasil liderou o projeto do Sandero, que depois passou a ser vendido na Europa e em outros países como Dacia. A decepção é que a nova geração foi feita pela Dacia, sem participação do Brasil e sem chance de ser vendida aqui.

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